ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRÉ-HOSPITALAR AO PACIENTE VÍTIMA DE ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO
Por: 745261 • 19/5/2019 • Artigo • 4.586 Palavras (19 Páginas) • 336 Visualizações
FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE GV[pic 1]
PÓS-GRADUAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: ATENDIMENTO INTRA E PRÉ-HOSPITALAR
ELLEN KARLA PEREIRA CUNHA
LISLEY MARIA LOPES CALDEIRA
VALÉRIA ROSA DOS SANTOS
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRÉ-HOSPITALAR AO PACIENTE VÍTIMA DE ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO
GOVERNADOR VALADARES
2013
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRÉ-HOSPITALAR AO PACIENTE VÍTIMA DE ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO
Ellen Karla Pereira Cunha¹
Lisley Maria Lopes Caldeira ¹
Valéria Rosa dos Santos ¹
Fagner Martins de Oliveira²
RESUMO
Nas últimas décadas, as lesões provocadas por acidentes envolvendo motociclistas têm-se convertido em uma das principais causas de morte e incapacidades em todo o mundo. Estudos apontam que o tempo decorrido entre o acidente e o atendimento hospitalar é um fator decisivo para reduzir a mortalidade e a ocorrência de seqüelas, exigindo dos profissionais envolvidos na assistência, entre eles a equipe de enfermagem, ações rápidas e adequadas. Com este estudo objetivou-se conhecer a importância do profissional de enfermagem no atendimento pré-hospitalar móvel, bem como os principais cuidados de enfermagem na cinemática do trauma. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, do ano de 2003 a 2012, que visou trabalhar com o banco de dados da biblioteca virtual Bireme, base de dados LILACs, BDENF, SCIELO, sites do Ministério da Saúde, livros e artigos relacionados ao assunto proposto.A pesquisa foi desenvolvida no período de julho a dezembro de 2012 e durante todo o percurso de realização desta, foi possível identificar tamanha riqueza de material que fundamenta a importância do tema abordado, já que a morbi-mortalidade por acidentes motociclísticos tem aumentando muito nos últimos anos. Concluiu-se que o APH não é um tratamento definitivo, mas as condutas tomadas de maneira rápida e eficiente pelos profissionais envolvidos, bem como um transporte rápido e seguro para o hospital de referencia, são determinantes para o prognóstico do paciente, e a equipe de enfermagem atua como protagonista neste cenário.
Palavras -Chave: Enfermagem. APH. Acidente Motociclístico.
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¹ Ellen Karla Pereira Cunha: Enfermeira, aluna do Curso de Pós-Graduação em Urgência e Emergência: Atendimento Pré e Intra-Hospitalar da UNIPAC-GV. Contato: ellencunha87@hotmail.com
¹ Lisley Maria Lopes Caldeira: Enfermeira, aluna do Curso de Pós-Graduação em Urgência e Emergência: Atendimento Pré e Intra-Hospitalar da UNIPAC-GV. Contato:lisley18@hotmail.com.
¹ Valéria Rosa dos Santos: Enfermeira, aluna do Curso de Pós-Graduação em Urgência e Emergência: Atendimento Pré e Intra-Hospitalar da UNIPAC-GV. Contato:valerinha.santos@hotmail.com
² Fagner Martins de Oliveira: Enfermeiro ,especialista em Trauma, Emergência e Terapia Intensiva.Mestrando em GIT – UNIVALE. Contato: fagner107@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO
As principais morbimortalidades no Brasil e em outros países nas últimas décadas decorrem dos acidentes de trânsito. Entre os fatores que contribuem diretamente para a ocorrência desses episódios podemos citar: o alto número de veículos em circulação, assim como as condições de circulação dos mesmos; deficiência dos meios de controle de tráfego; imprudências dos usuários e o sentimento a associação de impunidade judicial aos causadores dos acidentes (OLIVEIRA; SOUSA, 2006).
De acordo com Silva e colaboradores (2010), nos últimos anos os acidentes de trânsito passaram a representar um grave problema de saúde pública com um índice crescente envolvendo motociclistas, sendo as maiores vítimas, os jovens do sexo masculino, em idade produtiva. (CABRAL, SOUZA, LIMA, 2011).
Segundo Liberatti (2003), o crescimento da frota de motocicletas, refere-se devido à utilização desta como meio de trabalho, por representarem baixo custo em consumo e manutenção, além das facilidades de tráfego e estacionamento.
As causas associados aos acidentes envolvendo motociclistas são variadas, porém, devem-se considerar algumas questões pessoais como a personalidade do motorista, as condições psicológicas, a cultura, bem como o seu conhecimento do trânsito. Importante lembrar que a falha humana é responsável por 90% dos acidentes registrados mundialmente, sendo que no Brasil, destaca-se ainda a alta velocidade, o ato de dirigir sob efeito de álcool e drogas ilícitas, distância pequena em relação ao veículo dianteiro e o desrespeito a sinalização (PORDEUS; MARIA; VIEIRA, 2010).
As lesões mais habituais nos acidentes de moto e que levam a morte são as fraturas de membros e pelve, seguido de trauma, laceração ou rotura de órgãos abdominais e traumatismos crânioencefálico (PORDEUS; VIEIRA, 2010).
Assim as morbidades associadas ao trauma por acidentes motociclísticos podem acarretar incapacidades físicas ou mentais, temporárias ou definitivas, sendo o óbito comum nestes agravos. Além destes, encontram-se associados: danos psicológicos, econômicos e sociais (DOLOR, 2008).
A situação se agrava ainda mais quando são analisados os gastos que o acidente de trânsito causa à sociedade e à economia brasileira. Cerca de dois terços dos leitos hospitalares dos setores de ortopedia e traumatologia são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito (SADO; MORAIS; VIANA, 2009).
Os gastos para com o tratamento e reabilitação de pacientes traumatizados oneram muito os serviços de saúde. Comparando-se com os custos empregados para a terapêutica de vítimas de causas naturais, os pacientes que sofrem acidentes de trânsito, passam menos tempo no ambiente hospitalar, porém demandam mais recursos e apresentam alta taxa de mortalidade e muitas vezes em razão das seqüelas sofridas, tornam-se inaptos para o mercado de trabalho. (SILVA; SOBRAL, 2011).
Segundo Cabral; Souza; Lima (2011) no fim das contas, sobre o setor saúde recai a maior parte das despesas advindas dos acidentes, pois é ele quem cuida das vítimas, contabiliza os óbitos e arca com as sequelas, muitas vezes irreversíveis.
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