Manual de rotinas e procedimentos de radiologia odontológica
Por: Silvia Serra Bezerra • 27/2/2019 • Relatório de pesquisa • 1.598 Palavras (7 Páginas) • 381 Visualizações
Manual de Rotinas e Procedimentos
Foto e Moldagem
- Verificar o pedido para preparar o material ser utilizado
- Na gaveta de materiais estéreis, separar afastador infantil ou adulto conforme o paciente;
- Separar máquina fotográfica
- Separar luva para atendimento
- Chamar o paciente
- Orientar o paciente sobre o procedimento das fotos
- Colocar a luva
- Posicionar o paciente para as fotos utilizando o afastador
- Tirar as fotos conforme convênio do dentista (intra-bucais, extra-bucais e oclusais)
- Colocar os afastadores utilizados na bandeja de materiais contaminados
- Separar a moldeira
- Separar o alginato para manipulação no pote
- Orientar o paciente sobre o procedimento da moldagem
- Realizar a moldagem superior e inferior
- Orientar o paciente ao final do exame a utilizar o banheiro para se limpar
- Colocar a moldeira utilizada na bandeja de material contaminado
- Limpar a sala e pia para atender próximo paciente
- Verificar se o paciente finalizou o exame ou se tem exame complementar (exemplo radiografias)
- Baixar as fotos nas pastas dos pacientes p/ inclusão no Radiocef.[pic 2]
Esterilização
- Material contaminado deverá ser levado para a sala de esterilização diariamente.
- A bandeja deverá ser depositada ao lado da pia para que seja colocado de molho por 5 minutos utilizando o produto enzimático
- Utilizar a escova específica que está disponível na pia para lavar o material (não utilizar bucha), luva e avental
- Secar o material com papel toalha
- Colocar o material na bandeja de material para selar
- Selar o material a ser esterilizado
- Colocar na autoclave o material e deixar cumprir o ciclo normalmente
- Datar os materiais que foram colocados na autoclave
- Colocar na gaveta de materiais estéreis na sala de moldagem
[pic 3]
Manutenção
Realização manutenção anual e manter o relatório disponível no ambiente de esterilização.
É importante manter o relatório emitido pelo técnico com a respectiva data de realização da manutenção.
Monitorização Biológica
Semanalmente realizar o controle biológico na autoclave da seguinte forma:
[pic 4]
É a monitorização mais confiável, pois é feita com microorganismos tecnicamente preparados -indicadores biológicos- para demonstrar a esterilização.
- O que é um indicador biológico?
São testes que vêm em tubos plásticos com tampa permeável ao vapor, com uma fita impregnada com uma população conhecida de esporos, separada do meio nutriente (líquido roxo), por uma ampola de vidro. Os esporos utilizados são de Geobacillus stearotermophilus, altamente resistentes ao calor úmido e não são patogênicos. São utilizados como desafio, pois uma vez tendo sido eliminados, todos os outros esporos e formas vegetativas também serão.
- Como fazer o teste biológico em minha autoclave?
Coloca-se o teste dentro de um pacote, que irá passar pelo ciclo de esterilização da autoclave. Normalmente os hospitais utilizam o primeiro ciclo, e colocam o pacote teste no ponto mais frio da autoclave, que é embaixo junto ao dreno. Nas autoclaves Cristófoli coloque o indicador na bandeja superior, na parte frontal (junto à porta).Terminado o ciclo, abre-se o pacote recuperando-se o tubo plástico, aguarda-se 15 min. para que resfrie e perca a pressão. Aperta-se a ampola plástica (ativação) conseqüentemente quebra-se a ampola de vidro interna, expondo os esporos ao meio de cultura. Coloca-se para incubar o indicador teste, que passou por esterilização, em incubadora própria junto com outro indicador controle. O indicador controle não vai para autoclave, mas deve ser ativado da mesma forma.
- Qual a finalidade?
É testar tanto a viabilidade dos esporos como verificar se a incubadora esta funcionando corretamente. O resultado esperado é que o controle mude de cor de roxo para amarelo. Esta mudança de cor é dada pela alteração de pH da solução que resulta da atividade microbiana. O teste não deve mudar de cor, pois o esperado é que os microrganismos tenham sido destruídos no processo de esterilização na autoclave. A leitura final é feita após 24 a 48h de incubação dos indicadores.
- Com que frequência preciso utilizá-los?
A recomendação do MS, e da Vigilância Sanitária é o uso semanal dos indicadores biológicos e em todas as cargas que contenham implantáveis.A nossa recomendação é o controle biológico semanal, um emulador pelo menos no primeiro ciclo de cada dia e um de processo por pacote.
- Fita zebrada para autoclave é mesma coisa que indicador biológico?
Não, fita zebrada é um indicador químico, dito de passagem (processo ou classe 1), e só indica que o pacote passou pelo processo, não indicando porém a sua esterilidade.
- Os indicadores químicos são confiáveis?
Os integradores e os emuladores são os indicadores químicos de maior confiabilidade, pois se utilizam vários parâmetros ao mesmo tempo, daí o seu nome. Mostram precisão do ciclo, o indicador classe 6 só mostra mudança de cor quando 95% do ciclo for realizado de acordo com o padrão. Embora não permitam a contraprova, como oferecem os indicadores biológicos, confere segurança da efetividade do ciclo.Os indicadores Steam Plus, classe 5, respondem aos parâmetros do indicador biológico e a sua faixa de aceitação inclui um adicional de tempo de segurança na leitura. Aprovado pelo FDA e de acordo com os parâmetros da AAMI ST 79.
- Porquê usar tantos controles?
O ideal seria utilizar indicadores biológicos para cada pacote, o que custaria muito caro onerando o processo. Além disso, o resultado só ficaria pronto em média em 24h. Usando todos estes controles conseguimos monitorar o processo de esterilização mais rapidamente e a um menor custo, detectando alguma falha que possa ocorrer. Por melhor que seja o equipamento deverá monitorado e receber assistência técnica. Mas nós só saberemos que ele não está funcionando se for devidamente monitorado. Imagine um implantodondista que descobre uma falha em sua autoclave depois que começa a perder seus implantes?!!!!Qual é custo de uma situação como esta?Esta é uma situação extrema e por este motivo fácil de ser entendida, pois muitas vezes, um paciente nosso adquire uma infecção em nosso consultório e não nos damos conta que isto aconteceu!
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