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ATLETISMO – CORRIDA PARA DEFICIENTES VISUAIS

Por:   •  6/5/2018  •  Resenha  •  2.194 Palavras (9 Páginas)  •  5.096 Visualizações

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ATLETISMO – CORRIDA PARA DEFICIENTES VISUAIS

CUIABÁ- MT

2017

ATLETISMO – CORRIDA PARA DEFICIENTES VISUAIS

Trabalho apresentado na disciplina de Adaptada do curso de graduação em Educação Física na Universidade Federal de Mato Grosso como requisito de obtenção de nota.

Orientador (a):

CUIABÁ- MT

2017

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        4

1.2. HISTÓRIA        4

2. DESENVOLVIMENTO        5

2.1. CLASSIFICAÇÃO - ELEGIBILIDADE PARA PARTICIPAÇÃO        5

2.2. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA        5

2.3. ADAPTAÇÕES DAS REGRAS NAS PROVAS DE CORRIDA        6

2.4. TIPOS DE PROVAS        7

2.5. DURANTE AS PROVAS        7

2.6. O GUIA        8

2.6.1. TROCA DE GUIA        8

2.6.2. MÉTODO DE CONDUÇÃO        8

3. DIDÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA DEFICIENTES VISUAIS        8

3.1 ATLETISMO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL        9

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS        10

5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS        11

  1. INTRODUÇÃO

Com 177 provas e 1.100 esportistas envolvidos nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o atletismo será o esporte com o maior número de competições e atletas no evento. Presente nas Paralimpíadas desde a sua primeira edição, em Roma, no ano de 1960, o atletismo reúne provas divididas em diferentes modalidades, podendo ser provas de campo (“field”, em inglês) e pista (“track”, em inglês) (UFJP, 2016). Neste trabalho, será especificado a modalidade de corrida para deficientes visuais, abordando os aspectos históricos, regras e adaptações.

  1. HISTÓRIA

A ideia de criar uma organização que pudesse coordenar o esporte para cegos no Brasil surgiu em 1980, quando se realizaram os Jogos das APAEs no Sul do país. Mas foi em 1981, no Campeonato Nacional de Desportos para Deficientes Físicos, em Curitiba – PR, que o projeto amadureceu. Nos anos de 1982 e 83 diversos campeonatos de futebol para cegos foram disputados, acelerando assim a fundação da CBDC. Em 19 de janeiro de 1984, em uma sessão do Conselho Nacional de Desportos (CND), ocorreu a Assembléia definitiva para efetivação da entidade. As instituições consideradas pioneiras do movimento, que participaram dessa reunião, foram as seguintes: Centro Desportivo de Deficientes do Estado do Rio de Janeiro (Cedeverj, RJ); Serviços de Assistência São José Operário (Sasjo, RJ); Associação dos Deficientes do Paraná (Adevipar, PR); União de Cegos Dom Pedro II (Unicep, ES); Sociedade Luis Braile (SELB, ES), e Associação Catarinense para a Integração do Cego (Acic, SC). Nos dias atuais, passou a ter a designação de Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC), após aprovação em Assembléia Geral Extraordinária realizada na cidade de Campinas/SP em 15 de dezembro de 2005. Tendo como diretriz principal fomentar e desenvolver o desporto de cegos e deficientes visuais no Brasil, representando-o nacional e internacionalmente. A CBDC é uma Sociedade Civil sem fins lucrativos, que congrega entidades de/para cegos, atletas cegos, com deficiência visual e técnicos esportivos, constituindo-se em uma entidade de administração nacional do desporto. Reconhecida pela legislação brasileira como uma entidade de caráter confederativo, é a única organização nacional afiliada à International Blind Sports Federation (IBSA), o que a qualifica como responsável pela representação do Brasil nos eventos por ela organizados. Atualmente, são de responsabilidade da CBDC a gestão e o desenvolvimento de seis modalidades esportivas: atletismo, futsal, goalbaIl, judô, natação e xadrez (COMITÊ PARAOLIMPICO BRASILEIRO, 2006).

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. CLASSIFICAÇÃO - ELEGIBILIDADE PARA PARTICIPAÇÃO

A delimitação do grupamento de deficientes visuais se dá por duas escalas: acuidade visual, aquilo que se enxerga a determinada distância; e campo visual, a amplitude da área alcançada pela visão, sendo o campo visual normal de 180 graus. Caracteriza-se como cego aquele que possui uma acuidade visual de até 6/60 ou campo visual até 10 graus e, como portador de visão residual (amblíope), aquele que possui acuidade visual de 6/60 ou um campo visual entre 10 e 20 graus. Pedagogicamente, delimita-se como cego aquele que necessita de instrução em braile (sistema de escrita por pontos em relevo) e, como portador de visão reduzida, aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos óticos (lupa). A caracterização do grupamento de deficientes visual apresenta-se, pois, como etapa fundamental para a ação educativa (aulas de educação física), visto que orientará a adequação dos conteúdos, objetivos e procedimentos metodológicos, favorecendo as adaptações que se fizerem necessárias (COMITÊ PARAOLIMPICO BRASILEIRO, 2006).

2.2. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA

Será elegível para participar de uma competição para pessoas com deficiência visual quem se enquadre no seguinte sistema de classificação:

Nas competições de atletismo, os atletas com deficiência visual utilizam o sistema de classificação da IBSA.

A IBSA possui uma classificação única para todas as modalidades esportivas. Essa classificação adota parâmetros de acuidade visual, escalas oftalmológicas que indicam a capacidade da visão em termos da distância (acuidade) e de sua área funcional (campo visual). Os atletas deficientes visuais são divididos nas seguintes classes:

B1 - Desde a ausência total de percepção de luz em ambos os olhos até percepção luminosa sem a capacidade de reconhecimento da forma de uma mão, a qualquer distância.

B2 - Desde a capacidade de reconhecer a forma de uma mão até a acuidade de 2/60 e/ou um campo visual inferior a cinco graus.

B3 - Desde uma acuidade visual superior 2/60 até uma acuidade visual 6/60 e/ou campo visual superior a cinco graus e inferior a 20 graus.

Nas provas de atletismo regidas pelo International Paralympic Commitee (IPC), os atletas com deficiência visual das classes B1, B2, B3 recebem respectivamente, nas provas de pista, a classificação de T10, T11, T12 e, nas provas de campo, F10, F11, F12; como pode ser observado no quadro a seguir.

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