Relação entre educação básica em saúde e atenção básica
Por: ingrismariana • 13/10/2016 • Trabalho acadêmico • 410 Palavras (2 Páginas) • 284 Visualizações
A relação entre educação popular em saúde e atenção básica em saúde
A relação entre Educação Popular em Saúde (EPS) e Atenção Básica em saúde (ABS) remonta ao tempo em que as “práticas não hegemônicas” eram denominadas de Saúde comunitária. Essas ações de atenção primária em saúde eram desenvolvidas em comunidades rurais e nas periferias urbanas, que junto com movimentos sociais e políticos de base popular e setores de igrejas constituíram um fluxo de energia que mobilizava pessoas que se uniam para discutir questões de saúde, doença, condições de vida e trabalho.
A Educação popular em saúde emerge a partir de 1970. No contexto da inacessibilidade das camadas populares aos precários serviços públicos. As organizações populares passaram então a lutar e a se mobilizar contra opressões. Diante desta realidade foi desencadeado um processo de mobilização política paralelo ao processo de resgate da cultura popular, demarcando a emergência de novos movimentos sociais.
Nesse mesmo período, projetos de extensão universitárias influenciados pelos princípios da medicina preventiva, introduziram conceitos inovadores como participação comunitária, a regionalização e integração docente-assistencial e abriram espaços para a discussão sobre determinação social das doenças.
Nessa trajetória a relação Educação popular em saúde e Atenção Básica passa por profundas transformações e deixam de ser consideradas “práticas não hegemônicas” e passam a significar elementos importantes que compõem o primeiro nível de atenção à saúde, integrando a Política Nacional de Saúde como políticas específicas que apresentam estruturas e espaços na organização do SUS.
No Brasil, desde a década de 90, a Atenção Básica é considerada estratégia necessária para reorientação do modelo hospitalocêntrico, abrangendo conjunto de ações: promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnósticos, tratamentos, reabilitação e manutenção da saúde. Integrando o sistema por meio de programa dos Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991 e a Estratégia Saúde da família (ESF) desde 1994.
No Brasil, a Atenção Básica (AB) é desenvolvida com alto grau de descentralização, capilaridade e próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. As Unidades Básicas de Saúdes instaladas perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um papel central na garantia à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade.
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