Eutanasia
Por: dehfuchs • 29/9/2015 • Resenha • 562 Palavras (3 Páginas) • 413 Visualizações
Desde os primórdios da Terra, questionamentos sobre à forma como e quando se irá morrer acompanha a humanidade. Com o avanço da medicina o prolongamento da vida de pacientes com graves doenças ou em fase terminal foi possível. Agora, o desafio está voltado sobre qual é a melhor decisão a ser tomada, quando, a vida do paciente é apenas uma aparência. No contexto contemporâneo, qual os avanços tecnológicos e científicos estão desenfreados, a tradicional ética médica não se amolda mais a dinâmica da sociedade atual, com isso surge a bioética, que, tenta, estabelecer a cautela nos processos de evolução biológica e cultural. Esse termo tornou-se público no início da década de 70 e passa a ser entendida como ética das ciências da vida e saúde. É frequente a confusão em conceituar os termos “eutanásia”, “ortotanásia”, “distanásia” e “suicídio assistido”. O termo “eutanásia” que é a “boa morte” ou “morte apropriada” é, entendido por algumas obras, como sendo o tratamento adequado a doenças incuráveis. Entende-se por eutanásia quando uma pessoa causa, deliberadamente, a morte de outrem que está fraco, debilitado, afim de evitar um sofrimento sem limite. A “ortotanásia” significa morte no tempo certo, que se caracteriza pela interrupção do tratamento ou dos aparelhos responsáveis por manter viva a pessoa que não apresenta chances de cura. O “suicídio assistido”, conhecido também como morte assistida, ocorre quando uma pessoa auxilia a outra a produzir a própria morte, ou seja, o agente fornece uma substância letal para que a pessoa possa se suicidar. A “distanásia” é a morte lenta, ou seja, quando é prolongado artificialmente a vida de uma pessoa biologicamente morta. Em cada caso, opiniões se dividem pela divergência de valores, o que é fundamental para uns para outros podem não ser. Partindo disso, o ápice dessa discussão está no significado da morte para as pessoas que optam por deixar de viver por estarem em estado terminal ou estarem passando por grande sofrimento em razão de uma doença incurável. Com isso para entender a escolha pela morte é preciso entender o significado de vida para essa pessoa, e isso é pessoal. Há casos em que prevalece questões políticas, ou seja, as pessoas preferem morrer por considerar indigna a forma como terão que viver dali pra frente, elas não querem ser lembradas daquela forma ou terem que se submeter aos cuidados das outras pessoas, sendo assim, não admitem a ideia de dar trabalho aos familiares e não aceitam perder a sua independência e a sua dignidade. É fato que para algumas pessoas, mesmo em estado de dependência total o simples fato de escutarem e entenderem o que está acontecendo é suficiente para quererem permanecer vivas. Por isso, a concepção de vida ou de morte não devem ser questionadas. O direito de morrer dignamente é a reivindicação por vários direitos, como a dignidade da pessoa, a liberdade, a autonomia, a consciência, refere-se ao direito de ter uma morte humana, sem o prolongamento da agonia por parte de um tratamento inútil, dessa forma, a suspensão do tratamento terapêutico, chamado de ortotanásia não seria uma afronta à inviolabilidade da vida, já que o direito de escolha do enfermo é assegurado pela garantia constitucional de liberdade. Não existe uma solução para esses casos, nessas situações o ideal é deixar que se atenda a vontade daquele que esteja vivendo aquele momento, para que seja a “solução encontrada por cada um”.
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