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Morfologia Externa da Raiz

Por:   •  2/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.342 Palavras (6 Páginas)  •  884 Visualizações

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Morfologia Externa da  Raiz 

 A raiz fixa a planta ao solo, absorve substâncias essenciais ao organismo vegetal, água e sais minerais, e conduz os nutrientes ao caule e às outras partes componentes.

É uma estrutura composta pela coifa e pelas zonas lisa, pilífera e de ramificação.

A coifa ou caliptra reveste o cone vegetativo na extremidade da raiz e protege o tecido meristemático da zona lisa contra o atrito do solo e a transpiração excessiva.

 A zona lisa contém tecido em constante multiplicação celular, o meristema apical da raiz, uma área que promove o crescimento do órgão e por isso requer proteção da coifa.

 É na zona pilífera que se localizam as projeções epidérmicas responsáveis pela absorção, os pêlos.

Na zona de ramificação, ou suberosa, as raízes secundárias são formadas e sobre ela está localizado o colo ou coleto, região de transição entre o caule e a raiz. .

 A raiz das plantas é originada na radícula do embrião. Nas Angiospermas Dicotiledôneas a raiz primária torna-se a pivotante e as raízes secundárias são desenvolvidas de forma endógena, isto é, a partir de tecidos profundos da raiz principal. Este sistema é chamado de sistema radicular pivotante, enquanto que o sistema das Angiospermas Monocotiledôneas é chamado de radicular fasciculado, no qual a raiz principal se atrofia no início do seu desenvolvimento e muitas raízes de calibres mais ou menos iguais se originam geralmente do caule  O sistema pivotante geralmente alcança profundidades maiores no solo do que o sistema fasciculado.

As raízes são  classificadas de acordo com seu habitat como aéreas, terrestres ou aquáticas.

ARaízes aquáticas: desenvolvem-se de forma adaptável ao meio líquido e por isso, além de absorver, podem servir como órgãos de flutuação e respiração. A coifa dessas raízes é dupla para  proteger a região meristemática contra a ação de microorganismos. 

Raízes aéreas

  1. Raízes respiratórias ou pneumatóforos: possuem geotropismo negativo e pneumatódios, estruturas que apresentam orifícios em toda a sua extensão funcionando como órgãos de respiração ao fornecer oxigênio às partes submersas.

Raízes terrestres

Muitas raízes terrestres armazenam reservas nutritivas, principalmente amido e açúcar, sendo especializadas nessa função. Chamadas de tuberosas, essas raízes podem ser axiais, adventícias ou secundárias/ramificadas.

Morfologia Externa do Caule 

 O caule é a estrutura de ligação entre as raízes e as folhas e possui as funções de condução e sustentação, além de crescimento e propagação vegetativa. Seus vasos lenhosos e liberianos, conduzem seivas orgânicas ou inorgânicas às diversas partes da planta

 O caule difere da raiz por apresentar folhas, flores e frutos além das gemas laterais e terminais. Divisões de nós e entrenós também fazem parte de sua constituição, não ocorrentes nas raízes. Os nós consistem em regiões caulinares de onde partem as folhas e os entrenós, regiões entre dois nós. A gema terminal fica localizada na extremidade caulinar e é constituída por escamas, uma região meristemática (ponto vegetativo) e folhas semiformadas que a recobrem. A gema terminal mais as gemas laterais, localizadas nas axilas das folhas inseridas nos nós, formam um sistema que dá origem ao tipo de ramificação do caule.  

 O sistema de ramificação caulinar pode ser classificado como simpodial quando várias gemas participam consecutivamente da formação de cada eixo, neste caso a gema apical perdeu a dominância ou deixou de ser ativa ou monopodial o crescimento ocorre por uma única gema apical, que persiste por toda a vida da planta. O sistema monopodial pode também ser encontrado em plantas com muitos ramos laterais, como os pinheiros, onde o eixo principal é facilmente reconhecido por ser o único a crescer verticalmente (os ramos laterais têm crescimento lento e oblíquo).

 O desenvolvimento do caule pelas plantas fez parte do processo de adaptação ao ambiente terrestre. As variações estruturais caulinares também fazem parte do desenvolvimento adaptativo ao habitat. Em algumas plantas o caule contém reservas de amido e açúcar ou possui capacidade fotossintetizante, conferindo a essa estrutura importâncias alimentares ou fotossintetizantes adicionais.  

         Os caules podem ser classificados de acordo com o habitat como aéreos, subterrâneos e aquáticos.

Caules aéreos

Caules aquáticos

Os caules aquáticos desenvolvem-se de forma adaptável ao meio líquido.

Caules subterrâneos

Localizados abaixo da superfície do solo, estão associados ao armazenamento e à propagação vegetativa.

a) Bulbos:  constituídos por um eixo de origem, o prato, do qual partem catáfilos (folhas modificadas) acumuladores de substâncias de reserva. Podem funcionar como elementos de propagação vegetativa . São classificados como tunicados, escamosos, cheios ou compostos.

  • Tunicado: composto por túnicas (folhas) que recobrem o prato. As túnicas externas recobrem as internas.
  • Escamoso: apresenta escamas que rodeiam o prato.
  • Cheio: os catáfilos revestem o prato, mais desenvolvido, criando uma casca. - Composto:  formado por outros bulbos menores, os bulbilhos.
  1. Rizomas: desenvolvem-se geralmente de forma horizontal sob o solo, emitindo raízes e produzindo ramos aéreos foliosos e floríferos periodicamente.
  2. Tubérculos: caules subterrâneos acumuladores de substâncias de reserva (em geral amido) que podem funcionar como propagadores vegetativos.
  3. Xilopódios: localizados sob o solo, são órgãos lignificados, muito resistentes e reservadores de substâncias nutritivas, inclusive água; parte formado pelo caule, parte formado pela raiz. Muito comuns em plantas de cerrado.

Morfologia Externa da Folha 

 A folha é uma estrutura clorofilada responsável pela respiração, pela evapotranspiração e por praticamente toda a fotossíntese das plantas. Sua morfologia está relacionada às suas funções: a forma laminar favorece a exposição solar, a cor verde da clorofila possibilita a realização de fotossíntese, suas nervuras conduzem seiva elaborada e seus poros microscópicos localizados na face inferior, os estômatos, são responsáveis pela evapotranspiração.  

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