Morfologia Externa da Raiz
Por: Lorena.lopes • 2/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.342 Palavras (6 Páginas) • 876 Visualizações
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Morfologia Externa da Raiz
A raiz fixa a planta ao solo, absorve substâncias essenciais ao organismo vegetal, água e sais minerais, e conduz os nutrientes ao caule e às outras partes componentes.
É uma estrutura composta pela coifa e pelas zonas lisa, pilífera e de ramificação.
A coifa ou caliptra reveste o cone vegetativo na extremidade da raiz e protege o tecido meristemático da zona lisa contra o atrito do solo e a transpiração excessiva.
A zona lisa contém tecido em constante multiplicação celular, o meristema apical da raiz, uma área que promove o crescimento do órgão e por isso requer proteção da coifa.
É na zona pilífera que se localizam as projeções epidérmicas responsáveis pela absorção, os pêlos.
Na zona de ramificação, ou suberosa, as raízes secundárias são formadas e sobre ela está localizado o colo ou coleto, região de transição entre o caule e a raiz. .
A raiz das plantas é originada na radícula do embrião. Nas Angiospermas Dicotiledôneas a raiz primária torna-se a pivotante e as raízes secundárias são desenvolvidas de forma endógena, isto é, a partir de tecidos profundos da raiz principal. Este sistema é chamado de sistema radicular pivotante, enquanto que o sistema das Angiospermas Monocotiledôneas é chamado de radicular fasciculado, no qual a raiz principal se atrofia no início do seu desenvolvimento e muitas raízes de calibres mais ou menos iguais se originam geralmente do caule O sistema pivotante geralmente alcança profundidades maiores no solo do que o sistema fasciculado.
As raízes são classificadas de acordo com seu habitat como aéreas, terrestres ou aquáticas.
ARaízes aquáticas: desenvolvem-se de forma adaptável ao meio líquido e por isso, além de absorver, podem servir como órgãos de flutuação e respiração. A coifa dessas raízes é dupla para proteger a região meristemática contra a ação de microorganismos.
Raízes aéreas
- Raízes respiratórias ou pneumatóforos: possuem geotropismo negativo e pneumatódios, estruturas que apresentam orifícios em toda a sua extensão funcionando como órgãos de respiração ao fornecer oxigênio às partes submersas.
Raízes terrestres
Muitas raízes terrestres armazenam reservas nutritivas, principalmente amido e açúcar, sendo especializadas nessa função. Chamadas de tuberosas, essas raízes podem ser axiais, adventícias ou secundárias/ramificadas.
Morfologia Externa do Caule
O caule é a estrutura de ligação entre as raízes e as folhas e possui as funções de condução e sustentação, além de crescimento e propagação vegetativa. Seus vasos lenhosos e liberianos, conduzem seivas orgânicas ou inorgânicas às diversas partes da planta
O caule difere da raiz por apresentar folhas, flores e frutos além das gemas laterais e terminais. Divisões de nós e entrenós também fazem parte de sua constituição, não ocorrentes nas raízes. Os nós consistem em regiões caulinares de onde partem as folhas e os entrenós, regiões entre dois nós. A gema terminal fica localizada na extremidade caulinar e é constituída por escamas, uma região meristemática (ponto vegetativo) e folhas semiformadas que a recobrem. A gema terminal mais as gemas laterais, localizadas nas axilas das folhas inseridas nos nós, formam um sistema que dá origem ao tipo de ramificação do caule.
O sistema de ramificação caulinar pode ser classificado como simpodial quando várias gemas participam consecutivamente da formação de cada eixo, neste caso a gema apical perdeu a dominância ou deixou de ser ativa ou monopodial o crescimento ocorre por uma única gema apical, que persiste por toda a vida da planta. O sistema monopodial pode também ser encontrado em plantas com muitos ramos laterais, como os pinheiros, onde o eixo principal é facilmente reconhecido por ser o único a crescer verticalmente (os ramos laterais têm crescimento lento e oblíquo).
O desenvolvimento do caule pelas plantas fez parte do processo de adaptação ao ambiente terrestre. As variações estruturais caulinares também fazem parte do desenvolvimento adaptativo ao habitat. Em algumas plantas o caule contém reservas de amido e açúcar ou possui capacidade fotossintetizante, conferindo a essa estrutura importâncias alimentares ou fotossintetizantes adicionais.
Os caules podem ser classificados de acordo com o habitat como aéreos, subterrâneos e aquáticos.
Caules aéreos
Caules aquáticos
Os caules aquáticos desenvolvem-se de forma adaptável ao meio líquido.
Caules subterrâneos
Localizados abaixo da superfície do solo, estão associados ao armazenamento e à propagação vegetativa.
a) Bulbos: constituídos por um eixo de origem, o prato, do qual partem catáfilos (folhas modificadas) acumuladores de substâncias de reserva. Podem funcionar como elementos de propagação vegetativa . São classificados como tunicados, escamosos, cheios ou compostos.
- Tunicado: composto por túnicas (folhas) que recobrem o prato. As túnicas externas recobrem as internas.
- Escamoso: apresenta escamas que rodeiam o prato.
- Cheio: os catáfilos revestem o prato, mais desenvolvido, criando uma casca. - Composto: formado por outros bulbos menores, os bulbilhos.
- Rizomas: desenvolvem-se geralmente de forma horizontal sob o solo, emitindo raízes e produzindo ramos aéreos foliosos e floríferos periodicamente.
- Tubérculos: caules subterrâneos acumuladores de substâncias de reserva (em geral amido) que podem funcionar como propagadores vegetativos.
- Xilopódios: localizados sob o solo, são órgãos lignificados, muito resistentes e reservadores de substâncias nutritivas, inclusive água; parte formado pelo caule, parte formado pela raiz. Muito comuns em plantas de cerrado.
Morfologia Externa da Folha
A folha é uma estrutura clorofilada responsável pela respiração, pela evapotranspiração e por praticamente toda a fotossíntese das plantas. Sua morfologia está relacionada às suas funções: a forma laminar favorece a exposição solar, a cor verde da clorofila possibilita a realização de fotossíntese, suas nervuras conduzem seiva elaborada e seus poros microscópicos localizados na face inferior, os estômatos, são responsáveis pela evapotranspiração.
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