Bases Fisiológicas da Alimentação Infantil
Por: Camila Queiroz • 24/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.556 Palavras (7 Páginas) • 369 Visualizações
Em uma unidade básica de saúde, compareceu uma mulher de 32 anos acompanhando sua mãe idosa para o atendimento. Neste momento, comentou com a equipe de enfermagem que estava sentindo dores de cabeça associada a náuseas, com frequência nos últimos 15 dias.
A equipe identificou que esta mulher estava com necessidade de atendimento e a encaminhou para o acolhimento, para que a enfermeira do setor iniciasse o atendimento, onde foram identificadas as seguintes situações:
Além dos sintomas clínicos, identificaram-se problemas sociais, como:
- Jornada de trabalho de 12 horas diárias, com remuneração de 01 salário mínimo.
- Possui 3 filhos na faixa etária entre 3 e 5 anos e seu marido está desempregado, sendo ela, a única fonte de renda da família.
- O marido passa os finais de semana bebendo com os amigos e quando retorna para casa tem atitudes violentas, ocorrendo agressões em alguns momentos.
A partir do exposto, identifique as necessidades de intervenção, com base nas políticas públicas de atenção à saúde da mulher ou outros setores que possam ser envolvidos, proponha intervenções para tais necessidades de acordo com o preconizado pelas políticas de saúde da mulher.
A violência vivida pela mulher deixa seqüelas não apenas físicas, mas também psicológicas e sociais. Assim, o atendimento a essas mulheres requer uma equipe interdisciplinar que possa contemplar todos os aspectos da sua vida.
Entre os fatores responsáveis pela situação de violência vivida pela mulher, o machismo, que se refere à percepção das diferenças entre mulheres e homens como conseqüência de uma construção sociocultural, implica comportamentos violentos e desrespeitosos.
Observou-se desinformação dos profissionais sobre a existência de serviços especializados para o atendimento integral a mulheres vítimas de violência. Isso pode restringir que as mulheres recebam apoio multiprofissional que as ajude a refletir sobre sua condição, levando-as a reconhecer seus direitos, resgatar sua auto-estima e, eventualmente, romper com o ciclo da violência.
O papel dos serviços de saúde diante da violência contra a mulher inclui um conceito ampliado de saúde, que incorpora a compreensão e a mudança de atitudes, crenças, práticas e sua ação ultrapassa o diagnóstico e o cuidado das lesões físicas e emocionais. Preventivamente, os serviços de saúde podem desenvolver atividades educativas. Essas atividades poderiam ser realizadas nas unidades de saúde, abordando e discutindo a temática com a população. Os profissionais entrevistados concordam com essa afirmação, acreditando que essas atividades teriam um papel decisivo no enfrentamento da violência. Seria importante que os serviços de saúde realizassem discussões em equipes multiprofissionais, a fim de tanto aprofundar o tema quanto resgatar a visão integral do indivíduo, propiciando também maior sensibilização dos profissionais diante dos casos de violência
4. Marido com problema de uso abusivo de álcool: apoio matricial, CAPS.
5. Suspeita de estar sofrendo violência devido à presença dos hematomas: notificar a suspeita com a ficha do SINAN, conversar melhor com a mulher sobre o que está sofrendo, identificar as expectativas dela e o que ela entende que deve fazer. É necessário que seja orientada sobre os seus direitos e referências. Comunicar o serviço social também sobre este caso.
Olá Marciana,
Concordo com sua citação sobre "A saúde não é apenas uma ausência de doença, mas possui também uma dimensão social, que se relaciona ao modo de vida e trabalho da população." Ao estudar sobre a Saúde Coletiva, seus agentes e funcionamento, acredito que essa frase tem estreita relação com seus fundamentos.
Gostaria de exemplificar com um artigo científico cujo título é “Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior.”
Nele, conclui-se, dentre outros aspectos, que o imaginário social que vê o homem como ser invulnerável acaba contribuindo para que ele menos se cuide e mais se exponha a situações de risco. É um aspecto bastante discutido informalmente em nossa sociedade, mas que estudos em saúde pública discutem para que haja a melhoria da saúde dessa parcela masculina da população.
Referência do artigo:
https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-311X2007000300015&script=sci_arttext&tlng=e
No artigo citado, o autor mostra os paradigmas da saúde pública brasileira desde sua implantação com o SUS, contextualizando os avanços de correntes epistemiológicas nas décadas passadas até o presente. No artigo também é exposto o histórico de evolução do processo de saúde pública e a relação paciente – doença – tratamento tanto na América Latina quanto no Brasil, onde em particular, realiza-se nas duas últimas décadas um trabalho de construção de novas teorias, enfoques e métodos da epidemiologia e da planificação em saúde, além de investigações concretas buscando a aplicação de métodos das ciências sociais no campo da saúde coletiva. Segundo o autor, no Brasil e em outros países latinoamericanos, na década de 1960 e 1970, foram criados departamentos de medicina preventiva nas escolas médicas, assim como são desenvolvidos programas de expansão de cobertura em áreas rurais e nas periferias das grandes cidades. Tais iniciativas, ainda que impotentes para promover mudanças efetivas na educação profissional e na assistência à saúde, introduzem, no âmbito da academia e das instituições diretivas do Estado, a questão social como pertinente ao campo da medicina e da saúde. Essa foi em minha opinião, a porta de abertura para a mudança entre saúde pública para saúde coletiva: o social.
A discussão sobre a implantação do SUS requer uma sociedade em que todos os cidadãos tenham assegurado um padrão de vida digno. É difícil se pensar em um sistema de saúde universal e eqüitativo em um país, como o Brasil, onde a muitos faltam condições de sobrevivência. Nesse contexto de melhoria do Sistema Único de Saúde, diversos autores elaboraram explicações e teorias acerca da saúde coletiva. Nunes (1996) descreveu que o termo Saúde Coletiva passou a ser utilizado, no Brasil, em 1979, quando um grupo de profissionais, oriundos da saúde pública e da medicina preventiva e social procuraram fundar um campo científico com uma orientação teórica, metodológica e política que privilegiava o social como categoria analítica.
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