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Distúrbios Endócrinos em Crianças e Adolescentes

Por:   •  6/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.962 Palavras (12 Páginas)  •  361 Visualizações

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Universidade Luterana do Brasil

Enfermagem

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Distúrbios endócrinos em crianças e adolescentes

Maria Eduarda

Matheus Bica

Muriel Santos

Natália Cardoso Siqueira

Natália Friedrich

Natália Martin

Natália Wiethan

Luiza Cremonese

Cachoeira do Sul, 05 de novembro de 2018

Introdução

        Neste trabalho abordam-se distúrbios endócrinos ocorrentes em crianças e adolescentes, visa compreender todas as funções e atividades do nosso corpo. Os distúrbios endócrinos podem apresentar diversos sintomas que variam de intensidade e de freqüência.

        O sistema endócrino é composto de varias glândulas que se situam em diferentes pontos do nosso corpo, são estruturas que produzem substâncias que tem determinada função no nosso corpo e sua função é produzir hormônio.

O sistema endócrino é composto por um grupo de glândulas e órgãos que regulam e controlam várias funções do corpo por meio da produção e secreção de hormônios. Os hormônios são substâncias químicas que afetam a atividade de outra parte do corpo. Em essência, os hormônios atuam como mensageiros que controlam e coordenam as atividades em todo o corpo. As doenças endócrinas dizem respeito secreção hormonais em excesso ou secreção hormonal insuficiente.

Nossas glândulas endócrinas principais são hipófise, tireóide, paratireóide, pâncreas, suprarrenal, ovários e testículos, e a disfunção de uma delas pode comprometer toda nossa saúde Os distúrbios endócrinos podem resultar de disfunções originadas nas glândulas endócrinas periféricas ou de estimulação abaixo ou acima do normal pela hipófise. As doenças podem causar a produção excessiva (hiperfunção) ou a falta de produção (hipofunção) de hormônios.

Para diagnosticar o distúrbio em pacientes com suspeita de doença endócrina, o médico realiza uma cuidadosa história clínica, exame físico e provas laboratoriais. Dentre as doenças endócrinas, metabólicas mais freqüentes podemos citar: diabetes Mellitus, distúrbios da glândula tireóide (hipotireoidismo, hipertireoidismo) obesidade, dislipidemias e distúrbios do crescimento.

Diabetes mellitus tipo I

        O diabetes mellitus (DM) é um dos distúrbios metabólicos mais frequentes na infância, verificando-se uma incidência máxima no início da adolescência. O evento etiológico principal do DM tipo 1 é a destruição das células pancreáticas beta. Esta destruição pode ocorrer por diversos fatores, incluindo suscetibilidade genética, infecções virais, fenômenos auto-imunes e fatores ambientais. Assim, a destruição das células beta produz deficiência insulínica. A apresentação da doença é geralmente abrupta, acometendo principalmente crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos e sem excesso de peso. Na maioria dos casos, a hiperglicemia é acentuada, evoluindo rapidamente para cetoacidose.

Sintomas de DM tipo I

  • Poliúria
  • Polidpsia
  • Perda de peso
  • Fraqueza generalizada
  • Visão turva

Sinais de Cetoacidose

  • Desidratação
  • Hálito Cetônico
  • Náusea
  • Vômitos
  • Dor abdominal
  • Taquipneia
  • Taquicardia

Diagnóstico

  • Glicemia aleatória: 200 mg/dL ou superior.
  • Glicemia de jejum confirmada: 126 mg/dl
  • Dosagem de corpos cetônicos séricos ou urinários: Na presença de hiperglicemia, sugere DM tipo I.

Tratamento

O tratamento envolve medicamentos orais antidiabéticos juntamente com insulinoterapia. O cuidado é parte integrante do tratamento de DM, ele deve ser traçado individualmente e visando o controle da doença e diminuição dos riscos. A alimentação é um fator importante no controle glicêmico, para atingir valores adequados à criança ou adolescente. Para o controle da glicemia é importante oferecer uma dieta rica em fibras, com baixo índice glicêmico. Outro fator importante é a pratica de exercícios, pois tem efeito redutor de glicemia. Praticar exercícios iniciando com baixa intensidade, até adaptar-se e com orientação. É importante verificar os níveis glicêmicos durante o exercício para evitar hipoglicemia.

Tipos de insulina

  • Insulina regular: rápida absorção, seu efeito começa entre meia e uma hora após a aplicação.
  • Insulina NPH: é de efeito intermediário, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas após aplicação.

A insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo. Agulhas com 4, 5 ou 6 mm podem ser utilizadas. Crianças e adolescentes magros podem precisar fazer uma prega cutânea para evitar atingir a camada muscular. Os locais de aplicação podem ser no abdômen, na coxa (frente e lateral externa), no braço (parte posterior do terço superior), na região da cintura e no glúteo (parte superior e lateral das nádegas).

Hipotireoidismo
         O hipotireoidismo é a baixa de produção hormonal da glândula tireóide afeta milhões de brasileiros sendo que, em muitos casos, não é diagnosticado. A tireóide produz hormônios que atuam na maioria dos órgãos (coração, cérebro, etc.). A glândula se localiza na parte anterior do pescoço.

O hipotireoidismo em crianças normalmente ocorre quando há um problema estrutural com a glândula tireóide ou se a glândula tireóide estiver inflamada. A maioria (aproximadamente 85%) dos casos de hipotireoidismo congênito ocorre porque a glândula tireóide está ausente, subdesenvolvida ou se desenvolveu no local errado. Com menos frequência, a glândula se desenvolveu normalmente, mas não produz o hormônio da tireóide corretamente.

Manifestações clinicas na adolescência

  • Atraso puberal;
  • Baixa estatura;
  • Atraso relevante na idade óssea: idade óssea < idade estatural; a idade óssea avaliada ao diagnóstico corresponde aproximadamente à idade de início do hipotireoidismo;
  • Irregularidade na menstruação;
  • Pele ressecada, fria, com diminuição da sudorese;
  • Eritema malar;
  • Hiperceratose localizada;
  • Palidez cutâneo mucosa;
  • Cabelos finos, ressecados e sem brilho;
  • Alopecia;
  • Edema facial e palpebral;
  • Lentidão dos reflexos tendinosos;
  • Letargia, fraqueza, intolerância ao frio, alterações de memória, constipação intestinal;
  • Rouquidão, bradicardia, dor precordial e anemia aparecem quando há deficiência grave e prolongada dos hormônios tireoidianos.

Avaliação clinica

Investigar história de uso de drogas bociogênicas (lítio e Iodo); ciclos menstruais; modificações de peso e altura; histórico familiar de bócio, tireoidite ou outras doenças auto-imunes; alterações de sono, rendimento escolar e comportamento; história de irradiação de cabeça, pescoço ou mediastino na infância (BORDALLO; CARDOSO, 2008).

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