Caracterização do Consumo Alimentar
Por: Rayannenutri2019 • 26/2/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 475 Palavras (2 Páginas) • 297 Visualizações
Introdução: A questão nutricional ocupa hoje um lugar de destaque no contexto mundial. Pode-se perceber uma grande preocupação com a nutrição adequada e com as conseqüências de uma alimentação incorreta. A alimentação é uma necessidade básica do ser humano e o ato de se alimentar, embora possa parecer simples, envolve uma multiplicidade de aspectos que influenciam a qualidade de vida do indivíduo. A avaliação do consumo alimentar se constitui atualmente em instrumento extremamente valioso para a análise do estado de saúde da população e controle de doenças crônicas não transmissíveis, é bem estabelecido que a qualidade da dieta tem papel importante na ocorrência de agravos a saúde. Objetivo: Avaliar frequência de consumo alimentar de adultos atendidos durante o dia E. Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado durante o dia E, onde foram investigados os hábitos alimentares por meio de questionário de frequência alimentar através de entrevista direta como os participantes. Foram coletados ainda dados antropométricos, como peso, altura, circunferência da cintura (CC). Com os dados de peso e altura, calculou-se o índice de massa corpórea (IMC) e para classificação do IMC, foi utilizado o ponto de corte de OMS (1995). Em relação a frequência de consumo foi considerada uma alta frequência aqueles que tiveram consumo ≥ 5 vezes/semana e baixa frequência ≤ 2 vezes/semana .Resultados e Discussão: Foram avaliados 80 individuos de ambos os sexos, com idade média de 47,9 ± 12,8 anos. Do total da amostra estudada 82% eram do sexo feminino, o IMC médio da população estudada foi 27 ± 3,5 kg/m² e CC 88,19 ± 9,0 cm. Em relação aos hábitos alimentares, foi verificado que mais de 40% dos entrevistados apresentaram alta frequência de consumo salada crua, legumes e frutas frescas. Os laticínios foram consumidos mais do que 5 vezes na semana por 55% dos entrevistados e feijão teve percentual de consumo de 65%. O consumo de refrigerante, doces, massas e frituras foi baixo, menos de 17% dos avaliados consumiam esses produtos mais do que 5 vezes/semana. Porém, ao analizar o consumo de pão, foi visto que 80% dos indivíduos avaliados consumiam este alimento diariamente e inclusive mais de uma vez por dia. Apesar da alta frequência de consumo de alimentos saudáveis e baixa frequência de alimentos considerados supérfluos, a população estudada apresentou IMC médio de sobrepeso. A orientação nutricional sobre escolhas mais saudáveis foi realizada no momento da entrevista, porém faz-se necessário ação periódicas de educação alimentar e nutricional para esta população. Conclusão: Olhar para a ideia de alimentação saudável implica, necessariamente, pensar alimentação e saúde. A alimentação como prática precisa ser pensada na sua construção e reconstrução cotidiana, na rede complexa das necessidades biológicas, sociais e culturais. Trabalhar na perspectiva de acesso, autonomia, participação na decisão, cuidado, risco, autossatisfação, ressignificação do comer, são conceitos importantes para uma reflexão sobre a ideia de alimentação saudável para o público.
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