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\contexto urbano e rural

Por:   •  20/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.346 Palavras (18 Páginas)  •  232 Visualizações

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[pic 1]FACULDADE ANHANGUERA DE SOROCABA

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DE SOROCABA

SERVIÇO SOCIAL

8ª SÉRIE - SERVIÇO SOCIAL AO CONTEXTO URBANO E RURAL

SOROCABA

2015

SUMÁRIO        02

INTRODUÇÃO        03

1. MOVIMENTOS POPULARES E POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS        04

2. O QUE É REFORMA AGRÁRIA?        06

3. O MOVIMENTO SEM TERRA        08

4 TERRA        10

5. REFLEXOS DO ÊXODO RURAL NA FORMAÇÃO DOS CENTROS

URBANOS        11

6. ORGANIZAÇÃO SOCIAL URBANA        13

CONSIDERAÇÕES FINAIS        15

BIBLIOGRAFIA        16

LISTA DE FIGURAS        17


INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como propósito adquirir visão mais aprofundada e crítica de um problema que tem suas raízes na descoberta do Brasil e se agrava cada vez mais. Com consequências até certo ponto previsíveis e pouco animadoras, é incompreensível que o poder constituído se mostre excessivamente vagaroso, e mesmo desinteressado na tomada de medidas que amenizem a tragédia anunciada. Esse problema tem por base a imensa distância que se abre de forma cada vez mais perigosa entre os poucos detentores de quase toda a riqueza gerada e a imensa maioria despossuída de quase tudo.

Esse desequilíbrio jamais foi aceito passivamente pelos deserdados. Conflitos, reformas sociais, revoluções, guerras, marchas e contramarchas, extermínios, assassinatos, torturas e todo tipo de atrocidade foi perpetrada para reequilibrar ou desequilibrar a balança. Para tanto, criaram-se paraísos religiosos, utopias políticas, certezas científicas e devaneios metafísicos projetados num futuro datado pela premência das necessidades.

É o que nos ensina a história da humanidade.

Nosso trabalho se restringe a examinar ligeiramente - dentro deste quadro de referências acima exposto - o conflito gerado pela distribuição profundamente desigual da terra e os movimentos populares surgidos da luta pela sua posse e exploração e  a expulsão dos que nela labutam causando a inflação urbana oriunda do êxodo rural.

No CAP 1 tratamos das discordâncias conceituais, das ações e de alguns dados apresentados pelo governo e aqueles dos movimentos pela reforma agrária.

No segundo, focamos os princípios definem e os interesses que determinam a direção para onde segue a reforma agrária.

No capítulo 3 tentamos delinear um histórico da lutas formativas do movimento.

Produzimos, no capítulo, 4 comentários ás fotos de Sebastião Salgado.

No capítulo 5 abordamos a questão do êxodo rural, suas causas, o crescimento da população urbana e sua projeção estatística para o ano 2050.

No último e sexto capítulo. comentamos os principais problemas causados pelo êxodo rural às grandes cidades e noticiamos que o fenômeno já alcança as cidades médias e pequenas.


1. MOVIMENTOS POPULARES E POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS

A Reforma agrária é o conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra mediante modificações no regime de posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social, desenvolvimento rural sustentável e aumento de produção (Estatuto da Terra - Lei nº 4504/64).

De acordo com o INCRA, o órgão federal responsável pela reforma agrária, o governo tem por finalidade e vem promovendo a/o:

1. Desconcentração e democratização da estrutura fundiária;

2. Produção de alimentos básicos;

3. Geração de ocupação e renda;

4. Combate à fome e à miséria;

5. Interiorização dos serviços públicos básicos;

6. Redução da migração campo-cidade;

7. Promoção da cidadania e da justiça social;

8. Diversificação do comércio e dos serviços no meio rural e a

9. Democratização das estruturas de poder.

Para comprovar o sucesso do empreendimento apresenta os seguintes números:

- 968.887 famílias assentadas.

- 9.256 assentamentos criados.

- 88.314.875 hectares de área reformada

Afirma que “em relação aos beneficiários, a atuação do INCRA no campo é norteada pela promoção da igualdade de gênero na reforma agrária, além do direito à educação, à cultura e à seguridade social nas áreas reformadas.”

[pic 2]Por outro lado, líderes do Movimento Sem Terra e pesquisadores alegam que os números constantes dos levantamentos oficiais são inexatos e enganosos. O engenheiro agrônomo Gerson Teixeira, em artigo publicado no site da ABRA (Associação Brasileira de Reforma Agrária) afirma que 73% dos assentamentos alardeados pelo governo referem-se àqueles anteriores a 2011.

Há controvérsias sobre a estimativa de famílias acampadas à espera de assentamento.[pic 3]

De acordo com o INCRA, este número está em torno de 60.000 famílias. O site do jornal O GLOBO, de 8/3/2105, endossa este número afirmando que poder de mobilização do MST, o principal movimento dos sem terras do país diminuiu. O número de acampados teria reduzido em 25% nos últimos 10 anos.

“A perda de poder do MST, segundo o cientista político paraguaio Miguel Carter, ex-professor da American University e que há mais de 20 anos estuda o movimento, é consequência do tratamento que o governo deu à reforma agrária nos últimos quatro anos” afirma o site.

O MST reclama e questiona os dados dizendo que o número de acampados está em constante crescimento com as novas ocupações que ocorrem diariamente pelo país. Realmente, para Ariovaldo Umbelino, professor de geografia da Universidade de São Paulo (USP), a estimativa do MST, de cerca de 120 mil famílias acampadas, é realista. Seus cálculos são baseados na quantidade de cestas básicas distribuídas aos acampamentos.

Estima-se a existência de 3,5 milhões de famílias rurais sem terra.

[pic 4]Entende-se que os números oscilem nas estimativas das partes. Incompreensível é que, alegando, alegando dificuldades nas desapropriações de terras improdutivas e concentração de esforços no desenvolvimento dos assentamentos, famílias permaneçam cinco, seis, até quinze anos acampadas, à espera de um milagre.

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