AS CONSEQUENCIAS DO DESENVOLVIMENTO DA AUTOMAÇÃO NA INDÚSTRIA

AS CONSEQUENCIAS DO DESENVOLVIMENTO DA AUTOMAÇÃO NA INDÚSTRIA

RESUMO

Esse artigo objetiva discutir de qual forma a automação vem sendo desenvolvida no ambiente industrial e as consequências disso no meio produtivo global. Para que isso fosse possível foi feita uma revisão bibliográfica, onde os autores dão sustendo a compreensão das consequências da evolução da automação. Assim, concluímos que apesar de aspectos positivos no custo x benefício e na segurança no ambiente de trabalho, a automação trouxe altas taxas de desempregos que devem ser resolvidas para que seja garantida o sustento de cidadãos que contribuem diretamente na oferta de compra e venda comercial.

PALAVRAS-CHAVE: Automação. Indústria. Mão De Obra.

INTRODUÇÃO

Desde a pré-história, o ser humano já criava meios de poupar esforços e melhorar o desempenho de suas atividades, através da mecanização. A roda, é considerada a grande precursora do desenvolvimento mecânico, foi criada com a intenção de facilitar o cotidiano e até hoje é de fundamental importância para os processos de automação.

A partir da primeira Revolução Industrial, por volta da segunda metade do século XVIII, inicialmente na Inglaterra, com o surgimento dos primeiros equipamentos mecânicos para auxiliar o trabalho de produção, os sistemas manuais começaram a serem substituídos pelos processos industriais, como relatado por Iglesias (1981).

No fim do século XIX para o início do século XX surgiram os primeiros sistemas inteiramente automáticos, que produziam com maior velocidade e precisão o que resultava em maior retorno de custo benefício. As indústrias passaram a substituírem o trabalho manual humano pelas máquinas, muito mais ages e que davam um retorno maior na produtividade. Em detrimento da energia muscular, passou-se a utilizar a energia hidráulica ou o vapor e mais tarde a energia elétrica.

Depois disso surgiram os primeiros computadores servomecanicos (sistema que possui a interação mecânica-elétrica) e controladores programáveis. Surgindo então o conceito de Automação Industrial que segundo Goeking (2010):

[...] significa qualquer sistema que utilize computação e que substitua o trabalho humano com o intuito de aumentar a velocidade e a qualidade dos processos produtivos, a segurança dos funcionários, além de obter maior controle, planejamento e flexibilidade da produção.

A automação foi aplicada, a princípio, em indústrias automobilísticas e petroquímicas. De lá para cá a tecnologia se disseminou para outras áreas, como indústrias alimentícia, química, petroquímica, siderúrgica, automotiva e associadas (pneus, borracha, etc.).

Mas foi em 1954 que surgiram os primeiros robôs e a partir daí os processos de automação industrial continuaram a evoluir até chegar aos dias atuais.

Esse trabalho tem como objetivo discutir de qual forma a automação vem sendo desenvolvida no ambiente industrial e as consequências disso o meio produtivo global.

METODOLOGIA

Esta pesquisa caracteriza-se como de abordagem qualitativa, que para Gil (p.178, 2008), “procura obter de um sentido mais amplo para os dados analisados”. Para que isso fosse revisão bibliográfica, que conciste no estudo de diferentes contribuições científicas disponíveis sobre um tema específico. Para isso faço uso de estudos produzidos por autores presentes no quadro abaixo.

Nome da obra	Autor	Local e ano da publicação
As relações de trabalho e automação industrial: reflexões sobre os aspectos históricos, econômicos, conceituais e sociais.	BERTAGNOLLI, Daniel; RIZZOTO, Felipe; TONIAL, Maira.	Justiça do direito, 2010.
Da máquina a vapor aos softwares de automação	GOEKING, Weruska.	Internet, 2010
A Revolução Industrial	IGLÉSIAS, Francisco.	Brasiliense, 1981
Sete benefícios conquistados através da Automação Industrial	SILVEIRA, Cristiano.	Internet, 2014

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Automação foi apresentada ao mundo enquanto um facilitador das demandas industriais. De lá para cá muitas evoluções foram feitas, o sistema de produção tem se tornado cada vez mais eficiente, as grandes demandas sendo cumpridas com mais exatidão e o trabalho humano tem sido menos sobrecarregado.

[...]percebe-se que o desenvolvimento das novas tecnologias se dá, principalmente, em razão de dois fatores, quais sejam: a lógica econômica capitalista e o impulso inerente ao ser humano que visa ao desenvolvimento, não por mera necessidade de sobrevivência, mas, sim, por vontade de ter a sua existência facilitada. (BERTAGNOLLI, RIZZOTO e TONIAL, 2010, p.138)

O consequente consumismo gerado pelos fatores capitalistas impulsiona a produção contínua e variada de bens e serviços industrializados que seria impossível ser atendido em tempos não automatizados. Essas demandas são exigidas pelo comercio afim da relação de compra e venda com os consumidores e faz com que as indústrias exijam cada vez mais de suas maquinas, algo que seria limitado se fosse dependente do trabalho mecânico ou o trabalho completamente humano.

Além do aumento da produtividade a automação no setor industrial proporcionou vários outros fatores positivos, entre eles a redução de custos, melhoria na qualidade dos produtos e redução dos riscos de acidentes no exercício do trabalho.

Se por um lado a automação dinamizou a vida dos indivíduos enquanto consumidores, “por outro lado, no polo negativo do desenvolvimento encontram-se o desemprego e a disparidade social crescente” Bertagnolli, Rizzoto E Tonial (2010, p.143).

É fato que as consequências do desenvolvimento industrial acarretam cada vez mais no aumento do desemprego. Se as máquinas suprem as demandas, necessita-se cada vez menos de força humana para o processo de produção, fazendo com que tenha menos ofertas de emprego, aumentando então a competição pelas as vagas disponíveis e a exigência de profissionais cada vez mais preparados para o mercado de trabalho.