Diabetes
Por: Bruna Heloisa Goes Lima • 5/6/2015 • Artigo • 2.546 Palavras (11 Páginas) • 472 Visualizações
Os fatores de risco mais importantes da DM2 são hereditariedade, sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25), idade avançada, hipertensão arterial, estresse, sedentarismo, obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas), entre outros1, 3, 6, 8,10-12 . Entretanto, a DM1 é introdução precoce do leite de vaca na alimentação e imunizações na infância contra a difteria, coqueluche e tétano (tríplice bacteriana) e Haemophillus influenzae3, 8,13, 22 . Grupos de risco
O grupo de risco da DM1 são crianças de 5 a 15 anos13, sendo os picos de maior incidência entre 5-7 anos14 e 10-14 anos2 . A DM2 é pessoas que apresentam fatores de risco, com mais de 45 anos, com antecedente familiar de diabetes tipo 1 ou 2, níveis de colesterol HDL ≤ 35 mg/dL e/ou 12 Revista Dentística on line – ano 11, número 23 (2012) ISSN 1518-4889 – www.gbpd.com.br triglicerídeos ≥ 150 mg/dL, história de macrossomia ou diabetes gestacional, diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos, ou doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida2, 3 .
Diagnóstico e complicações Os pacientes diabéticos apresentam as manifestações clínicas e a sintomatologia bucal de acordo com o estágio clínico da doença, que depende do tipo de alteração hiperglicêmica, do controle do tratamento e do tempo decorrido do descobrimento da doença15. E para melhorar sua qualidade de vida é necessário que o profissional de saúde saiba diagnosticar, prescrever e cuidar, eliminando os riscos de complicações16 . A concentração plasmática de glicose em indivíduos normais é entre 70 e 110 mg/dL, acima disso indicam graus variados de tolerância à glicose, o pré-diabetes ou diabetes1-3,6. Cuja, a Tolerância à glicose diminuída (do inglês, impaired glucose tolerance – IGT) e Glicemia de jejum inapropriada (impaired fasting glucose – IFG) refere-se a níveis de concentração de glicose no sangue acima da média normal, porém abaixo dos níveis considerados em pacientes diabéticos. Sujeitos com IGT (glicemia ocasional entre 140- 199mg/dL) e/ou IFG (glicemia em jejum entre 100-125mg/dL) estão substancialmente sob maiores riscos de desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares do que aqueles com tolerância normal à glicose1, 2, 6, 8 . O diagnóstico da DM é baseado nos níveis glicêmicos, como a glicose plasmática em jejum (fasting plasma glucose – FPG) ≥ 126 mg/dL (7,0 mmol / l) e ocasional ou em jejum após 2 horas de ingestão de glicose (plasma glucose – 2-h PG) ≥ 200mg/dL (11,1 mmol / l)6, 14, 21, com exceção das gestantes com níveis de FPG ≥ 92 mg / dl (5,1 mmol / l), 1-h PG ≥ 180 mg / dl (10,0 mmol / l) e 2-h PG ≥ 153 mg / dl (8,5 mmol / l), realizados entre 24ª a 28ª semanas de gestação em mulheres não diagnósticadas6 . E também da avaliação trimestral da hemoglobina glicosilada - HbA1c, que mede a ligação da glicose com a hemoglobina no interior das hemácias. Estas hemácias têm uma vida média de 2 a 3 meses, onde a A1c reflete a média de controle glicêmico nesse período. Sendo mais usado para o diagnóstico de indivíduos com fatores de risco. O A1c reflete nível normal ≤ 5,6%, no pré-diabético de 5,7-6,4% e diabético com um limiar de ≥ 6,5% sem necessidade de jejum. Esta avaliação não é recomendada para pacientes com certas formas de anemia e hemoglobinopatias6 . O teste de diagnóstico definitivo da Diabetes é confirmado com os seguintes resultados: um nível de A1c ≥ 6,5% ou FPG ou 1/2-h PG + sinais clássicos ou crise de hiperglicemia, dois níveis de A1c ≥ 6,5% ou FPG ou 1/2-h PG com/sem outro nível acima ou abaixo do limiar de diagnóstico. Em caso de discordância dos testes ou níveis próximos do limiar, deve-se repetir em 3 a 6 meses para excluir erro de laboratório6 .
Os sintomas clássicos da DM e mais característico da DM1 incluem: indícios de perda auditiva17, poliúria - aumento do volume urinário causada pelo excesso de glicose, polidipsia - aumento da sede para compensar a perda de água pela urina e polifagia - aumento da fome devido à deficiência de insulina, perda de peso e cetoacidose diabética1, 3-5, 6, 13, 21, 24. Este último sintoma menos freqüente em pacientes no consultório odontológico14 . A DM2 apresenta um elevado índice de pessoas assintomáticas ocasionando um diagnóstico tardio das complicações microvasculares ou macrovasculares3, 6, 8, 13, 14 . Além de turvação da visão, sonolência, dores, câimbras, formigamentos e dormências dos membros inferiores, astenia, debilidade orgânica, indisposição para o trabalho, desânimo, cansaço físico e mental generalizado8 , disfunção erétil, cetoacidose diabética e hálito cetônico3, 6, 13 . Devido a esses sintomas sistêmicos e cardiovasculares pode-se observar no paciente diabético, o surgimento de complicações como: a nefropatia diabética, apresentando quadro clínico de síndrome nefrótica; retinopatia diabética, caracterizada pela perda da acuidade visual; e pé em risco de úlcera, resultado de alterações vasculares e neurológicas, responsáveis pelo grande número de amputações nesses membros em paciente diabéticos1, 3, 6, 8, 14, 17, 18, 24 .
Tratamento e controle O DM é incurável e seu tratamento inclui: dieta, atividade física, educação, apoio psicossocial e medicamentos para controle da hiperglicemia7 . Os pacientes com diabetes tipo 1 é indicado a insulinoterapia e os tipo 2 é indicado os hipoglicemiantes orais e alguns as insulinoterapia1, 3, 6, 8, 14, 20. As insulinoterapia são medicadas por injeções subcutâneas de insulina humana com ação de duração intermediária (NPH) entre 12-18hs, ação rápida (Regular) entre 5-7hs, ação lenta entre 20-24hs (Glargina/Detemir) e ultra-rápida entre 3-4hs (Lispro/Aspart). Desde 2006 a primeira insulina inalatória (Exubera®), está disponível para o uso 13 Revista Dentística on line – ano 11, número 23 (2012) ISSN 1518-4889 – www.gbpd.com.br clínico. Os hipoglicemiantes orais estão classificados com os seguintes exemplos: sulfoniuréias e meglitinidas - estimulam a produção de insulina (clorpropamida, glibenclamida, gliclazida, glipizida, glimepirida, repaglinida e nateglinida); biguanidas - diminuem a resistência à insulina (metformina/fenformina); tiazolidinedionas e glitazonas - aumentam a ação da insulina (rosiglitazona/pioglitazona); e inibidores da alfa-glicosidase - diminuem a absorção da glicose (acarbose, miglitol e voglibose)3, 14,19 . O profissional de saúde deve orientar o paciente e sua família quanto da importância do tratamento para se adquirir melhor resultado da DM, associado ao controle na auto-monitoração domiciliar da glicemia que permite o conhecimento das variações glicêmicas durante o dia e também da avaliação trimestral da hemoglobina glicosilada
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