Doença intestinal inflamatória
Por: jeanineferreira • 9/3/2018 • Trabalho acadêmico • 1.961 Palavras (8 Páginas) • 231 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA (UNICEUB)[pic 1]
FACULDADE DE CIÊNCIA DA EDUCAÇÃO E SAÚDE (FACES)
FACULDADE DE ENFERMAGEM
Doenças Inflamatórias Intestinais
Jeanine Ferreira
Priscilla Araujo
Raimara Ferreira
Verônica Osik
Brasília DF
2017
Sumário
Introdução 2
Desenvolvimento 6
Conclusão 10
Referências Bibliográficas 11
Introdução
As doenças inflamatórias do intestino são doenças crônicas, de etiologia desconhecida, mas capazes de desenvolverem uma reação inflamatória na mucosa digestiva, de natureza imunológica. Abrangem a enterite regional, também conhecida como doença de Crohn, caracterizada por uma inflamação subaguda e crônica da parede do trato gastrointestinal que afeta mais frequentemente o intestino delgado, podendo acometer qualquer parte do sistema gastrointestinal, desde a boca até o ânus. (HABR-GAMA; CERSKI; et al., 2008)), e, a retocolite ulcerativa que acomete o intestino grosso, causando inflamação e ulceração da camada mais superficial do colón. (ABCD-Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença).
Epidemiologia
A doença de Crohn é considerada como de baixa incidência e prevalência relativamente baixa. É mais frequente em pessoas brancas, sendo rara em negros; é mais comum na população urbana do que na rural; e há uma tendência de maior incidência familiar entre irmãos, principalmente entre gêmeos idênticos. (SCHOFFEN E PRADO, 2011)
Etiologia
A doença de Crohn ainda tem etiologia desconhecida, o que dificulta o desenvolvimento de uma terapêutica específica (MISZPUTEN, 1996a; PAULSEN; ROSTION, 2007; PINHO, 2008).
Sabe-se que a doença de crohn apresenta natureza inflamatória crônica, e tem sido sugerido alguns agentes infecciosos (bactérias, vírus, micoplasma e microbactérias) como possíveis responsáveis pela resposta inflamatória, no entanto, ainda não foi possível confirmar a participação de vírus ou bactérias no desenvolvimento da doença (MAGALHÃES, 1993; ALEXANDER-WILLIAMS, 1996; KODA et al., 1996).
Contudo, para alguns autores, a determinação da doença pode ser por causa infecciosa, imunológica, genética, defeitos na barreira mucosa e ambiental (fumos, dietas, etc.). (KODA e colaboradores, 1996)
Fisiopatologia
A doença pode evoluir com crises intermitentes, alternadas com fases de remissão de duração variável, ou como uma forma crônica, progressiva e contínua. Sua apresentação clínica depende da localização e extensão das lesões e presença de complicações.
Em sua fase inicial, a extensão das lesões pode ser pequena e o paciente não apresentar sintomas, porém, se uma porção maior do intestino delgado ou colón é acometido, as manifestações clínicas podem ser intensas. A formação de fístulas internas ou externas, doença perianal e estenoses, são complicações frequentes na evolução clínica da doença.
A doença de crohn pode ser classificada em inflamatória, estenosante e penetrante/fistulizante. Dentre as formas de apresentação, a ileocolite é a mais comum, caracterizada por cólica, podendo estar associada à febre e à massa palpável no local da dor, que por vezes, pode ser confundida com apendicite aguda.
Doenças reumatológicas, dermatológicas, oftalmológicas, hepatobiliares e outras manifestações extra intestinais podem estar presentes, sendo mais comuns quando a doença de crohn compromete o colón. (CARDOSO; SOBRADO. 2015).
Quadro Clínico
A doença de Crohn pode apresentar sintomas gastrointestinais e extra intestinais ou a associação dos dois. Seus sintomas são diversificados, mas tipicamente incluem: dor abdominal, diarreia e perda de peso. Mal-estar, anorexia e febre são sintomas frequentes. O quadro pode evoluir para obstrução intestinal por estenoses, fístulas ou abscessos. A forma de apresentação da doença e sintomas variam de acordo com a localização e extensão das lesões. (CARDOSO; SOBRADO. 2015).
O curso da doença de Crohn é imprevisível, porem há uma classificação básica da doença de acordo com os sintomas:
Leve a moderada: o paciente apresenta diarreia frequente e dor abdominal fraca a moderada, o que não impede o paciente de andar e comer normalmente. Não apresenta desidratação, nem febre alta.
Moderada a grave: quando o tratamento utilizado para tratar a forma leve da doença não foi eficaz. Nesse estágio os sintomas são mais evidentes, como febre, perda de peso significativa, dor abdominal ou sensibilidade, náusea e vômitos intermitentes ou anemia significativa.
Fulminante: sintomas persistem apesar de ter passado pelo tratamento adequado para o estágio moderado ou grave da doença. Pode apresentar febre alta e vômitos persistentes. O paciente apresenta também evidências de obstrução intestinal ou abcesso, além de perda de peso mais grave. (Wilton Schmidt Cardozo/ Carlos Walter Sobrado, 2015).
Diagnóstico
Para o diagnóstico é essencial o levantamento da história do paciente e um bom exame físico. No entanto, como a doença pode afetar todo o aparelho digestivo e ter evolução e sintomas semelhantes aos de outras inflamações intestinais, é necessário localizar as áreas afetadas, principalmente por meio de exames de imagem.
A colonoscopia é o principal exame para diagnóstico da doença de crohn, pois possibilita observar áreas de mucosa afetadas alternadas com áreas de mucosa normal. Além de serem evidenciadas ulcerações aftoides ou úlceras extensas serpiginosas e longitudinais.
O raio-X de trânsito intestinal é utilizado para avaliar o comprometimento do intestino delgado. O raio-X simples de abdome pode ser útil para confirmar suspeita de obstrução intestinal ou perfuração de alça intestinal. (FILHO, FOCHESATTO, Luciano; BARROS, Elvino. 2013).
Tratamento
A doença de crohn não tem cura, em geral, são utilizados esteroides e imunossupressores para retardar o avanço da doença.
- Exacerbações: Os casos leves de doença de crohn podem ser tratados com mesalazina e sulfassalazina.
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