A ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE INTOXICADO
Por: A CAVALCANTE • 5/6/2022 • Abstract • 1.063 Palavras (5 Páginas) • 196 Visualizações
ABORDAGEM INICIAL DO PACIENTE INTOXICADO
Administração de adsorventes e catárticos
sábado, 28 de maio de 2022
10:32
Intoxicação: efeito prejudicial causado por exposição a uma substância química endógena ou exógena que causa desequilíbrio fisiológico, com alterações bioquímicas do organismo, evidenciado pela causa de sinais, sintomas e exames laboratoriais.
As intoxicações são imprevisíveis associadas por exposição no meio profissional, ao uso e abuso de drogas, tentativa de suicídio, indução de aborto e homicídio.
Exposição: intencional, ocupacional, acidental e ambiental
Adsorventes se ligam ao agente tóxico e o torna estável, não é feito absorção no TGI e eliminado pelas fezes.
Ex: carvão ativado, terra de fuller, colestiramina
Carvão ativado via oral, 1g/Kg em crianças. 50g em adultos, 25g em dose de manutenção. Não é eficaz com ferro, lítio, cáusticos, derivados de petróleo, etanol, metanol e acetona.
Usado em: fenobarbital, aminofilina, fenitoína, salicilato, digoxina, carbamazepina, neuroléptico, dapsonas, organofosforados, organoclorados, antidepressivos tricíclicos, hormônios tireoidianos, e em ingestão de alta dose medicamento de liberação lenta.
Interromper após melhora do quadro clínico, não prolongar 48h. Uso prolongado, associar com catárticos.
Pode causar perfuração no intestino, desequilíbrio hidroeletrolítico, complicação respiratória por aspiração do conteúdo gástrico.
Catárticos aumentam o trânsito intestinal por reter líquido no intestino, aumenta o número de evacuações.
Ex: sorbitol, manitol, sulfato de magnésio e fenolfateína.
Contraindicados em pcts que ingeriram agentes corrosivos, com obstrução intestinal.
Causa distúrbio hidroeletrolítico, distensão abdominal, vômito e hipermagnesemia.
O grau de toxicidade depende da dose, concentração, solubilidade da substância, tempo e via de exposição.
Xenobiótico: substâncias exógenas presentes no organismo
Intoxicações com objetivo de autoextermínio são mais graves
pela potência, exposição e ingestão do fármaco ser maior.
Substâncias intoxicantes: analgésicos, cosméticos, produtos de higiene pessoal, produtos domissanitários, sedativos, hipnóticos, antipsicóticos, venenos animais, pesticidas, produtos químicos industriais.
Erros de administração de medicamentos, ingerir altas doses de substâncias com baixa toxicidade intensificam a necessidade de atendimento de emergência.
Aumentar velocidade de excreção
Diurese forçada: drogas com excreção renal. Super-hidratação, baixas doses de furosemida.
Contraindicado em insuficiência renal, cardíaca ou distúrbios hidroeletrolíticos.
Manipulação do pH urinário: alcalinizar urina, substâncias sofrem ionização, diminui reabsorção e aumenta excreção.
Alcaliniza barbitúricos, salicilatos, clorpropamida, fluoreto e metotrexato. Bicarbonato de sódio.
Plasmaferese: remoção do sangue e centrifugação.
Antídotos: inibe ou atenua a ação do tóxico, quela ou aumenta a velocidade de excreção.
Métodos extracorpóreos: hemodiálise e hemoperfusão.
adoçante | laxante | cola | tinta | Peróxido de hidrogênio |
antiácido | desodorante | Giz escolar | Vela de parafina | cosméticos |
antibiótico | Contraceptivo oral | detergente | corticoide | Cinzas de madeira |
Exsanguinotransfusão: retirada parcial do volume sanguíneo e substituição por volume semelhante. Usado em metemoglobinemias. Pouco usado
PRIMEIRO ATENDIMENTO
Intubação para proteção das vias aéreas.
Obstrução das vias aéreas (vômito, deslocamento posterior da língua, deglutição de prótese dentária, alimentos) aspiração do conteúdo gástrico. Uso de bloqueador neuromuscular (succinilcolina) via intravenosa, pode causar bradicardia. Não deve ser usado em intoxicação por anticolinesterásicos.
Imobilização da coluna: suspeita de trauma associado à intoxicação.
Os pacientes em grande parte são assintomáticos, e são liberados rapidamente. Drogas de liberação lenta devem ter monitoramento mais acurado por potencial efeito hepatotóxico. Em caso de suicídio a observação é mais rigorosa.
Os pacientes com instabilidade hemodinâmica, insuficiência respiratória, arritmia cardíaca, convulsões, distúrbios metabólicos graves ou comatosos devem ser internados em unidade de terapia intensiva.
Bradicardia: carbamato, fosforados, digitálicos, propanolol, quinidina, bloqueador de canal de cálcio e opioides.
Taquicardia: mecanismo compensatório simpático, mediados a baixo débito cardíaco ou hipoxemia, benzo são usados no controle. Causados por anfetaminas, atropina e derivados, cocaína, fenotiazinas, beladonas, antidepressivo tricíclico, teofilinas, cogumelos e hormônio tireoidiano.
Hipotensão arterial: administrar solução cristaloide (1-2L em adultos) (10-20mL/kg em crianças)
Hipertensão arterial: curta duração, droga de meia vida curta, tratar com nitroprussiato de sódio. Causados por anfetaminas, cocaína, efedrina, maconha, cafeína, anticolinesterásico, anti-histamínico, atropina e derivados.
Hiperemia: aumento de temperatura, > 41°C há desnaturação de enzimas, comprometimento da função mitocondrial, desestabilização de membranas celulares e vias metabólicas dependentes de oxigênio, pode causar rabdomiólise, hipotensão, insuficiência renal, cardíaca e hepática. Compressas frias, banho gelado, lavagem gástrica e peritoneal, curarização e benzos.
Insuficiência respiratória: barbitúrico, carbamazepina, anticolinesterásico, substância cáustica e botulínica, etanol, antidepressivo tricíclico, opioides, toxina escorpiônica, elapídica e crotálica
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