UMA NOTA SOBRE O PROCESSO DE EQUIPE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE SAÚDE COM ÊNFASE EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

Resenha Crítica de Caso

Marília Viana Araújo

Trabalho da disciplina Gestão de Pessoas

                                                         Tutor: Prof. Marcelino Tadeu de Assis

Fortaleza

2020

 

UMA NOTA SOBRE O PROCESSO DE EQUIPE

HARVARD BUSINESS SCHOOL

O artigo que tem como título “Uma nota sobre o processo de equipe” nos mostra pontos importantes a se considerar no desenvolvimento de equipes eficazes através de um compilado de estudos e pesquisas.

É evidente que, diante da realidade em que vivemos, de mercados cada vez mais disputados, o trabalho em equipe se faz extremamente necessário, pois com uma pluralidade de competências é possível se tomar decisões melhores e mais rapidamente. Porém, se essa equipe estiver em desacordo, com acúmulo de conflitos e sem liderança, o resultado será o contrário do que se espera e as consequências duradouras. E é exatamente isso que esse artigo nos ensina: o processo de organização de uma equipe eficaz, erros que devem ser evitados e os desafios da globalização para seu sucesso.

É complicado fazer com que o trabalho em equipe se torne eficiente, pois estamos falando de reunir sujeitos singulares, cada um com seus próprios preconceitos, expectativas e emoções, que são transmitidos de forma verbal e não verbal, o que dificulta ainda mais o relacionamento entre eles. Ou seja, fazer com que essas pessoas trabalhem para um objetivo comum pode se tornar favorável ou mesmo desfavorável para a organização. E, segundo o texto, quatro questões são necessárias de serem observadas e questionadas para a plena eficácia da equipe: tomada de decisões, participação, influência e conflito.

Saber tomar decisões é saber sanar problemas e, para isso, a equipe deve ser incentivada a criticar e debater sobre o assunto, não apenas sendo levada simplesmente pela opinião do líder ou de seus superiores. Para que isso aconteça, a equipe deve identificar qual o real problema e observar sua importância para se estabelecer um prazo para sua elucidação. A partir daí, os membros devem ser livres (sem críticas ou censuras) para gastar bastante tempo criando soluções possíveis, mostrando seus pontos de vista e suas experiências, e após todos chegarem a um comum acordo, todos devem se comprometer com sua implementação, deixando claro quais tarefas devem ser realizadas, quem vai efetuar e quem vai liderá-las.

A participação desigual é um fator extremamente importante a ser observado, pois vai interferir nos resultados do grupo, bem como nas tomadas de decisão. Diferenças de posição social, de conhecimento, de personalidade (uns são mais falantes e extrovertidos que outros), de gênero e de cultura são alguns dos principais motivos para que isso aconteça. E isso pode ter um resultado negativo, pois geralmente uns participam mais que outros, ideias mais citadas acabam sendo mais acolhidas, enquanto as potencialmente boas não são ouvidas ou nem ao menos expressadas, o que acaba gerando frustração ou raiva naqueles que tentam participar, tendo pouco engajamento na hora da execução. Para garantir que isso não aconteça, é crucial haver membros que fiquem responsáveis por direcionar as discursões, assegurando a participação de todos e incentivando uma cultura de aceitação.

Já a influência, está relacionada ao status da pessoa, estilo pessoal, experiência e competência, sendo inevitável dentro do grupo. Não é um fator desfavorável, a não ser que haja uma desproporção muito grande, e as ideias daqueles de menor influência acabam não sendo consideradas ou questionadas como deveria. Um artifício relevante para evitar essa disparidade é apoiar e reforçar as ideias dos menos influentes, e solicitar que o grupo amplie a discussão quando for visualizado que apenas uma ideia está prevalecendo na discussão.

E quando falamos em conflito, sabe-se que é inevitável dentro de um grupo heterogêneo, onde cada um tem seu ponto de vista e suas singularidades, e pode desencadear “desgaste, cansaço emocional e tensão no relacionamento entre os membros da equipe” e as discussões podem acabar sendo sempre levadas pro lado pessoal. Porém, se forem construtivos, é crucial para desenvolver equipes e se tornarem produtivas, pois as diferentes óticas do grupo colocadas em destaque geram decisões mais fortes e mais criativas. Portanto, é extremamente necessário que haja conflitos construtivos e que se evitem os afetivos, procurando sempre resolvê-los, sem postergar, esclarecendo sempre o comportamento apropriado para o grupo, minimizando a natureza pessoal do debate, criando senso de justiça dentro da equipe e estando sempre certo de que as metas são comuns a todos mesmo com diferentes opiniões.

Sabemos que para que uma equipe de pessoas totalmente diferentes não começa a trabalhar juntas em um dia e no seguinte já estão sendo altamente eficazes. Pelo contrário, estudos mostram que sempre há um ciclo necessário para seu amplo desenvolvimento e amadurecimento.

Tudo se inicia na construção da equipe, na escolha do tamanho (quanto menor melhor), da composição (pessoas com competências fundamentais), nas primeiras reuniões, em que irá se construir uma base sólida no relacionamento, e com treinamentos para trabalho em equipe para ensiná-los “habilidades relacionadas a processos, meios eficazes de comunicação, escuta ativa e formas construtivas de lidar com conflitos e solucionar problemas” e, com isso, deve-se evitar a formação de “panelinhas”, gerando um grau de comprometimento total. A partir de então, é importante para o desenvolvimento do trabalho, que se definam metas para aumentar o entusiasmo e comprometimento do grupo, pois vão trabalhar em cima de propósitos alcançáveis.