Diabetes
Por: trabalhosextra • 28/11/2015 • Projeto de pesquisa • 4.246 Palavras (17 Páginas) • 688 Visualizações
[pic 1] FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBÁ [pic 2]
CURSO DE FARMÁCIA
ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
NETO, Bruno Britto[1]; FERREIRA, Camila de Oliveira1; SOUZA, Tatiana Aparecida do Carmo1; LIMA, Tathiely Barbosa1, QUINTÃO, Sandra Maria Jannotti[2].
RESUMO
O presente estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica sobre a atenção farmacêutica em pacientes com Diabetes Mellitus Gestacional, uma afecção relacionada a qualquer grau de intolerância à glicose, com diagnóstico e/ou desenvolvimento durante a gravidez, podendo persistir ou não após o parto. Para tanto, realizou-se uma pesquisa sobre autores que discutem este tema, pretendendo assim demonstrar que a mãe e o feto com Diabetes Mellitus Gestacional podem apresentar um efetivo controle da glicemia quando são empregadas medidas terapêuticas eficazes, como identificação do perfil glicêmico da gestante, boa alimentação e acompanhamento nutricional, uso racional de medicamentos e conhecimento sobre a doença. Assim, ressalta-se a importância da atenção farmacêutica na assistência pré-natal, a fim de evitar a ocorrência de resultados negativos associados com medicamentos, além de reduzir os riscos de intercorrências e complicações durante a gestação e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das gestantes.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus Gestacional. Atenção Farmacêutica. Controle Glicêmico.
ABSTRACT
Keywords:
1 INTRODUÇÃO
A gestação é uma condição fisiológica caracterizada por alterações hormonais (estrógeno, progesterona, cortisol, prolactina) que afetam o metabolismo dos carboidratos e por uma hiperfunção do pâncreas, com aumento da resistência à insulina. O principal hormônio envolvido é o hormônio lactogênico placentário (MIRANDA e REIS, 2006). Tais modificações podem tornar mulheres mais suscetíveis ao desenvolvimento do diabetes gestacional e, em pacientes diabéticas, pode levar ao descontrole da glicemia, devido à menor relação produção/liberação de insulina.
O diabetes melito é uma patologia marcada pela hiperglicemia advinda da deficiência e/ou produção de insulina. A forma gestacional é definida como qualquer nível de intolerância à glicose que resulte em hiperglicemia variável, com início ou primeiro diagnóstico durante a gravidez, independente da idade gestacional e do tipo de tratamento utilizado no controle da glicemia materna (RIBEIRO et al., 2015). O que não exclui a possibilidade de uma resistência diminuída à insulina instalada antes da gravidez.
No Brasil, a prevalência do diabetes melito gestacional (DMG) situa-se entre 3 a 7%, associada ao carente acompanhamento nutricional das gestantes, fazendo com que esta patologia se torne uma das complicações mais comuns na gravidez de mulheres brasileiras, representando 3% das mortes maternas, sendo classificado como a sexta causa de morte no país (MIRANDA e REIS, 2006; CASTILHO, 2008).
Sua incidência é variável conforme a população geográfica, etnia e raça, variando entre 3 e 15% das gestantes (MARUICHI, 2012). O que torna inquestionável a avaliação e o acompanhamento de todas as gestantes, com início na consulta pré-natal, ofertando apoio e suporte para minimizar riscos para mães e filhos. O DMG mal controlado resulta em comprometimento clínico materno e fetal, com importantes complicações, tais como hiperglicemia, hiperinsulinemia fetal, macrossomia, aumento das taxas de cesárea, trauma de canal de parto e ocorrências neonatais diversas (MIRANDA e REIS, 2006; AZEVEDO, 2010).
Algumas condições predispõem ao aumento do risco de desenvolvimento do Diabetes Mellitus Gestacional, como histórico familiar de diabetes, sobrepeso/obesidade, síndrome dos ovários policísticos, idade materna avançada, sedentarismo, entre outros (MARUICHI, 2012). Esta condição representa fator desencadeante significativo para o diabetes mellitus, aumentando a possibilidade de surgimento deste após a gestação, acompanhado das complicações associadas.
A terapêutica adequada para o DMG apresenta efetividade no controle da glicemia materna e na frequência de complicações, vindo a reduzir a incidência de efeito nocivo materno-fetal, o que torna fundamental a atenção farmacêutica na farmacoterapia de uso contínuo (RUDGE et al., 2013). A atenção farmacêutica consiste em fornecer informações pertinentes, com propósitos educacionais, de fácil entendimento pelo paciente e incorporadas em sua rotina diária.
O estudo justifica-se, assim, pela necessidade de abordar sobre o diabetes gestacional e enfatizar os fatores associados ao desenvolvimento desta doença, visando reduzir os riscos de intercorrências e complicações durante a gestação.
2 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo realizado por meio de pesquisa bibliográfica a qual, em termos de elaboração, define-se em Gil (1999) como sendo:
Desenvolvida a partir de material já elaborado, constituindo principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas (GIL, 1999, p. 65).
Sucintamente, foram levantadas informações que traduzam aspectos relevantes acerca do Diabetes Mellitus Gestacional em artigos publicados no período compreendido entre 2010 e 2015. As fontes do levantamento bibliográfico foram buscadas em acervos do sistema informatizado, BIREME (Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde); LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Eletrônica Científica Online). Também buscou-se propostas para efetivação da atenção farmacêutica na prevenção e tratamento do Diabetes Mellitus Gestacional por meio de medidas terapêuticas eficazes, de forma a melhorar os efeitos da farmacoterapia; além da identificação do perfil glicêmico das gestantes para maior controle glicêmico. Os dados obtidos na pesquisa foram analisados, interpretados e descritos, suportados pelos autores pesquisados.
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