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Musculaçao O treinamento de força

Por:   •  3/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.375 Palavras (14 Páginas)  •  619 Visualizações

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0O treinamento de força, conhecido popularmente como Musculação, é uma forma de exercício contra resistência, para o treinamento e desenvolvimento dos músculos esqueléticos. Utiliza-se a força da gravidade para opor forças aos músculos, que, por sua vez, devem gerar força oposta por meio de contrações musculares.

Para entender o que é Musculação, inicialmente, é preciso refletir: o que você entende por Musculação? Musculação é uma atividade anaeróbia (alta intensidade e curta duração) e que também pode ser definida como um conjunto de técnicas que, com uso de pesos, equipamentos ou outros dispositivos, pode provocar mudanças (biológicas, fisiológicas e anatômicas) no corpo, como o aumento da massa muscular e o ganho de força concomitantes à perda de gordura. Além disso, espera-se que essas adaptações melhorem a performance tanto em modalidades esportivas como nas atividades da vida diária. Depois de realizar um repouso adequado e se alimentar adequadamente, tendo recuperado o estado inicial, aplica-se novamente a carga de treinamento. Com a aplicação sucessiva de cargas crescentes e a quebra constante do equilíbrio, aliados ao repouso e à alimentação adequada, há uma resposta positiva do organismo, fazendo que sua forma física melhore em relação ao estado anterior.

O treinamento de força é uma modalidade física praticada pela população em geral (crianças, jovens, adultos e idosos), além de ser muito utilizado por preparadores físicos como parte parcial ou total do treinamento de seus atletas. Essa possibilidade de atingir determinados objetivos com o mesmo tipo de treinamento decorre da combinação das variáveis do treinamento. Os treinamentos variam por conta da análise dessas variáveis e suas combinações, que diferenciam as sessões de treinamento de força. Caracterizam-se como variáveis as características dos exercícios, como tipo, ordem, volume, intensidade, frequência dos treinos, intervalos tanto entre exercícios quanto entre séries e as formas de controle de carga Os resultados obtidos com treinamento de força não dependem somente da variabilidade do treino, mas também de fatores como flexibilidade, tipo de alimentação, hereditariedade e condicionamento cardiorrespiratório prévio. São necessários alguns cuidados durante a Musculação, como acompanhamento de profissionais competentes e execução correta dos exercícios, para não ocorrerem prejuízos nas estruturas ósseas, musculares e nos ligamentos, além de dores na coluna e possíveis desvios posturais. O treinamento com pesos auxilia no emagrecimento, pois aumenta o gasto calórico diário e estimula o metabolismo. A Musculação previne a osteoporose por estimular a produção de massa óssea, evita doenças cardíacas, dislipidemia, hipertensão arterial e diabetes.

Evolução da Musculação  Por volta de 2000 a.C., os egípcios usavam sacos de areia para desenvolver a força. Os gregos, objetivando melhorar seu perfil atlético nas Olimpíadas, levantavam pedras pesadas, obtendo, como resultado, a funcionalidade de um corpo mais musculoso (muito valorizado na arte e literatura clássicas). Há a história de Milon de Crotona, da época de 500 a 580 a.C., na Itália, atleta olímpico de luta e discípulo do matemático Pitágoras, que relata o método de treinamento mais antigo da humanidade e utilizado até hoje, que é a evolução progressiva da carga. Milos corria com um bezerro nas costas, para aumentar a forças dos membros inferiores, e, quanto mais pesado o bezerro ficava, mais sua força aumentava. Eugene Sandow foi considerado o pai da Musculação. Nascido na Alemanha em 1867, converteu-se em um ídolo do esporte e, por 30 anos, foi considerado o melhor atleta do mundo. Antes que ele iniciasse exibições de força, as pessoas acreditavam que um homem forte era o cruzamento de um elefante com um gorila. Aos 16 anos, já aparentava um físico bem desenvolvido, que mostrava que tinha um potencial genético.

ANATOMIA MUSCULAR

 O músculo esquelético é um tecido surpreendente pela capacidade de suportar o estresse. É composto por diversas camadas, tendo como sua menor estrutura funcional a fibra muscular, uma célula multinucleada, fina e longa. Sendo uma mistura heterogênea de vários tipos de fibras, a quantificação de diferentes características físicas e bioquímicas das diversas fibras tem levado ao desenvolvimento de vários sistemas histoquímicos de classificação (FLECK; KRAEMER, 2006). Funcionalmente, o músculo é formado pela fibra muscular, que é inervada pelo motoneurônio alfa, compondo a unidade motora, que é ativada por esforço voluntário A junção neuromuscular nada mais é do que o encontro do axônio alfa com a fibra muscular, localizado no ventre muscular, denominado ponto motor. A quantidade de fibras inervadas por suas unidades motoras depende, em parte, da ação exercida pelo músculo. Quanto mais força mais unidades motoras. Entretanto, cada unidade motora tem um certo número de fibras musculares sendo ativadas sincronicamente (UCHIDA, et al., 2013).

Tipos de músculos

• músculo estriado esquelético; • músculo estriado cardíaco; • músculo liso.

Os três tipos musculares têm as seguintes características: podem contrair e encurtar-se, em resposta a um estímulo vindo do sistema nervoso; podem ser distendidos, aumentando o seu comprimento; e podem retornar à forma e ao tamanho originais. As propriedades do tecido muscular são: contratilidade, elasticidade, extensibilidade e condutividade. 

O músculo estriado esquelético é chamado assim devido às suas estriações transversais. Ele se contrai por influência de nossa vontade, mas também responde a atos reflexos. O músculo estriado cardíaco é estriado, porém involuntário, e representa a arquitetura cardíaca. Já os músculos lisos compõem as paredes das vísceras ocas e tubulares, não possuem estriações e compõem os órgãos ocos, como estômago, intestinos, dentre outros. São músculos involuntários e trabalham independentemente da nossa vontade.

Formas dos músculos 

Os músculos podem ser classificados quanto à forma, natureza ou função. De acordo com a disposição de suas fibras, são considerados fusiformes aqueles que possuem a convergência de suas fibras para a origem e inserção, tornando o ventre muscular com maior diâmetro, como o bíceps braquial. Os músculos também podem possuir a convergência de suas fibras para apenas uma face do tendão (unipenados) e para as duas faces do tendão (bipenados). Também podem ter largura e comprimento equivalentes, como o romboide, e, finalmente, fibras circulares, como o orbicular. Quanto ao número de cabeças, podem ser classificados como: o coracobraquial (uma cabeça), o bíceps (duas cabeças), o tríceps (três cabeças) e o quadríceps (quatro cabeças).

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