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A QUEBRA DE DORMÊNCIA EM SEMENTES

Por:   •  15/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.536 Palavras (7 Páginas)  •  174 Visualizações

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QUEBRA DE DORMÊNCIA EM SEMENTES DE Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr.,

Gleicy Kelly Oliveira Cavalcante

¹Universidade Federal Rural da Amazônia/ Parauapebas-PA; 68.515-000; 2022. gkjiujitsu3@gmail.com.

RESUMO

Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar métodos práticos e eficientes para superação da dormência em sementes de Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr.,. Foram aplicados os seguintes tratamentos pré-germinativos: T1 - testemunha (sem qualquer tratamento); T2 - escarificação mecânica com lixa ao lado da micrópila; T3 - escarificação mecânica com lixa do lado oposto da micrópila; T4 - imersão em água fervente a 100 ºC por 5 minutos; T5 - Escarificação Mecânica, lado oposto micrópila + Imersão em água fervente 100 ºC por 5 minuto. Os fatores a ser avaliados foram: germinação, índice de velocidade de germinação, % de plântulas normais, % de plântulas anormais, e % de sementes mortas. Os tratamentos de escarificação mecânica, lado oposto micrópila + imersão em água fervente 100 ºC por 5 minuto são eficientes na superação da dormência em sementes de Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr.,.

Palavras-chave: Dormência, Escarificação, Germinação.

INTRODUÇÃO

A Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr., comumente denominada de garapa ou grápia, é uma espécie florestal nativa da família Fabaceae com ampla distribuição geográfica no território brasileiro, especialmente na Região Sul, entre as bacias dos rios Paraná, Uruguai e Jacuí (CARVALHO, 2003)

 As sementes de A. leiocarpa possuem a casca firme, o que dificulta a absorção de água e, consequentemente, impede ou retarda o processo de germinação. Esta característica, comum em espécies da família Fabaceae, é chamada de dormência tegumentar (BASKIN; BASKIN, 2014).

 Para a superação da dormência de sementes, existem alguns métodos que são aplicados. Alguns autores, como NICOLOSO et al., (1997), afirmam que um método eficiente e que vem sendo usados frequentemente para sementes de leguminosas é o uso de água quente. Já para LOPES et al., (1998), recomendam a imersão das sementes em ácido sulfúrico concentrado. Mas para HERMANSEN et al., (2000) a escarificação mecânica é uma técnica mais prática e segura.

Assim, o presente trabalho teve como objetivo realizar testes para a superação de dormência em sementes de Apuleia leiocarpa e verificar qual o método mais adequado, avaliando a eficiência germinativa da semente.

MATERIAL E MÉTODO

 O trabalho foi realizado no Laboratório de produção vegetal da Universidade Federal Rural da Amazônia, Região de Parauapebas, PA. As sementes de Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr. foram coletadas na Floresta Nacional do Tapirapé-Aquirí, utilizando técnica de chacoalhamento dos galhos. Para a superação de dormência das sementes os tratamentos testados foram: escarificação mecânica com lixa (nº 80), e imersão em água quente a 100 ºC, e testemunha (sem tratamento).

Os tratamentos utilizados para a superação da dormência foram feitos em:

(T1) Testemunha onde não foi aplicado nenhum método de escarificação;

(T2) Escarificação mecânica, as sementes foram friccionadas manualmente em uma lixa, raspando ao lado da micrópila;

(T3) Escarificação Mecânica, semelhante ao anterior, porém a escarificação foi feita no lado oposto a micrópila;

(T4) Escarificação com água quente onde constituiu em submergir as sementes em água quente a 100 ºC por um período de 5 minutos;

(T5) Escarificação Mecânica, lado oposto micrópila + Imersão em água fervente.

Após cada tratamento pré-germinativo, as sementes foram desinfestadas com fungicida Captan 1% durante 1 minuto, seguida de secagem natural. Posteriormente, as sementes foram avaliadas quanto à germinação, usando duas repetições de 10 sementes, totalizando 20 sementes para cada tratamento, e distribuídas em cada caixas gerbox com duas folhas de papel germitest umedecido com água destilada.

As caixas gerbox com as sementes foram mantidas em BOD a 25 °C e fotoperíodo de 12 horas, durante 14 dias.

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Foram avaliadas as seguintes variáveis: Porcentagem de germinação (G): Calculada pela fórmula G = (N/A) x 100, em que: N = número de sementes germinadas; A = número de sementes na amostra (A = 117). Unidade: %. Índice de velocidade de germinação (IVG) –Determinado através de contagens diárias da germinação durante 14 dias, os valores obtidos foram calculados pela seguinte fórmula: IVG = G1/N1 + G2/N2 + ...Gn/Nn; onde, IVG = índice de velocidade de germinação; G1, G2,... Gn = número de plântulas normais computadas na primeira contagem, na segunda contagem e na última contagem; N1, N2,... Nn = número de dias da semeadura à primeira, segunda e última contagem; Tempo médio de germinação (TMG) – Calculado pela fórmula TMG = (G1N1+G2N2+G3N3+...+GiNi)/ (G1+G2+G3+...+Gi), onde: TMG = tempo médio de germinação; G= número de plântulas germinadas observadas em cada dia de contagem; N= número de dias da semeadura a cada contagem (MISSIO, et al., 2020, p.4). % de plântulas normais, % de plântulas anormais, e % de sementes mortas.

RESULTADOS E DISCURSÃO

Os efeitos dos diferentes tratamentos pré-germinativos em sementes de Apuleia leiocarpa, são apresentados na Figura 4. Observando as médias de germinação para o método de escarificação mecânica, e em água quente a 100º C.

Os resultados da T1 confirmaram a dormência tegumentar na testemunha, pois a porcentagem de germinação das sementes que não receberam nenhum tratamento foi de 0% (Figura 4), e tiveram os maiores valores de sementes dormentes de 85% (Figura 6), em comparação aos outros tratamentos. Esse atraso na germinação ocorre devido as sementes de A. leiocarpa possuírem, a casca firme, o que dificulta a absorção de água e, consequentemente, impede ou retarda o processo de germinação (BASKIN; BASKIN, 2014).

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