RESENHA: “ÁCAROS: UM PEQUENO ARTÓPODE-PRAGA QUE OCASIONA GRANDES PERDAS EM COQUEIROS
Por: cadufernandes100 • 25/10/2022 • Seminário • 803 Palavras (4 Páginas) • 80 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIA NATURAIS E TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
PROFESSORA: ALESSANDRA MORAES
ALUNO : CARLOS EDUARDO DA SILVA FERNANDES
RESENHA: “ÁCAROS: UM PEQUENO ARTÓPODE-PRAGA QUE OCASIONA GRANDES PERDAS EM COQUEIROS
O referido documento trata-se de uma palestra ministrada pela Engª Agrônoma Josiane Alfaia com o título “Ácaros: um pequeno artrópode-praga que ocasiona grandes perdas em coqueiros” com base em sua pesquisa pela Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA.
A palestrante fez a caracterização dos ácaros, incluindo a classificação científica, mostrando a morfologia do mesmo apresentando o número de 4 (quatro) pares de pernas, corpo indiviso e exoesqueleto além de exemplo de algumas famílias: Boellidae, Cunaxidae, Laelapidae, Parasitidae, Stigmaedae e Phytosendae.
A abordagem seguiu com a alimentação do ácaro com hábito fitófago que insere na célula vegetal uma estrutura chamada estilete com auxílio de quelíceras drenando os elemento necessários para sua subsistência. Dentre os ácaros identificados como pragas agrícolas que causam danos econômicos afetando a produção destacam-se: Brevipalpas phoenices, Tetranychus Urtice Koch e Polyphagotarsonemus latus. O primeiro se destaca por ter uma elevada importância para a citricultura, tal espécie é encontrada sobre cerca de 80 gêneros de plantas. A praga ataca elementos fotossintetizantes nas folhas e também causa necrose na casca dos frutos cítricos. O segundo, conhecido como ácaro rajado, tem preferência por culturas como o algodão, berinjela, feijão, maça, morango, pêssego, pimentão, soja, tomate e algumas ornamentais nos quais ele confecciona teias sobre a espécie alvo. O ácaro branco é conhecido por ser polifago e cosmopolita atacando variadas estruturas de plantas como folhas, flores e frutos e tendo preferência por lugares bastante urbanizados. As culturas atacadas por esse ácaro é bem semelhante aos preferidos pelo ácaro rajado.
No que se refere as principais pragas que afetam o coqueiro foram enumerados vários fatores limitantes como artropodes que afetam o desenvolvimento, causam perda ou atraso na produção e mortes das plantas assim como fatores intrinsecos (folhas, inflorescências e frutos) e fatores extrínsecos (temperatura, umidade, tratos culturais e uso inadequado de pesticidas. Dentre algumas pragas que danificam o coqueiro foi citado o inseto Rhynchophorus palmarum, conhecido como “broca do olho” que por sua vez deposita seus ovos na planta e a larvas se alimentam dos tecidos da planta e destroem o broto terminal e os adultos que transmitem o nematóide responsável pelo anel vermelho. No que se refere ao inseto Brassolis sophorae, apontada pela palestrante como precurssora da “lagarta da palmeira” cuja forma é nociva dessa praga, tendo grande importância econômica por serem desfolhadoras retardando seu crescimento e diminuindo sua produtividade, mas, geralmente não causa morte.
Em seguida, foi abordado sobre o ácaro-vermelho das palmeiras, cientificamente nominado como Raoiella indica, suas caracteristicas morfológicas e reprodutivas e sua capacidade de causar injúrias e danos na palmeira como: Amarelecimento, necrose, ressecamento completo das folhas também podendo causar a morte das plantas jovens. A resistêcia de cultivares, controle biológico e controle químico foram os métodos apontados. A resistência de cultivares foi classificado como pouco explorado e de pouco impacto ambiental. O controle químico foi indicado apenas para viveiros ou como medida regulatória para o trânsito de material vegetal porém esbarra no elevado custo da prática, a escassez de acaricidas registrados junto ao MAPA e os riscos de impacto ambiental e sobre a saúde humana. A contenção biológica desse vetor foi muito bem apontada. A variedade de artrópodes listados e capazes para fazer o controle de R.indica chega a um total de 28 espécies, dentre esses foi destacado o ácaro Amblyseius largoensis como inimigo natural mais frequente associado a R.indica no mundo.
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