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MELANOMA EM PREGA INGUINAL DE CÃO – RELATO DE CASO

Por:   •  5/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  441 Visualizações

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MELANOMA EM PREGA INGUINAL DE CÃO – RELATO DE CASO

Nathalia Golombieski¹, Solange Lubatscheuski¹, Ana Carolina Andrade², Gauber Luebke², Milton Mikio Morishin Filho³

                                                                1Acadêmica de Medicina Veterinária – UTP

2Aprimorandos em Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais - CEMV - UTP

 ³Docente do Curso de Medicina Veterinária – UTP

solangelubat7@gmail.com


Palavras-chave: cirurgia; melanócitos; neoplasia; 

INTRODUÇÃO

O melanoma é o resultado da mutação das células produtoras de melanina, que passam a se multiplicar de forma independente em qualquer região do corpo. A maior incidência ocorre em locais onde existem acúmulo de melanócitos. A forma benigna dos tumores melanócitos é chamada de melanocitoma e a maligna de melanoma. (MONTANHA AZEVEDO, 2013; LINDOSO et al, 2017).

Segundo Leite et al (2010), os tumores podem ser altamente pigmentados, ou ter ausência de pigmentação (melanomas amelanócitos), estes estágios de pigmentação não significam potencialidade maligna dos mesmos, porém, estudos relatam, que melanomas amelanócitos em humanos, são mais agressivos do que os melanócitos.

Como sinais clínicos o prurido pode representar uma manifestação inicial, porém podem ser também assintomáticos (MARZAN et al ,2005). Outras manifestações clínicas incluem apatia, anorexia, disfagia, emagrecimento progressivo, e quando localizados em cavidade oral, dentes frouxos ou descolados, sialorréia, podendo ou não apresentar sangramento, halitose, deformação facial, secreções nasais, dificuldade na apreensão de alimentos, e principalmente o aparecimento de nódulo pendular, geralmente solitário e delimitado (MONTANHA & AZEVEDO, 2013; GINESTE, 2016; LINDOSO et al, 2017).
Seu crescimento é rápido e de caráter agressivo, possuindo muitas vezes o prognóstico reservado à desfavorável, devido à alta probabilidade de realizar metástases para linfonodos regionais e pulmões (LEITE et al, 2010; LINDOSO et al, 2017).

RELATO DE CASO

Um cão, macho, castrado, Sharpei, 6 anos de idade, pesando 25 kg, foi atendido no dia 09 de agosto de 2017, com o histórico de nódulo em região inguinal de 3 cm, evolução de 6 dias, não aderido. Ao exame citológico, as características celulares eram compatíveis com melanoma. No exame físico, não houve nenhuma anormalidade. Foram realizados exames complementares (hemograma, bioquímico sérico, e pesquisa de metástases), dos quais não apresentaram nenhuma alteração.
O animal foi submetido ao procedimento cirúrgico de exérese do nódulo em prega inguinal. Iniciando com a incisão em formato retangular ao redor do nódulo, com margem de 3 cm, divulsionando pele, subcutâneo e gordura, até completa remoção do material. Para a síntese foi utilizado o padrão walking suture com o objetivo de reduzir de espaço morto, com o fio de poligalactina 910, nº 2.0. O método de plastia planejado foi em forma de ‘’y’’. Síntese de subcutâneo, com o mesmo fio, em padrão cushing. Pele, com padrão simples interrompido, utilizando nylon nº 3.0. Foi enviado a amostra do material, para o exame histopatológico com análise de margem, resultando na confirmação da suspeita de melanoma e com ausência de células neoplásicas na avaliação de margem, favorecendo o prognóstico do animal. Recomendou-se o uso de colar elisabetano, e a limpeza da ferida cirúrgica durante os 10 dias de pós-operatório. No retorno, ao analisar os pontos, observou-se deiscência presumindo-se que a tutora não utilizou colar elisabetano.

DISCUSSÃO

De acordo com Rolim (2011), melanomas são frequentemente mais relatados em cães do que em outros animais. A etiologia do melanoma é desconhecida, porém sabe-se que não há predileção por sexo e predisposição racial, porém raças mais pigmentadas, como o schnauzer, chow chow, sharpei, terriers, pinscher e doberman, são comumente relatadas, sendo este fato associado à predisposição genética (GINESTE,2016;LINDOSO et al, 2017). Sendo a raça do paciente condizente com os relatos citados na literatura.
Os locais mais frequentes citados por Santos et al (2005), de seu desenvolvimento são dedos, membros, lábios, troncos e dorso. A faixa etária mais acometida em cães é de três a quinze anos de idade e as proliferações caracterizam-se macroscopicamente por nódulos únicos, sem limite definido e cápsula, de coloração de acinzentado à enegrecida, de tamanhos variáveis (de 0.5 a 10 cm de diâmetro), ou ainda aspecto fibroso e superfície ulcerada (LINDOSO et al, 2017). As informações quanto a localização do melanoma são incompatíveis ao paciente, pois o melanoma encontrava-se em região inguinal, contudo, as características macroscópicas da neoplasia, condizem com o caso, porém a superfície da mesma não constava-se ulcerada. Ainda, os melanomas que ocorrem em junções muco cutâneas, como cavidade oral e leito ungueal, apresentam comportamento maligno e tem maior incidência, e apenas 10% destas neoplasias e originam na pele, e geralmente comporta-se de forma maligna, porém, no caso relatado,a neoplasia encontrava-se em região incomum, e apresentava comportamento maligno, divergindo da literatura citada.

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