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LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

Por:   •  20/6/2018  •  Artigo  •  1.860 Palavras (8 Páginas)  •  1.000 Visualizações

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LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL

Residência Unifamiliar

[pic 1]

Março de 2018


1. IDENTIFICAÇÃO DO SOLICITANTE

        A Sra Ursula Garthoff, endereço na Rua Presidente Juscelino, sn, Centro, Tibau do Sul/RN, CPF 191.815.838-00, solicitou a elaboração do presente LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO PREDIAL (LTIP), sendo o mesmo elaborado de acordo com a legislação vigente.

2. OBJETIVOS

        O presente laudo tem como objetivo a verificação da existência e a identificação de anomalias nas estruturas, alvenarias e revestimentos. Tais verificações abrangem todas as áreas da unidade.

        As anomalias compreendem a identificação de desgastes, fissuras, infiltrações, erros aparentes de projeto, erros aparentes de execução, falta de manutenção, componentes obsoletos, ausência de procedimentos de operação e falta de documentação obrigatória.

        O resultado do processo consiste na identificação das anomalias e na proposição de recomendações técnicas que atestem as condições de estabilidade, segurança e conservação adequados.

3. DO OBJETO

        A edificação em questão está localizada na Rua Presidente Juscelino, sn, Centro, Tibau do Sul/RN, CEP 59.178-000. 

        Trata-se de uma edificação de uso residencial, encravada em terreno de aproximadamente 200 m² de área e com cerca de 20 anos de construção, erguida isolada às divisas laterais, composta de:

 Pavimento térreo: varanda, sala, cozinha, área de serviço, duas suítes, lavabo;

 1º andar: escada, suíte, varanda;

Figura 1: Localização do Imóvel

Fonte: Google Earth

Figura 2: Foto da Edificação

Fonte: O Autor

        A edificação possui alvenaria estrutural e alguns elementos de concreto armado, paredes de fechamento e divisórias de alvenaria, revestimento externo em argamassa, esquadrias de madeira e vidro, revestimento interno argamassado e pintado, teto com gesso e laje pintado e pisos de cerâmica. As instalações hidráulicas e elétricas são embutidas.

4. VISITA AO LOCAL E COLETA DE DADOS

        A visita foi realizada no dia 09 de fevereiro de 2018, com a finalidade de verificar a situação, coletar dados e fazer o relatório fotográfico.

        Em entrevista realizada com a proprietária da edificação foi possível constatar que diversas fissuras observadas tiveram sua origem após a ocorrência de eventos na vizinhança, ocorridas posteriormente à construção da residência, como obras de instalação de uma antena de telefonia móvel na rua adjacente ao imóvel, e as vibrações causadas pela intensificação do trânsito em frente do imóvel devido obras de pavimentação nas proximidades. Outro fator importante, observado pela proprietária, é que as manifestações patológicas se intensificaram após a construção de benfeitorias incorporadas ao imóvel.

5. MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS ENCONTRADAS

5.1 Fissuras nas aberturas de portas e janelas.

        Foi observado fissuras com origens nos vértices das aberturas de portas e janelas, propagando-se seguindo uma trajetória horizontal ou inclinada.

        

Figura 3 – Avaria 1: Fissura no canto inferior de janela

Fonte: O Autor

        Na figura 3 é possível observar uma avaria na face interna de uma das paredes da suíte, localizada no térreo, partindo do vértice inferior direito de sua janela. Também é visível na face externa, mostrando que houve a ruptura da alvenaria devido a recalque diferencial de sua fundação.

Figura 4: Fissura no canto superior de janela

Fonte: O Autor

        

        Na figura 4 temos a continuidade da avaria 1(um). A mesma contornou a esquadria e chegou a finalizar no encontro com a cobertura.

        Foi identificada uma fissura entre laje e alvenaria, em uma parede do BWC da suíte, sujeita à insolação direta em determinados períodos do dia. Apresentou abertura significativa, sendo classificada como trinca, como mostrado na Figura 5.

Figura 5 – Avaria 2: Fissura no canto superior entre a laje e alvenaria

Fonte: O Autor

        Esse tipo de fissura tem como mecanismo causador a variação térmica diária e ocorre nas áreas que recebem insolação constante, como as coberturas e as paredes externas, pois são nessas regiões que ocorrem maior variação de temperatura. No caso da figura 5, ocorreu a dessolidarização da alvenaria por se tratar de uma benfeitoria realizada posteriormente a construção do imóvel e aparenta não ter amarrações ou serem insuficientes.

Na figura 6 é possível observar que houve a total ruptura da alvenaria.

                    Figura 6: Parte externa da avaria 2

                                       Fonte: O Autor

Figura 7 – Avaria 3: Fissura na base da alvenaria

Fonte: O Autor

        

        

Figura 8 – Avaria 3: Localização da fissura

Fonte: O Autor

        Fissuras horizontais na base da alvenaria podem ser causadas por movimentação higroscópica. Ao absorver a umidade, os blocos e as argamassas podem sofrer expansão e induzir movimentações diferenciais entre as fiadas dos elementos e as juntas de argamassa. Esse tipo de patologia ocorre onde o processo de impermeabilização foi mal executado ou é inexistente.

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