Envelhecimento populacional contemporâneos: demandas, desafios e inovações

Uma vida longa é o desejo de qualquer sociedade, o desafio e garantir qualidade a esses anos adicionais de vida. Deve- se criar e fomentar políticas destinadas aos idosos, focando fundamentalmente, a prevenção o cuidado e a atenção integral à saúde.

O crescimento da população idoso é um fenômeno mundial, projeções indicam que em 2020 o Brasil serão sexto país do mundo com mais idosos.

O Brasil tem e terá grandes desafios na gestão de políticas públicas a terceira idade, especialmente nesse contexto de acentuada desigualdade social, pobreza e fragilidade das instituições.

Idosos procuram mais serviços de saúde, as internações são mais frequentes e demoradas.

É urgente a necessidade de mudanças no cuidado a população idosa. No Brasil os esforços ainda são pontuais e desarticulados. O ministério da saúde, promulgou uma nova política nacional de saúde da pessoa idosa que objetiva, no âmbito do SUS, garantir atenção integral a saúde da pessoa idosa, enfatizando o envelhecimento saudável e ativo baseado no paradigma da capacidade funcional, abordada de maneira multidimensional.

Este estudo visa estimular a discussão para a necessidade de políticas efetivas de manutenção da capacidade funcional dos idosos, de novas estratégias de prevenção e atenção integral, e de foco inovador no cuidado do idoso.

Para um idoso manter habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma, se faz necessário a elaboração de políticas baseadas na qualidade de vida do idoso.

Vale ressaltar que o idoso que contém sua independência e autodeterminação – capacidade do indivíduo manter autonomia – deve ser considerado um idoso saudável, ainda que apresente uma ou mais doenças crônicas.

As diretrizes básicas da política Nacional de saúde da pessoa idoso são bons exemplos das preocupações com a promoção do envelhecimento saudável, com a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos.

Embora os profissionais da área saibam a importância da prevenção particularmente em idosos, a maioria dos serviços são curativos e tradicionais.

Leavell e Clark preconizavam dois níveis para prevenção primária e dois níveis para prevenção secundária. Para os idosos o ideal seria avançar este conceito e trabalhar nos três níveis preventivos com dois graus distintos de intervenção.

Muitos idosos apresentam múltiplos problemas coexistentes e frequentemente procuram inúmeros especialistas sobrecarregando o sistema de saúde. Para evitar esse excesso de consultas desnecessárias nos serviços de saúde é preciso organizar uma estrutura diferente daquelas existentes para as demais faixas etárias.

A falta de um sistema estruturado, faz com que o primeiro atendimento ocorra em um estágio avançado, aumentando os custos e reduzindo as possibilidades de melhora.

O aumento do número de idosos, a maior utilização do sistema de saúde e as múltiplas doenças crônicas, geram um gargalo no sistema dessaúde.

Políticas de promoção e prevenção da saúde tem provada efetividade em todo o mundo, gerando uma vida melhor e mais saudável ao idoso.

Os dados da PNAD mostram que o número de doenças e consultas aumentam