O SORGO COMO BIOCOMBUSTÍVEL
Por: Andressaamaria • 6/12/2017 • Relatório de pesquisa • 3.190 Palavras (13 Páginas) • 1.047 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO[pic 1]
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE IMPERATRIZ
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E BIOLOGIA
ENGENHARIA AGRONÔMICA
DISCIPLINA: SIST. DE PROD. DE CANA-DE-AÇÚCAR, SOJA E SORGO
ANDRESSA MARIA LIMA MENEZES
KEILA CRISTINA CANTANHÊDE DA SILVA
RAIZA ANDRADE CAMELO
SARA NASCIMENTO REIS
SORGO COMO BIOCOMBUSTÍVEL
Imperatriz – MA
2016
ANDRESSA MARIA LIMA MENEZES[pic 2]
KEILA CRISTINA CANTANHÊDE DA SILVA
RAIZA ANDRADE CAMELO
SARA NASCIMENTO REIS
SORGO COMO BIOCOMBUSTÍVEL
[pic 3]
Imperatriz – MA
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 FENOLOGIA DO SORGO SACARINO 5
3 SORGO SACARINO E CANA-DE-AÇÚCAR 7
4 SORGO PARA PRODUÇÃO DE ETANOL 9
5 SORGO SACARINO É ALTERNATIVA PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL 10
6 TEOR DE UMIDADE NO SORGO PARA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL 12
7 PROCESSO DE PRODUÇÃO DO ETANOL DO SORGO SACARINO 14
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 16
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
O biodiesel é um combustível ecológico, renovável e que tem como matéria-prima gorduras animais ou óleos vegetais. Estimulado por um catalisador, ele reage quimicamente com álcool e produz energia. Biodiesel é o produto da reação de gordura animal ou vegetal com álcool (ou transesterificação). Tecnicamente podemos dizer que a transesterificação é a reação entre triglicerídeos (gorduras) presentes em matérias graxas (óleos vegetais ou animais) e um álcool primário (etanol ou metanol), em meio preferencialmente alcalino, resultando em ésteres monoalquílicos (como os ésteres de etila e de metila). Esses ésteres também podem ser obtidos a partir de ácidos graxos livres, mas, neste caso, a reação é de esterificação, e sua condução deve ser em meio preferencialmente ácido.
Biocombustíveis, além de permitirem a redução da emissão de poluentes atmosféricos através de veículos automotores, principalmente nas grandes cidades, proporcionam uma alternativa para a redução do consumo de fontes não renováveis e um caminho para a ocorrência de um maior equilíbrio entre a produção e o consumo de CO2 na natureza (CUNHA; FILHO, 2010).
Os Biocombustíveis são combustíveis de origem biológica. São fabricados a partir de vegetais, tais como, milho, soja, cana-de-açúcar, mamona, canola, babaçu, cânhamo, entre outros. O lixo orgânico também pode ser usado para a fabricação de biocombustível. Podem ser usados em veículos (carros, caminhões, tratores) integralmente ou misturados com combustíveis fósseis. Aqui no Brasil, por exemplo, o diesel é misturado com biocombustível. Na gasolina também é adicionado o etanol. A vantagem do uso dos biocombustíveis é a redução significativa da emissão de gases poluentes. Também é vantajoso, pois é uma fonte de energia renovável ao contrário dos combustíveis fósseis (óleo diesel, gasolina querosene, carvão mineral). Por outro lado, a produção de biocombustíveis tem diminuído a produção de alimentos no mundo. Buscando lucros maiores, muitos agricultores preferem produzir milho, soja, canola e cana-de-açúcar para transformar em biocombustível.
O sucesso dos biocombustíveis depende muito de se estabelecer sistemas de produção eficientes e alternativas à cana-de-açúcar para atender às novas demandas de mercado, em que a sustentabilidade do uso de matérias-primas agrícolas para a produção de energia limpa tem sido questionada em termos do balanço energético do sistema, ou seja, quanto à relação entre os imputes para a produção e a exportação total pela cultura após a colheita e a transformação. Melhor esclarecendo, para esse sistema ser viável econômica e ambientalmente, é necessário que a energia absorvida pela planta, mais a energia utilizada na geração do biocombustível, resultem em um consumo significativamente menor do que a energia gerada pela conversão dessa matéria-prima, além de não degradar o ambiente.
Devido à sua semelhança com a cana-de-açúcar, o sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) é considerado uma promissora fonte de matéria-prima para biocombustíveis, essa gramínea é, provavelmente, o mais eficiente produtor de energia acumulada da fotossíntese e pode fornecer a chave de um processo racional de fermentação alcoólica para produzir energia concentrada sob bases renováveis.
2 FENOLOGIA DO SORGO SACARINO
O sorgo sacarino é planta anual, apresenta a seguinte classificação botânica: Tribo: Andropogoneas e subfamília Panicoidae; Ordem: Poales; Família: Poaceae; Gênero: Sorghum e Espécie: Sorghum biocolor. Apresenta caule compostos por nós, entrenós ou internódios, que sustentam as folhas e inflorescências. A altura da planta é variável entre genótipos, dependendo do número e comprimento dos entrenós, gerando inflorescência terminal tipo panícula, que é rica em amido. A panícula é aberta e produz grãos (sementes), o fruto é uma cariopse ou grão seco (FERREIRA, 2015).
O sorgo é planta C4 com elevada atividade fotossintética A cultura de sorgo sacarino se caracteriza por ser de ciclo fenológico curto (de 90 a 120 dias) alcançando sua maturação fisiológica em período aproximado de 4 meses, capaz de produzir teores de açúcares próximos aos de cana-de-açúcar em uma escala de tempo semelhante.
Em Sorghum bicolor (L) Moench o termo “sacarino” é utilizado para descrever tipos de sorgo que apresenta colmo suculento, rico em açúcar e de elevado potencial de produção e grãos. Pode produzir entre 40-70 t.ha1 de biomassa com o Brix variando de 16 até 23%. O acúmulo destes açúcares se dá na fase de floração e é continuo até a maturação fisiológica da planta.
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