Resenha Crítica “Muito Além do Peso”

“Universidade Tiradentes”

Discentes: Mariany Oliveira Nascimento

              Larissa Diovana Santos Souza

Docente: Marcio Lemos Coutinho

Disciplina: Epidemiologia e vigilância à saúde

Curso: Enfermagem                                 Turma: N02

Resenha crítica “Muito além do peso”

Sabe-se que atualmente devido aos padrões de alimentação, habitação, educação e estilo de vida   a obesidade tornou-se questão de saúde pública. Segundo dados epidemiológicos, no Brasil 33,5% das crianças possuem sobrepeso e aproximadamente um terço da população brasileira está acima do peso incluindo crianças e adolescentes e 56% dos lactentes tomam refrigerante antes do primeiro ano de vida e devido a hábitos como esses é estimado que as crianças dessa geração viverão em média 10 anos a menos que os adultos. Dados como esses causam extrema preocupação para as autoridades de saúde, pois a obesidade é um fator de risco para muitos problemas de saúde, entre eles algumas doenças crônicas não transmissíveis que devido a transição epidemiológica, nos dias de hoje são as doenças que mais matam no Brasil e no mundo.  Relacionando ao que foi dito podemos associar alguns determinantes sociais que interferem nesse processo de saúde e doença, que são eles: determinantes socioeconômico, ambientais, culturais, psicológicos e comportamentais. Tais determinantes influenciam no aumento da incidência em crianças doenças que até algum tempo atrás acometiam apenas   adultos, como problemas cardiorrespiratórios, diabetes tipo 2, depressão e ansiedade.

Nos dias atuais, observamos que a educação alimentar da maioria das crianças encontra-se prejudicada, pois na maioria das vezes a quantidade de tempo que os pais passam com os filhos é pouca, devido a sobrecarga de trabalho, dessa maneira as crianças acabam sendo de certa forma desassistidas pelos pais, ficando expostas a “educação alimentar” passada escola e pela mídia. Há também relatos das próprias crianças afirmando que a atividade física que seria realizada nas escolas nas aulas de educação física, se resume apenas na teoria, e a o cardápio alimentar nas escolas, são baseados em alimentos industrializados, o que prejudica ainda mais os hábitos alimentares dessas crianças e consequentemente a saúde das mesmas. A mídia tem feito um trabalho fundamental que interfere para o aumento da obesidade nessa população, tendo em vista que as crianças brasileiras passam em média 5 horas na frente da tv e nos horários voltados para programas infantis as propagandas comerciais na maioria das vezes são dessas alimentos estimulando o consumo e produtos industrializados, pois as  propagandas são feitas com os personagens favoritos das crianças, oferecendo brinquedos como brinde  nas compras dos alimentos, isso faz com que o consumos desses produtos ricos em açúcar, sal, gorduras e outros produtos prejudiciais a saúde sejam comercializados mesmo que isso vá contra a saúde da população. As crianças estão expostas a tudo isso, e são mais suscetíveis aos apelos das propagandas, vale ressaltar que após tais propagandas o consumo desses alimentos entre as crianças aumenta em 150%.