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Resistência a Insulina. Autor: Dr. Antônio Ricardo Toledo Gagliardi

Por:   •  25/10/2019  •  Resenha  •  446 Palavras (2 Páginas)  •  339 Visualizações

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O artigo “Resistência à insulina” foi escrito pelo Dr. Antônio Ricardo Toledo Gagliardi, e aborda cada uma das alterações fisiológicas que são consideradas fatores causais da síndrome metabólica, sendo elas, predisposição genética, sedentarismo, obesidade central independente de um excesso no peso total, resistência à insulina, disfunção endotelial e ativação crônica do sistema imune inato, no intuito de esclarecer as ligações entre essas alterações que estão frequentemente interligadas, mas que segundo o autor é complexo e faltam partes a serem compreendidas.

Um dos pontos interessantes é que existem evidencias consistentes de que o excesso de peso favorece a resistência a insulina, e também existem discussões sobre a resistência a insulina ser um fator promotor ao excesso de tecido adiposo. O autor opta por explicar a associação entre obesidade e resistência a insulina seguindo a linha de raciocínio baseada apenas no ponto de vista em que o excesso de peso é colaboradora para maior resistência a insulina.

Outro ponto em que se falta evidencias é no papel da hiperinsulinemia na patogênese da hipertensão arterial, por existirem estudos que sugerem a genética como fator de maior peso nessa relação.

Existe também uma indicativa de que o componente neuroendócrino esta envolvido na síndrome metabólica, inclusive pessoas que estão sob stress de longa duração possuem esse padrão de alteração eixo-hipotálamo-hipófise-adrenal. Além de o stress ser um fator influente no componente neuroendócrino, também está presente na relação entre disfunção endotelial e resistência a insulina.

O autor considera a disfunção endotelial como mais um componente que colabora para a resistência a insulina, desta vez como uma barreira geográfica, pois em uma disfunção do endotélio tanto o transporte como absorção é defasada, causando uma queda drástica na concentração de insulina disponível para os tecidos.

Mesmo que ainda não seja compreendida a inter-relação destes diferentes fatores, o que se sabe é que juntos conferem um risco cardiovascular significativamente aumentado

de morbidade e de mortalidade.

A síndrome metabólica esta ligada fortemente e diabetes do tipo 2, porem quando se trata precocemente as frações da síndrome metabólica, obtém-se efeitos benéficos em termos de prevenção do diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, fazendo-se de extrema importância o diagnostico precoce, e um tratamento abrangente e complexo.

O artigo trata de um tema de grande importância acadêmica, pois consegue demonstrar como o tratamento da síndrome metabólica abrange varias áreas e necessita de todas elas, indo além do cuidado alimentar, é necessário um trabalho multidisciplinar e muito bem elaborado, e o autor deixa alguns questionamentos em pautas que devem ser pesquisadas e melhor compreendidas no futuro, sendo uma área que demanda muita pesquisa pois é uma síndrome mortal.

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