A Psicologia em Saúde

AV1 – ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

Manuelle Bentes Macedo

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Farmácia

Luto: existe fórmula para diminuir?

Compreende-se por luto como um acontecimento doloroso na vida de todo e qualquer ser humano que é vivenciado como um processo de perda e, não somente relacionado à morte, mas também de toda e qualquer perda significativa. Inclusive, o luto também é vivido por pessoas que passam por diagnósticos de uma doença ameaçadora a vida, pois é um tempo em que a mente trabalha para assimilar o ocorrido e lidar com a realidade imposta.

Mesmo sendo um episódio muito comum na vida das pessoas, acontecendo em vários episódios e de diferentes formas, cada indivíduo tem uma reação particular, afinal isso depende de fatores como idade, nível de relação emocional, vivências pessoais e etc. Dessa forma, o sentimento de luto é estudado cientificamente e a psiquiatra Elisabeth Kubher-Ross é a maior referência, na qual fez estudos com pacientes terminais e escreveu sobre as cinco fases do luto, sendo elas: negação ou isolamento, raiva, barganha ou negociação, depressão e aceitação.

Cada fase tem sua característica específica que precisa ser vivida e entendida, não tendo um tempo preciso de duração. A negação pode ser vista como forma de defesa, desacreditando no fato ocorrido, na raiva pode ter a variação de intensidade e a pessoa pode ter atitudes desagradáveis, na fase de barganha, a pessoa faz promessas e negociações para tentar reverter o quadro, na depressão nota-se o insucesso da fase anterior e surge o grande sofrimento e, logo, precisa ter acompanhamento psicológico e, por fim, a aceitação, onde o indivíduo entende a situação e consegue ter melhores expectativas. Vale ressaltar que em qualquer das fases em que o enlutado esteja, seja por perda de ente querido ou por diagnóstico, é de extrema necessidade o apoio psicológico e familiar para amenizar ao máximo os possíveis danos de cada fase.

Diante do exposto, pode-se entender que o luto é um acontecimento comum vivido por qualquer pessoa que não possui fórmula para abreviá-lo ou diminuí-lo, sendo necessário que seja vivido em todas as suas cinco fases, que são cientificamente comprovadas, e não tendo tempo específico de duração, fazendo necessário o acompanhamento e apoio para tornar esse tempo menor e menos incômodo possível.

REFERÊNCIAS

1. GARCIA, T; DAIUTO P. A paciente com câncer de mama e as fases do luto pela doença adquirida. Rev. Uningá Review. Vol. 28. 2016.
2. FAGUNDES F. Luto no virtual: verificação da relação entre as fases do luto e a extinção operante a partir da vivência compartilhada em uma rede social virtual. Centro Universitário Luterano de Palmas. Palmas-TO. 2012.

3. WAINER R; BASSO L. Luto e perdas repentinas: contribuições da Terapia Cognitivo Comportamental. Rev. bras.ter. cogn. vol.7 no.1 Rio de Janeiro jun. 2011

4. UNIMED. As cinco fases do luto. Disponível em: https://www.unimed.coop.br/viver-bem/saude-em-pauta/as-5-fases-do-luto-como-lidar-com-este-processo-. Acessado em 09/11/2022.