A RUPTURA DE BEXIGA EM CADELA RELATO DE CASO
Por: nathaliatsukada • 29/10/2022 • Artigo • 1.552 Palavras (7 Páginas) • 124 Visualizações
RUPTURA DE BEXIGA EM CADELA – RELATO DE CASO.
BLADDER RUPTURE IN FEMALE DOG – CASE REPORT.
Nathália Tsukada Viana
*ntsukada@hotmail.com
RESUMO
A ruptura de bexiga é considerada uma emergência e pode ocorrer de forma traumática ou espontânea. O diagnóstico pode ser obtido através de exame de imagem como ultrassonografia ou pela análise do líquido abdominal. O tratamento para ruptura bexiga é cirúrgico. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de uma cadela, fêmea, SRD com 10 anos de idade, chegou na Clínica Veterinária com muita dor abdominal, extremamente apática e com êmese. Após o tratamento de suporte com medicamentos a paciente foi encaminhada para o centro cirúrgico onde foi diagnosticada com ruptura de bexiga e após a cirurgia a sua recuperação foi muito satisfatória.
Palavras-chaves: ruptura de bexiga, cirurgia, cadela, ultrassonografia.
ABSTRACT
Bladder rupture is considered an emergency and can occur traumatic or spontaneous. The diagnosis can be through an image exam such as ultrasound or by the analysis of abdominal fluid. The treatment for a ruptured bladder is surgical. The objective of this work is to report the case of a female dog, SRD with 10 years old, arrived at the Veterinary Clinic with a lot of abdominal pain, extremely apathetic and with emesis. And after supportive drug treatment, the patient was referred to the operating room where she was diagnosed with bladder rupture and after surgery her recovery was very satisfactory.
Keywords: bladder rupture, surgery, female dog, ultrasound.
INTRODUÇÃO
A ruptura de bexiga é uma emergência e pode ser causada por traumas como atropelamentos, quedas, objetos perfuro cortantes e/ou fratura, também pode ser causada por necrose, com a passagem de sonda uretral ou então por complicações durante cirurgia por obstrução uretral (BUSNARDO & PORFIRIO, 2004).
Os sinais clínicos mais comuns que se apresentam em situações que ocorre a ruptura de bexiga são: dor, aumento de volume abdominal pelo acúmulo de líquido, hematúria, desidratação e anúria (FOSSUM, 2014).
O diagnóstico pode ser confirmado através do exame de imagem, como o exame de ultrassonografia abdominal e com uma sonda uretral se injeta solução fisiológica enquanto observa se há aumento dessa bexiga e o acúmulo na cavidade abdominal. Pode ser também através da análise do líquido abdominal, onde é coletado o líquido e o sangue do paciente para ver o nível de creatinina (FOSSUM, 2008).
O diagnóstico da ruptura de bexiga precoce é de extrema importância para a boa recuperação do paciente (SCHRODER, 2017).
O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma cadela SRD que foi diagnosticada com ruptura de bexiga.
RELATO DE CASO
No dia 23 de Maio de 2022, uma cadela SRD, de dez anos de idade, pesando 29,3 kg, foi atendida na Clínica Veterinária na Cidade de Itanhaém, Estado de São Paulo.
Deu entrada em emergência, segundo o caseiro que era quem cuidava da cadela a mesma começou a apresentar apatia, estava sem apetite e êmese naquele mesmo dia 23 de Maio.
Em seu primeiro atendimento a cadela estava com a consciência reduzida, extremamente apática, muita dor abdominal, hipotensa, hipotérmica, frequência cardíaca e respiratória dentro da normalidade.
Foi medicada com medicamento de suporte para analgesia com o objetivo de controle de dor, antiemético, protetor gástrico, vitamina, foi feito uma prova de carga ela foi responsiva e a pressão normalizou, foi feito aquecimento para a temperatura normalizar.
Foi feito exames laboratoriais como hemograma, o hematócrito estava no limite superior, 30 mil leucócito bem acima do normal, 27 mil de neutrófilos com monocitose, eosinofilia e as plaquetas estavam dentro da normalidade com esses resultados o hemograma estava sugestivo de processo inflamatório ou infeccioso, função renal e função hepática a creatinina estava bem alta 4.5 e a FA o resultado foi alto, foi solicitado também um exame de imagem: ultrassonografia abdominal para o dia 24 de maio, a suspeita do ultrassom foi de ruptura de bexiga, no exame se observou foi observado que a bexiga estava muito pequena e estava com liquido livre ao redor. Na imagem havia um aumento importante da parede da bexiga, sugestivo para cistite e que poderia haver necrose associada, secundaria a ruptura da bexiga também apresentou peritonite.
Após 4 horas repetiram o ultrassom abdominal para verificar se a bexiga tinha aumentado por conta da fluidoterapia, mas continuou do mesmo tamanho do exame anterior.
O ideal para confirmar o diagnóstico seria coletar o liquido e mandar no laboratório para ver a creatinina, porém o resultado sairia 5 dias depois e a cadela estava em emergência, estava com uma peritonite importante então foi decidido que iriam fazer a laparotomia exploratória, foi passado para a tutora sobre o caso da cadela, os riscos e a mesma autorizou o procedimento cirúrgico.
No dia 24 de Maio a cadela foi encaminhada para o centro cirúrgico, onde foi feita a tricotomia na região abdominal e iniciou o procedimento anestésico, se realizou a assepsia da paciente para então iniciar a cirurgia foi feita uma laparotomia foi observado muito liquido livre em toda cavidade abdominal, a parede da bexiga estava com necrose, foi feita uma drenagem para tirar todo o liquido e depois foi corrigido o rompimento, se realizou uma cistectomia parcial para retirar a parte necrosada da bexiga.
Após finalizar a cirurgia a cadela permaneceu internada na clínica por mais 8 dias.
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No pós cirúrgico precisou ser medicada com Morfina 0,1 mg/kg nas primeiras 24 horas, e também foi medicada com Ceftriaxona 25mg/kg, Metronidazol 20 mg/kg, Tramal 3 mg/kg, Dipirona, Cimetidina 5 mg/kg e Emedron 0,5 mg/kg.
A paciente reagiu satisfatoriamente e apresentou parâmetros vitais dentro da normalidade, após 18 horas da cirurgia a cadela voltou a se alimentar espontaneamente, apresentando melhora clínica. Com 48 horas de pós cirúrgico foi feito novamente um hemograma, e a Leucocitose caiu pela metade, que é um sinal de que a infecção estava diminuindo, a função renal estava dentro da normalidade, como o exame anterior havia dado alterado foi feito novamente para ver se essa paciente era uma paciência com uma doença renal crônica.
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