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Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial.

Por:   •  6/4/2015  •  Resenha  •  992 Palavras (4 Páginas)  •  395 Visualizações

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Referência: ALVES, VS. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da

Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Revista

Interface – Comunicação, Saúde, Educação. v.9, nº 16. Botucatu – SP: Fundação

UNI, 2005.

Vânia Sampaio Alves, possui Graduação em Psicologia (2002) pela

Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialização em Educação a Distancia

(2009) pela Universidade de Brasilia, Mestrado em Saúde Comunitária (2005) e

Doutorado em Saúde Pública (2009) pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde

Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA), área de concentração Ciências

Sociais em Saúde. Professora do Centro de Ciência da Saúde da Universidade Federal

do Recôncavo da Bahia. Tem ecperiência na área de Saúde Coletiva, atuando

principalmente nos seguintes temas: Educação em saúde, estratégia de saúde da família,

humanização das práticas de saúde, política de saúde mental/álcool e outras drogas e

redução de danos.

O texto é um artigo científico que tem por objetivo fazer uma reflexão sobre as

práticas de educação em saúde tomando como exemplo, o Programa de Saúde da

Família (PSF). A autora adota como parâmetro a assimilação do princípio da

integralidade a fim de contribuir para a reorientação do modelo assistencial vigente, o

Sistema Único de Saúde (SUS).

A introdução do artigo traz o modelo de saúde atual e a necessidade de sua

reestruturação, tendo como base para suas afirmações estudos e livros de diversos

autores sobre o tema. Pode-se acreditar que a integralidade é de grande importância para

o cotidiano dos serviços de saúde, através dela podemos superar o modelo assistencial

vigente, que segundo a autora, apresenta-se reducionista e fragmentário, a escritora tem

como objetivo refletir sobre o princípio da integralidade nas práticas educativas desse

espaço (PSF), que é local ideal para as ações de educação em saúde, sendo o principal,

por ter uma proximidade com a população local.

A primeira parte do artigo que tem como título “A integralidade e reorientação

do modelo assistencial”, a escritora do texto expõe conceitos para a integralidade que

em concordância com o SUS, precisa envolver tanto as “ações assistenciais ou curativas

quanto e prioritariamente as atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças”.

Assim nas ações e serviços de saúde, a integralidade é distinguida pela indivisibilidade

da assistência preventiva e curativa, no entanto a autora mostra que o modelo

hegemônico é dividido em dois lados, o da assistência e da prevenção, relata também

que no Brasil a política de saúde sempre esteve marcada pelas ações verticalizadas, o

que não permite que de fato a integralidade exista.

Em um segundo tópico é dada uma explicação sobre “Educação em Saúde” e

apresentado um pequeno histórico sobre o tema. Foi conceituada a educação em saúde

como “um conjunto de saberes e práticas orientados para a prevenção de doenças e

promoção da saúde”, e em seguida afirma que de acordo com a história a educação em

saúde no Brasil sempre esteve marcada por um discurso higienista e moralista, para

atender os interesses das classes dirigentes do Estado, defendendo essa ideia Vânia

apresenta uma serie de fatos e marcos históricos e cronológicos que embasam seu

pensamento.

Na terceira parte estrutural do artigo, foram apresentados dois modelos de

práticas de educação em saúde: o modelo tradicional e modelo dialógico. Sendo “o

modelo tradicional, historicamente hegemônico, focalizando a doença e a intervenção

curativa e fundamentado no referencial biologicista do processo saúde-doença,

preconiza que a prevenção das doenças prima pela mudança de atitudes e

comportamentos individuais”. A principal crítica a este modelo de educação é pautada

na não consideração dos determinantes psicossociais e culturais dos comportamentos de

saúde.

Em compensação o novo modelo de educação em saúde pode ser considerado

como modelo dialógico, pois o diálogo é a sua principal ferramenta. O usuário dos

serviços é reconhecido como uma pessoa capaz de analisar de forma crítica a sua

realidade, que apesar de não ter o conhecimento técnico-científico

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