O RELATÓRIO FINAL DO CASO CLÍNICO JS
Por: Vinny Silveira • 4/10/2018 • Relatório de pesquisa • 1.892 Palavras (8 Páginas) • 356 Visualizações
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – Campus Jequié[pic 1]
Departamento de Ciências Tecnológicas - DCT
Disciplina: Farmacodinâmica II – Farmácia
Docente: Julita Borges
Discente: Vinicius dos Santos Silveira Conceição
Atividade: Aula prática
RELATÓRIO FINAL DO CASO CLÍNICO JS
[pic 2]
Jequié – Bahia
Outubro de 2018
INTRODUÇÃO
A hipertensão é a doença cardiovascular mais comum. No Brasil, em 2003, 27,4% dos óbitos foram decorrentes de doenças cardiovasculares, atingindo 37% quando são excluídos os óbitos por causas mal definidas e a violência. Estudo brasileiro revelou que, em indivíduos adultos, 50,8% sabiam ser hipertensos, 40,5% estavam em tratamento e apenas 10,4% tinham pressão arterial (P.A.) controlada, ou seja, valores menores que 140/90 mmHg. Idade avançada, obesidade e baixo nível educacional mostraram-se associados a menores taxas de controle. A prevalência de HÁ varia com a idade, raça, educação e muitos outros fatores. De acordo com alguns estudos, 60 a 80% dos homens e das mulheres irão desenvolver hipertensão em torno dos 80 anos de idade. A hipertensão arterial, quando persistente provoca lesão nos vasos sanguíneos, nos rins, no coração e no cérebro, levando ao aumento na incidência de insuficiência renal, coronariopatia, insuficiência cardíaca, AVE e demência. Foi constatado que a redução farmacológica efetiva da pressão arterial impede a lesão dos vasos sanguíneos e diminui substancialmente as taxas de morbidade e mortalidade. O conhecimento dos mecanismos dos medicamentos anti-hipertensivos e de seus locais de ação possibilita aos profissionais de saúde ligados no tratamento de pacientes hipertensos uma previsão acurada de sua eficácia e toxicidade. Em conseqüência, o uso racional desses fármacos, isolados ou em associações, pode reduzir a pressão arterial, com risco mínimo de toxicidade grave na maioria dos pacientes. A Atenção Farmacêutica está inserida na Assistência Farmacêutica e se destaca como uma prática onde o farmacêutico assume a responsabilidade e o compromisso de identificar e satisfazer as necessidades dos usuários relacionadas à farmacoterapia, garantindo que esta seja a mais indicada, efetiva, segura e conveniente, resultando em melhora do quadro clínico, alcance e manutenção de objetivos terapêuticos. Logo, o farmacêutico tem o seu papel no tratamento de pacientes com HA, juntamente com uma equipe multidiciplinar formada por profissionais de saúde, eles vão agir por meios de terapias medicamentosas e não-medicamentosas, proporcionando o bem estar e a saúde ao paciente como é determinado em lei federal 8080 de 19 de setembro de 1990.
OBJETIVOS
- Acompanhamento farmacoterapêutico do paciente em questão;
- Avaliar as condições do paciente pós estudo clinico.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
- JS;
- 83 anos;
- Masculino;
- Viúvo;
- Negro;
- Aposentado (ex vigilante);
- Residente na cidade de Gandu-BA;
- Hipertenso;
- Tabagista dos 19 aos 65 anos (46 anos);
- Etilista dos 19 aos 75 anos (56 anos).
QUEIXAS RECORRENTES
- Dores nas pernas e articulações inferiores ( dificuldade para andar as vezes);
- Inflamação na unha do dedão do pé direito sem melhora.
FARMACOS UTILIZADOS PELO PACIENTE
Nome do fármaco | Dose | Obs. |
AAS infantil | 100 mg | 1 comp. Após o almoço |
atenolol | 100 mg | 1 dose diária |
torsilax | - | Quando sentia dor |
Tabela 1: tabela indicativa de acordo com os fármacos que o paciente administrava.
Ácido acetil salicílico (AAS) – aspirina:
- Seu principal mecanismo de ação é a inibição irreversível da atividade das enzoenzimas ciclooxigenase – COX1 (plaqueta, estômago e rim) e COX2 (SNC, traquéia, rim, células endoteliais, testículos, ovários etc), que propiciam a transformação do ácido araquidônico em PGH2 que é o precursor imediato do PGD2, PGE2, PGF2a, PGI2 e TXA2, ocorrendo bloqueio da produção de tromboxane A2;
- As plaquetas produzem a PGH2 que é responsável pela liberação do tromboxane A2, um potente agregante plaquetário e vasoconstrictor. Este tem suas ações contrabalançadas pela liberação da prostaciclina (PGI2) das células endoteliais vasculares, produzindo vasodilatação e inibindo a agregação plaquetária.
Atenolol:
- Tem ação indireta, pois diminuem a demanda de oxigênio do miocárdio e da força de contração do coração. Bloqueia os receptores adrenérgicos no coração (B1), reduzindo o trabalho do coração: diminuindo a freqüência e o débito cardíaco, conseqüentemente reduz também a pressão arterial;
- É cárdio seletivo. Dito como beta bloqueador.
Torsilax
- Torsilax tem na sua composição 4 substâncias, Carisoprodol, Diclofenaco Sódico, Paracetamol e Cafeína, responsáveis pelas propriedades miorrelaxantes, anti-inflamatórias e Analgésicas deste medicamento;
- O Carisoprodol é um miorrelaxante, usado para relaxar os espasmos característicos das síndromes musculares crônicas dolorosas. Este fármaco possui uma ação central, e por ser um miorrelaxantes atua bloqueando ou retardando a transmissão dos impulsos nervosos no cérebro;
- O Diclofenaco Sódico é um composto não-esteroide, com propriedades anti-inflamatórias, anti-reumáticas, analgésicas e antipiréticas.
- O Paracetamol é um composto com ação analgésica, que atua através da elevação do limiar da dor, e que apresenta também ação contra a febre, pois atua no centro hipotalâmico que regula a temperatura.
- Por último, a Cafeína é um estimulante do Sistema Nervoso Central, que pertencente ao grupo das Metilxantinas. Esta é responsável por provocar estímulos psíquicos através do aumento da disponibilidade de Glicose para o cérebro. Além disso, atua sobre a musculatura estriada, permitindo um melhor desempenho, acompanhado de uma menor fadiga. A fórmula de Cafeína presente em Torsilax, também ajuda a corrigir a sonolência que o Carisoprodol provoca, e ajuda a potencializar o efeito analgésico de Torsilax.
HISTORICO DO PACIENTE
Paciente fez uma consulta no clinico geral para tratar as dores que sentia nas pernas. O clinico receitou dipirona enquanto sentisse dores. Num segundo momento, JS furou o pé que tornou uma ferida que não cicatrizava mesmo com todos os cuidados necessários (assepsia e curativos todos os dias, era acompanhado por equipe em unidade de saúde). Antibiótico administrado (levofloxacino) não fazia efeito. Alimentação era rica em gorduras e carboidratos, e como terapia não medicamentosa parte da equipe multidisciplinar instruiu o paciente a mudar os hábitos alimentares como: ingerir em media 2 litros de água por dia, diminuir a quantidade de sal e gordura dos alimentos e etc. paralelamente, apresentava dispinéia, onde so teve uma melhora quando passou por cardiologista onde realizou alguns exames como o ecocardiograma onde o médico receitou alguns medicamentos: concardio 5mg, aldactone 25 mg, maleato de enalapril 20mg.
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