A Musicoterapia
Por: adr1ana.ferreira • 11/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 771 Palavras (4 Páginas) • 360 Visualizações
A musicoterapia
A musicoterapia é a utilização da musica e de seus elementos, pode desenvolver-se de acordo com vários métodos. Alguns são receptivos, quando o musico terapeuta toca musica para os pacientes ,ou ativos, quando o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. A musicoterapia trabalha com uma grande quantidade de pacientes, entre eles estão incluídas pessoas com dificuldades motora, autistas, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos, nesse sentido a forma como o musico terapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do trabalho e dos métodos que ele utiliza. Alguns musico-terapeutas procuram interpretar musicalmente a música produzida durante a sessão. Outros preferem métodos que utilizem apenas a improvisação sem a necessidade de interpretação. Os objetivos da produção durante uma sessão de musicoterapia são não musicais, por isso não é necessário que o paciente possua nenhum treinamento musical para que possa participar deste tratamento. O musicoterapeuta, por outro lado, devido às habilidades necessárias à condução do processo terapêutico, precisa ter proficiência em diversos instrumentos musicais.
A musicoterapia no centro de unidade de terapia intensiva (UTI)
Pensar no contexto sonoro de um hospital e de uma Unidade de Terapia Intensiva, inicialmente, pode levar à conclusão de que esses são lugares de muito silêncio. Entretanto, a paisagem sonora da UTI caracteriza-se, por um conjunto de sons composto por conversas, choros, sons decorrentes do movimento de pessoas, televisão, equipamentos, e pela presença marcante dos sons das máquinas (responsáveis por traduzir os sinais vitais do paciente, assim como sinalizam outras funções), os quais podem ser constantemente denominados pelos trabalhadores como “barulho”. Na U.T.I, a relação terapeuta-paciente passa a ser estabelecida pelo sonoromusical, sendo um elemento de vínculo. Partindo-se da teoria que o vínculo paciente e terapeuta, ocorre quando há uma interação entre ambos, ousa-se utilizar uma terminologia nova, a qual se denomina “vínculo-sonoro”. Nesse contexto as técnicas musicoterápicas utilizadas nos atendimentos, percebe-se que 100% dos profissionais utilizam da audição musical (Experiências Receptivas) no trabalho em UTI, acredita-se que pela condição em que se encontram na maioria das vezes o paciente de UTI (comatoso), esse método seja um dos mais indicados. O sonoro-musical, através da técnica da Audição Musical, poderá fazer com que o vínculo terapeuta-paciente possa ser estabelecido, onde se chama aqui de “vínculo-sonoro”, podendo ser confirmado através de leituras feitas nos monitores. Tendo em vista que no ambiente de UTI também se encontrem pacientes em seu estado de consciência preservado. Embora esses pacientes se encontrem sobre um leito hospitalar de UTI, muitos, dependendo do estado físico, poderão interagir com o terapeuta através do cantar, do tocar e do improvisar. O método da Improvisação Musical pode facilitar a expressão de sentimentos vividos por tais pacientes, bem como sentimentos de medo, angústia, esperança e etc. No geral, os musico terapeutas utilizam mais de um método, levando-se em consideração o quadro clínico em que se encontra o paciente a ser atendido. Mas constata-se que as maiores dificuldades encontradas por esses profissionais são: a falta de referencial teórico, aceitação de profissionais das áreas afins e a utilização e adequação do sonoro-musical no ambiente de UTI, o que ainda tende a ser um empecilho para esses profissionais, mas conclui-se que a musicoterapia tem muito a contribuir com a ciência médica, e assim, com o ser humano, que passa ser o maior beneficiado dessa forma de terapia.
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