A Triagem de urina por cromatografia em camada delgada
Por: Ariane Krause Padilha • 5/5/2018 • Relatório de pesquisa • 2.131 Palavras (9 Páginas) • 1.659 Visualizações
[pic 1]
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE – UNICENTRO
SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – SES
DEPARTAMENTO DE FARMACIA – DEFAR
FARMÁCIA
TRIAGEM EM URINA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
Ariane Krause Padilha;
Guilherme Lorenzett;
Rogério de Souza Júnior.
Trabalho a ser entregue a Professora Drª Renata Marino Romano, para obtenção de nota parcial semestral, na disciplina de Toxicologia referente ao segundo semestre do terceiro ano do curso de Farmácia, da Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO.
GUARAPUAVA
2016
TRIAGEM EM URINA POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
1. INTRODUÇÃO
As análises de urina podem mostrar inúmeros tipos de substâncias, sejam elas “naturais” dos seres humanos ou compostos diferentes como drogas de abusos ou medicamentos. Os medicamentos e algumas drogas de abuso são os principais causadores de intoxicações principalmente agudas, isso se deve pelo uso abusivo, falta de informações de formas de uso, venda indiscriminada dentre outros fatores (GANDOLF et al, 2006).
A detecção de compostos pode ser feita a partir de várias amostras, sendo que as principais são urina, sangue, cabelo e unhas. Em função da facilidade, não ser invasivo e grande gama de compostos que nesta estão presentes, a urina é uma das mais utilizadas. Para realização de algumas analises em urina, primeiramente deve-se ocorrer um processo de extração na amostra, pois há diversas substancias nesta contidas que podem interferir nos resultados da triagem. Cada tipo de análise demanda de uma metodologia adequada de extração (FLANAGAN, 2004).
A cromatografia em camada delgada (CCD) consiste em uma análise onde ocorre a separação de compostos por migração diferencial em duas fases, uma estacionaria e uma móvel. A fase estacionaria geralmente é um solido poroso o qual permite com que as partículas corram por este, o mais utilizado são sílicas e poliamidas. A fase móvel é o solvente ou mistura onde a polaridade deve estar de acordo com o que se quer separar. Para a triagem deve ter uma amostra padrão para aumentar a confiabilidade dos resultados. As amostras são aplicadas cuidadosamente na placa ou vidro cromatográfico evitando que fiquem mergulhados na fase móvel. A separação dos componentes é feita por velocidade de arraste (que ocorre por capilaridade). Os compostos que não possuem coloração que permita a visualização à olho nu pode-se analisar em espectroscopia UV ou mesmo pode ser adicionado um corante que não altera as características ou prejudique a amostra para as triagens (FLANAGAN, 2004).
Para realização de CCD deve-se fazer uma padronização com alguns fármacos (AAS, fenobarbital, cafeína), tudo para que no momento da análise de uma amostra X possa obter um resultado confiável e o mais preciso possível. As amostras padrão de urina também devem ser as mais puras possíveis, geralmente são compradas em locais especializados (GANDOLF, 2006).
2. OBJETIVOS
Realizar o processo de extração ácido e básico de uma amostra de urina para posterior análise em cromatografia em camada delgada.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
- Tubos falcon; - Pipetas; - Pêra;
- Urina; - Centrífuga; - Capela exaustora;
- Béquers; - Pipetas Pasteur; - Vórtex;
- pHmetro; - Chapa de aquecimento; - Tampões (pH 4 e 7).
- Papel cromatográfico; - Câmara UV; - Ponteiras;
- Régua; - Papel filme; - Canetinhas;
- Medicamentos; - Vidro relógio. – Reagente FeCL3 e Dragendorff;
3.2 Métodos
Primeiramente foi realizada apenas a extração ácida. Antes de começar qualquer processo, são preparados os equipamentos e reagentes que serão utilizados na extração. Calibrou-se o pHmetro com as soluções tampão de pH 4 e 7. As soluções de ácidos utilizados foram previamente preparadas através de cálculos de concentração. Para extração foi colocado 5 mL da urina em um tubo falcon e é aferido o pH, se necessário ajustar o pH entre 4,0 e 5,0 com uma solução de H2SO4 1%. Após isso, adiciona-se ao tubo 5 mL de uma solução 1:3 de éter etílico e clorofórmio na capela exaustora, pois são compostos muito voláteis e tóxicos. Os tubos foram levados para agitação no vórtex por 1 minuto. O próximo passo é a realização da centrifugação por 5 minutos à 2000 rpm. Ocorrerá a separação de 2 fases, uma aquosa (contendo sais e demais componentes da urina) uma fase orgânica. A parte aquosa e mineral por assim dizer são dispensadas. Então o extrato orgânico é dividido em 2 vidros relógios de forma igual e levados para chapa de aquecimento à uma temperatura inferior à 70°C para evaporação quase completa. É feito o mesmo processo com a urina branca.
Para realização da cromatografia em camada delgada foi utilizado um papel cromatográfico, neste foram marcados a cada 2 centímetros um ponto com lápis macio para a adição dos medicamentos. São 7 pontos que se referem à soluções padrão de escitalopram, dipirona, cafeína, paracetamol, AAS, a amostra branco e uma amostra de urina desconhecida que será contaminada com alguns destes componentes. Em um béquer foi adicionada uma solução 9:1 de clorofórmio e acetona, onde este será a fase móvel. O papel cromatográfico foi posicionado à 1 cm da solução dentro do béquer e este foi coberto com papel filme. Após a corrida, quando a solução subisse mais ou menos 7 cm poderia ser retirado o papel da solução para realização das análises a olho nu com auxílio dos reagentes de FeCl3 e de Dragendorff e também na câmara de UV.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O processo de extração foi realizado de forma mais prática e rápida, devido à este ter sido realizado na aula anterior, sendo assim, o desempenho de todos foi melhor neste quesito, facilitando as análises cromatográficas em si. Foram preparadas as soluções de ácido, sendo assim os cálculos de concentração realizados para preparação das amostras de ácidos estão expostos na tabela 1
H2SO4 1% | HCl 1% |
A concentração do ácido é de 98%, portanto: [pic 2] V = 0,10 mL de H2SO4 V H2O = 9,90 mL | A concentração do ácido é de 38%, portanto: [pic 3] V = 0,26 mL de HCl V H2O = 9,74 mL |
Tabela 1 – Cálculos de concentração das soluções de ácidos.
...