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A Conjuntivite Neonatal

Por:   •  13/7/2020  •  Trabalho acadêmico  •  3.249 Palavras (13 Páginas)  •  222 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

RESIDÊNCIA MÉDICA DA ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA

CONJUNTIVITE NEONATAL

SÃO PAULO

2015


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................

3

2. HISTÓRIA E EPIDEMIOLOGIA.......................................................................

4

3. CONJUNTIVITE QUÍMICA...............................................................................

5

4. CONJUNTIVITE VIRAL....................................................................................

6

5. CONJUNTIVITE BACTERIANA.......................................................................

7

5.1. Agentes não sexualmente transmissíveis................................................

7

5.2. Agentes sexualmente transmissíveis.......................................................

7

5.2.1. Chlamydia trachomatis....................................................................

7

5.2.1.1. Epidemiologia e Transmissibilidade...................................

7

5.2.1.2. Quadro Clínico....................................................................

8

5.2.1.3. Diagnóstico.........................................................................

9

5.2.1.4. Tratamento..........................................................................

9

5.2.2. Neisseria Gonorrhoeae..................................................................

10

5.2.2.1. Epidemiologia e transmissibilidade....................................

10

5.2.2.2. Quadro Clínico....................................................................

11

5.2.2.3. Diagnóstico.........................................................................

11

5.2.2.4. Tratamento..........................................................................

11

5.2.2.5. Prevenção...........................................................................

12

5.2.2.6. Infecção Extraocular............................................................

12

6. CONCLUSÃO..................................................................................................

14

7. BIBLIOGRAFIA................................................................................................

15


  1. INTRODUÇÃO

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva – membrana fina e translúcida que recobre a parte anterior da esclera e o interior das pálpebras – e é caracterizada pela dilatação de seus vasos, com consequente hiperemia, edema e usualmente associada à saída de secreção.

Conforme artigo de revisão (AZARI, BARNEY, 2013), a conjuntivite pode ter múltiplas etiologias, sendo a alérgica a mais comum na população em geral, afetando cerca de 15 a 40% desta. Já dentre os casos de conjuntivite aguda infecciosa, aproximadamente 80% são causados por vírus; destes, 65-90% ocorrem devido a infecção pelo Adenovírus, que também se associa a outras entidades sistêmicas epidemiologicamente relevantes, como a febre faringoconjuntival. As infecções bacterianas são a segunda causa mais comum.

Tal epidemiologia é bastante distinta da descrita na população pediátrica. Nesses, a maioria dos casos (50%-75%) ocorrem por infecções bacterianas.

É fundamental distinguir a conjuntivite de outras doenças oculares que podem apresentar-se por quadros clínicos semelhantes. Dor ocular, fotofobia e alterações visuais constantes podem indicar outras doenças que cursam com olho vermelho, e são indicativos da necessidade de avaliação pelo oftalmologista. (ENDRISS, 2002)


  1. HISTÓRIA E EPIDEMIOLOGIA

Conjuntivite neonatal é a condição aguda que cursa com inflamação da conjuntiva e descarga de características variadas, nas primeiras quatro semanas de vida.

Antes de 1880, a conjuntivite neonatal era a principal causa de cegueira nesse período da infância, causando lesão da em 20% e amaurose em 3% dos recém nascidos acometidos. Em 1881, um obstetra alemão, Dr. Carl Siegmund Franz Credé, instituiu a profilaxia com nitrato de prata a 2%, o que resultou na redução da incidência de oftalmia neonatal de 10% para 0,3%. (MATEJCEK, GOLDMAN, 2013)

Atualmente, descreve-se que de 1,6 a 12% dos recém nascidos são afetados por processos inflamatórios, de etiologia química, viral ou bacteriana, que culminam na conjuntivite ou oftalmia neonatal. (HAAS, et al., 2005)

Conforme descrito no Manual de Controle de DST’s do Ministério da Saúde (2006),

estima-se que, nos países em desenvolvimento, a incidência de oftalmia neonatal gonocócica varie entre 5 e 50 por 1.000 nascidos vivos, enquanto a incidência de conjuntivite por clamídia, a qual provoca menos sintomas, é provavelmente a mesma. Em países industrializados, por sua vez, as taxas de incidência de oftalmia neonatal gonocócica variam entre 0,1 e 0,6 por 1.000 nascidos vivos, e para conjuntivite por clamídia entre 5 e 60 por 1.000 nascidos vivos.

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