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DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL E CONTROLE DE SUA TRANSMISSÃO, PELO COMBATE AOS VETORES, COM BENDIOCARB, FEITO PELOS HABITANTES

Por:   •  9/5/2019  •  Resenha  •  833 Palavras (4 Páginas)  •  280 Visualizações

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FACULDADE META - FAMETA

CURSO DE BIOMEDICINA

DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL E CONTROLE DE SUA  TRANSMISSÃO, PELO COMBATE AOS VETORES, COM BENDIOCARB, FEITO PELOS HABITANTES

Discente: Claudete Ferreira dos Santos

 Docente: Rodrigo Eberthart

 

Rio Branco

2015

Claudete Ferreira dos Santos

DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL E CONTROLE DE SUA  TRANSMISSÃO, PELO COMBATE AOS VETORES, COM BENDIOCARB, FEITO PELOS HABITANTES

Trabalho apresentado â disciplina de Fisiologia humana como avaliação da N4.

 

Rio Branco

2015

INTRODUÇÃO

O mal de Chagas, ou tripanossomíase americana, é uma doença endêmica causada pelo parasito Trypanosoma cruzi e transmitida por um inseto conhecido no Brasil como barbeiro. O risco de contraí-la está associado às precárias habitações nas áreas rurais, pois este inseto se aloja nas frestas das paredes de barro das casas da população pobre. Descoberta em 1909, na cidade mineira de Lassance, por Carlos Chagas, médico e pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC, também conhecido como Instituto de Manguinhos), a doença tornou-se objeto de uma larga tradição de pesquisa, no Brasil e no exterior, e foi considerada importante problema de saúde pública no continente sul-americano. O combate aos triatomíneos com inseticidas, é o principal meio de se interromper a transmissão natural da doença de Chagas. No Brasil, esse combate tem sido feito através de campanhas, onde o governo federal é o único patrocinador das despesas. O custo operacional de uma campanha que é bastante elevado, é um dos principais entraves para a continuidade dessas campanhas na extensa área do Brasil onde a doença de Chagas ocorre.

O principal objetivo deste trabalho é analisar o processo histórico de construção da doença de Chagas, descoberta em 1909, como entidade médica específica e problema de saúde pública no Brasil, focalizando a atuação de um posto de pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz, criado em 1943, no interior de Minas Gerais. Sugere que o trabalho realizado neste posto proporcionou um consenso básico para que a doença alcançasse legitimidade científica e social, e que os significados atribuídos à doença neste processo estiveram diretamente referidos aos debates sobre as relações entre ciência, saúde e desenvolvimento, no contexto da Segunda Guerra Mundial, bem como o seu combate com o uso de bendiocarb.

DOENÇA DE CHAGAS NO BRASIL E CONTROLE DE SUA  TRANSMISSÃO, PELO COMBATE AOS VETORES, COM BENDIOCARB, FEITO PELOS HABITANTES

Visando discutir a dimensão histórico-social das relações entre ciência, saúde pública e projetos de desenvolvimento no Brasil, nas décadas de 1940 e 1950, pretendo analisar o processo histórico pelo qual a caracterização da doença de Chagas como entidade médica específica e problema sanitário de importância continental foi construída e alcançou legitimidade científica e social, institucionalizando-se como campo de pesquisa e objeto de políticas públicas de saúde. Focalizarei a atuação dos pesquisadores do Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas (CEPMC), posto do IOC em Bambuí, Minas Gerais, entre sua criação, em 1943, até o falecimento, em 1962, de seu diretor, Emmanuel Dias, discípulo de Carlos Chagas que assumiu a liderança nas pesquisas sobre a doença feitas no instituto naquelas décadas. Segundo Charles Rosenberg, as doenças não constituem realidades dadas na natureza a serem “desvendadas” pelos médicos e cientistas, mas são histórica e socialmente construídas, no que diz respeito tanto aos significados sociais a elas atribuídos, quanto às categorias e aos conteúdos pelos quais o conhecimento médico-científico as define como fenômenos biológicos particulares. É mediante este processo social de enquadramento (framing) que elas assumem o estatuto de entidades conceitualmente específicas e

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