N ECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS
Por: sueili • 19/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.587 Palavras (7 Páginas) • 292 Visualizações
Necessidades Educativas Especiais
Prof. Luís Tangerino
Sorocaba/2015
AULA TEMA: Contexto histórico. Diferentes abordagens. Atividades motora adaptada e o papel do professor de educação física.
GRUPO:
Júlio Corrêa da Silva RA- 6844482569
Osmar Pires RA - 7423679128
Sueli Geronimo Tavares RA - 6622357821
Thiago Faria RA- 6657409020
Willian Gomes Nogueira RA - 6622282454
Sorocaba/2015
Histórico e desenvolvimento do esporte e/ou atividade física para portadores de necessidades especiais.
Definida pela American Association for Health, Physical Education, Recreation and dance (AAHPERD). A educação física passou a se preocupar com atividade física para pessoas com algum tipo de deficiência apenas, no final dos anos de 1950, sendo que início da prática dessas atividades foi a medicina que através de uma série de exercícios e ginásticas orientadas pelos por médicos a fim de prevenir doenças, como um programa diversificado de atividades desenvolvimentistas, jogos e ritmos adequados a interesses, capacidades e limitações de estudantes com deficiências que não podem se engajar com participação irrestrita, segura e bem-sucedida em atividades vigorosas de um programa de educação física geral (Pedrinelli, 1994).
Segundo Andrade (1999), foi nos anos de 1930 o Brasil passou por uma mudança conjuntural significativa, que foi o processo de industrialização e urbanização, e nesse contexto a educação física tinha a função de fortalecer o trabalhador para melhorar a sua capacidade produtiva, estabelecendo a relação entre corpo eficiente e corpo produtivo.
Foi depois da Segunda Guerra Mundial que deu início ao implemento do esporte na educação física, estabelecendo influência na sociedade e no sistema escolar valores como princípios de rendimento, comparação, competição e recordes.
A tendência tecnicista veio após 1964, influenciou a educação de um modo geral, com a difusão dos cursos técnicos profissionalizantes.
Ludwig Guttmann médico neurologista criou o Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville, com a finalidade de tratar de mulheres e homens do exército inglês feridos na Segunda Guerra Mundial. Foi através da ideia de Guttmann que o esporte passou a auxiliar na reabilitação e no psicológico de seus pacientes, sendo o pioneiro na reabilitação pelo esporte dos portadores de deficiência. Um sonho olímpico de Guttmann veio a se concretizar em 1960, em Roma. Através do esporte “reabilitação” estava devolvendo à comunidade um deficiente, capaz de ser “eficiente” pelo menos no esporte (Araújo, 1997).
Antonio Maglio, diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, na Itália, amigo de Guttmann, propôs que os jogos internacionais fossem na Itália após as XVI Olimpíadas, surgindo assim os Jogos Paraolímpicos, com a denominação de Olimpíadas dos Portadores de Deficiência. O termo paraolímpico começou a ser usado em 1964, durante os Jogos de Tóquio, com fusão das palavras paraplegia e olímpico. Participam dos Jogos Paraolímpicos os melhores atletas portadores de deficiência do atletismo, basquete em cadeira de rodas, judô para cegos, natação, vôlei sentado, tênis, tênis de mesa, futebol de sete, futebol de cegos, esgrima, ciclismo, halterofilismo, arco e flecha, hipismo e tiro olímpico. Bocha e goalball são de origem exclusivamente paraolímpica, foi criada exclusivamente para pessoas com paralisia cerebral e o goalball e para deficientes visuais.
Nas provas de atletismo participam atletas com deficiência física e visual, nas categorias masculina e feminina.
No halterofilismo, participam cadeirantes, amputados, paralisados cerebrais e les autres, na categoria masculina e feminina
No judô as competições dividem-se em sete categorias de peso, tanto para homens como para mulheres portadores de deficiência visual.
No tênis de mesa, participam atletas com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes, nas categorias masculina e feminina, por equipe, individual ou open.
O futebol na modalidade paraolímpica trata-se do futebol de sete. É um esporte destinado a paralisados cerebrais, na categoria masculina, com dois tempos de 25 minutos, em campo gramado de 75 metros por 55 metros, e cada equipe tem sete jogadores.
Na natação, as competições são realizadas nas categorias masculina e feminina, por equipe ou individual, e incorporam-se os quatro estilos oficiais: peito, costas, livre e borboleta. As distâncias vão de 50 a 1.500 metros, com a participação de atletas com deficiência física e visual, divididos em dois grupos: os portadores de deficiência visual e os de deficiência física.
No basquete é uma modalidade praticada somente em cadeiras de rodas, nas categorias masculina e feminina. Os atletas, para esta modalidade, são portadores de deficiência física motora.
A esgrima é um esporte realizado em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina, armação especial e cadeiras fixas ao solo, provas são individuais ou por equipe, nas modalidades de florete, espada (categorias masculina e feminina) e sabre (masculina). A partida tem três minutos, ou até um dos adversários completar 15 pontos.
O ciclismo é praticado por atletas paralisados cerebrais, deficientes visuais e amputados, nas categorias masculina e feminina, individual ou por equipe.
O início da prática do desporto no Brasil aconteceu pela reabilitação e deu-se em virtude de iniciativas de Robson Sampaio de Almeida e Sérgio Serafim Del Grande, residentes no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente, após ficarem deficientes físicos em decorrência de acidentes na década de 1950. Del grande escolheu o basquete em cadeira de rodas que ao retornar para o Brasil fundou o clube de paraplégicos em São Paulo, e em 6 de dezembro de 1959.
Em 1960, o Clube dos Paraplégicos de São Paulo participa do 1º campeonato mundial realizado em Roma (Araújo, 1997).
Hoje os Jogos Paraolímpicos são o segundo acontecimento esportivo mundial em termos de duração e número de participantes, e podemos dizer que no momento representam, no nosso entendimento, o maior avanço na área da educação física adaptada.
O papel do professor de educação física no esporte adaptado e a perspectiva em relação a sua formação profissional.
O profissional de educação física tem um papel fundamental para a sua atuação com o desenvolvimento do processo de aprendizagem de seus alunos, maximizar o potencial individual, focalizar o desenvolvimento das habilidades, selecionar atividades apropriadas, providenciar um ambiente à aprendizagem e encorajar a auto superação, dessa forma acompanhar a evolução com uma postura ética e responsável diante das diversidades e suas necessidades. "O professor reflexivo é aquele que é capaz de analisar as suas próprias práticas, de resolver problemas, de inventar estratégias, apoiando-se em na contribuição dos praticantes e dos pesquisadores" (ALTET et al, 2001, p.26). Altet et al (2001) afirmam que o papel do professor deve evoluir para responder aos desafios sem precedentes da transformação necessária do sistema educacional.
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