Diabetes
Por: Adelia Ferreira • 25/4/2015 • Trabalho acadêmico • 3.771 Palavras (16 Páginas) • 401 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O termo diabetes deriva da palavra grega que significa “passando através de” e mellitus, deriva da palavra latina que significa “mel” ou “doce”. É uma doença caracterizada por sede intensa e urina volumosa doce como mel: (PORTH;MATFIN,2010,).
Diabetes mellitus (DM) corresponde a um grupo de doenças metabólicas caracterizado por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção se insulina, na ação da insulina ou em ambas (SILVA;MURA,2010). A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas que é necessário na utilização ou armazenamento da energia proveniente dos alimentos (MAHAN; RAYMOND,2012)
O DM é uma doença crônica que afeta cerca de 171 milhões de indivíduos em todo o mundo, com projeções de alcançar 366 milhões de pessoas no ano de 2030. Segundo dados da Organização mundial da Saúde a estimativa de mortes por diabetes em nível mundial no ano de 2002 foi de 987.000 (LYRA, et al. 2006). O DM associa-se a debilitantes complicações crônicas que, além de gerar gastos ao sistema de saúde, piora a qualidade de vida dos portadores (SILVA;MURA,2010).
A classificação de diabetes mellitus inclui dois tipos principais da doença, o tipo 1 e o tipo 2. O DM do tipo 1 é Caracterizado pela absoluta falta de insulina e o DM tipo 2, que é mais comum e acomete cerca de 90 % a 95 % dos casos mundiais é caracterizado pela resistência dos tecidos à insulina. Existem outros tipos raros de DM de causas especificas (SILVA;MURA,2010).
2 METODOLOGIA
A revisão da literatura sobre o assunto foi realizada a partir da pesquisa em banco de dados SciELO, livros acadêmicos e publicações de órgãos nacionais. Para a pesquisa nos bancos de dados, utilizou-se o descritor “diabetes”. Foi definido o limite dos últimos dez anos para os artigos.
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Diabetes MelilitusTipo 1
A DM tipo I é uma desordem do metabolismo, causada por falta total de insulina, já que a insulina é importante para fazer o transporte de glicose através da membrana de dentro do citoplasma celular, a deficiência de insulina provoca respostas patogênicas e sintomas que podem determinar um estado clínico grave, coma ou até mesmo óbito (WAITZBERG, 1995.
Esse tipo pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente afeta outras pessoas com menos de 30 anos, conhecida anteriormente como diabetes de início de juventude ou como diabetes melito dependente de insulina (DMDI) (MAHAN,ESCOTT-STUMP 2005)
Os pacientes portadores de diabetes apresentam alterações gastrointestinais, como gastroparesia, diarreia e constipação. Grande parte dos pacientes apresentam sinais de desnutrição proteico-calórica, mas os sintomas variam de intensidade, assim como deficiência de insulina é consequência (WAITZBERG, 1995).
O aumento da sede, micção frequente, perda de peso com frequência, cansaço e fadiga é causada pela hiperglicemia que tem como referência a quantidade excessiva de glicose no sangue, ou seja, causada por pouca insulina, resistência à insulina ou aumento da ingestão alimentar (MAHAN;ESCOTT-STUMP 2005)
Fitas de glicostiks podem monitorar a glicose sanguínea, enquanto labstiks monitoram o açúcar urinário. Valores superiores a 250mg /dl de insulina podem ser admistrados com segurança, enquanto o resultado do laboratório clínico da glicemia é aguardado (WAITZBERG,1995).
Pacientes com diabetes tipo I tem auto-anticorpos para células das ilhotas circulantes, insulina endógena ou outros antígenos que constituem as células das ilhotas. Esses anticorpos destroem as células beta que são: auto anticorpos para as células das ilhotas (CA), auto anticorpos insulínicos(IAA) e auto anticorpos para a descarboxilase do ácido glutâmico(GAD) que acabam com a proteína na superfície das células beta (MAHAN, ESCOTT-STUMP,2005).
FPG (glicose plasmática de jejum) é um método para diagnosticar diabetes. Ele tem uma alta aceitabilidade do paciente, facilidade e é de baixo custo. Alguns outros testes podem ser realizados, mas com menos aceitabilidade como: CPG (glicose plasmática casual) e 2hPG ( nível de glicose plasmática de 2h ), teste realizado após 2h de tolerância oral de glicose (MAHAN;ESCOTT-STUMP 2005).
Exercício físico, medicamentos, dieta balanceada é o objetivo de autocontrole nutricional para auxiliar pessoas com diabetes a manter a glicemia o mais próximo possível do valo normal, parte da avaliação para adaptação do plano alimentar usa-se um recordatório de 24 hrs que determina a ingestão habitual e atual de macro e micronutrientes (CUPPARI, 2005).
Os pacientes insulino-dependentes podem ter dose de insulina em um pré-suporte nutricional. Essa dose pode ser administrada com segurança, o aumento da dose em função da doença pode ser administrada em numa escala progressiva, sendo incluída a quantidade basal com doses relugares de insulina (WAITZBERG 1995).
O principal determinante da dose de insulina de ação rápida é o teor de carboidrato das refeições do momento da refeição e da resposta de glicose pós prandial. Assim os indivíduos podem ser ensinados a como ajustar as doses de insulina (MAHAN;ESCOTT-STUMP,2005).
A quantidade de alimento ingerido precisa ser ajustada conforme a dose de insulina e monitorar os níveis de glicemia. A bomba de infusão de insulina e a insulina de ação rápida permitem maior flexibilidade quanto aos horários das refeições principais e dos lanches (CUPPARI,2005).
O uso de nutrição enteral pode ser indicado há pacientes com diabetes, pois apresentam problemas adicionais quanto ao trato gastro intestinal (WAITZBERG,1995).
Portadores de diabetes tipo I devem fazer a contagem de carboidratos que deve ser inserida no contexto de alimentação saudável, usa-se uma combinação obtendo-se todos os nutrientes necessários, geradores de energia, fontes exógenas de glicose, dessa forma influenciam diretamente na elevação da glicemia, mas não são todos os carboidratos absorvidos em sua totalidade ou na mesma velocidade (CUPPARI 2005).
3.2 Diabetes MellitusTipo 2
O diabetes mellitus do tipo 2 é o resultado do defeito na secreção e na ação da insulina. Esta associada á resistência a insulina, obesidade androide, dislipidemia e hipertensão arterial constituinte da síndrome metabólica (LYRA, et al. 2006).
O diabetes do tipo 2 é o resultado do comprometimento na capacidade dos tecidos de usar a insulina. Ou seja, quando não há liberação da insulina em relação aos níveis glicêmicos, quando há uma disfunção nas células betas (PORTH;MATFIN,2010,).
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