Resenha: Corrosão concreto armado
Por: Paulo Henrique Silva • 14/2/2018 • Resenha • 1.364 Palavras (6 Páginas) • 724 Visualizações
Universidade Estadual de Montes Claros
Curso de Engenharia Civil-9°Período
R E S E N H A C R Í T I C A
Aluno: Paulo Henrique Silva Data: 13 de novembro de 2017
Orientador: João Paulo T. O. R. Fulgêncio
Identificação da Obra: Corrosão em estruturas de concreto armado, 2015, Goiânia
Autor: Ivan Rocha
O artigo tem como objetivo expor as principais causas, mecanismos e sintomas das estruturas em concreto armado que sofreram ou estão em processo de corrosão. Em seguida, pretende-se apresentar alguns procedimentos de recuperação da estrutura.
O autor inicia-se apresentando alguns fatos sobre o concreto e a armadura usados na construção civil. Ressaltando a importância desses dois materiais para o desenvolvimento das edificações, principalmente a partir do século XX. Paralelamente, evidenciando as manifestações de patologias que podem ser apresentadas por esse processo construtivo.
O concreto é um material poroso, fato este decorrente da porcentagem de água ou pela incorporação de ar na massa. Esses poros desenvolvem um importante papel para a saúde do concreto, fazendo o transporte de gases, águas e substancias agressivas dissolvidas para o interior do concreto. Já o aço está, em princípio, protegido e passivadas contra o risco de corrosão, graças ao recobrimento do concreto que forma uma barreira física. Por isso a degradação da armadura e do concreto está vincula a principalmente a quantidade e amplitude dos poros. Vale frisar que esta patologia, nem sempre está ligada a falha na execução da obra. Pode ser consequência de agentes agressivos presentes no meio que não foram levados em consideração no momento de se projetar a estrutura.
Define-se como corrosão o ataque destrutivo de natureza preponderantemente química ou eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A ocorrência dessa patologia se dá quando há, principalmente, presença de umidade no concreto formando assim uma película de eletrólito sobre a superfície dos fios ou barra de aço. Pode acontecer também o início da corrosão durante a obra, onde as armaduras ficam expostas e desprotegidas.
Durante o desenvolvimento do artigo, o autor apresentou os tipos de corrosão que as estruturas em concreto armado podem se desenvolver. Tomou-se como base, inicialmente, a classificação feita por Osvaldo Cascudo, na sua obra O controle da corrosão de armadura em concreto de 1997 que leva em consideração a natureza do processo.
O primeiro tipo é a química, que é a ocorrência do fenômeno de carbonatação que reduz o Ph do concreto de 12,5 para valores inferiores a 10. Pelo fato do concreto ser um material poroso, o CO2 presente no ar penetra, com certa facilidade, através dos porosos do concreto até o seu interior, que reagem com o hidróxido de cálcio. Diante disto, o autor afirmou que os fatores que vão controlar o avanço da carbonatação são aqueles relacionados com a qualidade do concreto de cobrimento. Dentre os fatores estão a variação térmica; a umidade relativa; relação a/c; a permeabilidade ao ar, água e gases; a porosidade; a resistência; o tipo de cimento utilizado; a concentração de CO2; dentre outros.
O outro tipo de corrosão é a eletroquímica, que conduz a formação de óxido/hidróxidos de ferro, que em alguns casos, a corrosão pode estar associada a reações mecânicas ou físicas. De modo geral, a corrosão acontece em ambientes úmido, favorecendo a aparição de uma película de eletrólito sobre a superfície dos fios ou barras de aço. A medida que o processo vai se propagando, vão se acumulando cada vez mais ao redor das armaduras, criando verdadeiras crostas no seu entorno. Por serem altamente expansivos, cerca de 3 a 10 vezes superior ao volume original, essas crostas causam pressões internas resultando em fissurações ainda maiores, podendo ocorrer o destacamento de parte do concreto.
O autor tomou como base também a classificação segundo a morfologia feito por Vicente Gentil na sua obra Corrosão, 4°ed no ano de 2003 que pode esclarecer bastante sobre o mecanismo e na aplicação de medidas adequadas de proteção. São três tipos de corrosão: uniforme, localizada e sobtensão fraturante.
Na corrosão uniforme a contaminação acontece em toda a extensão da armadura quando exposta ao meio corrosivo, provocando uma perda uniforme da massa de ferragem e não ocasiona patologias graves compara a corrosão localizada.
A corrosão localizada ou por pite é considerada o tipo mais grave, pois pode apresentar uma cavidade na estrutura com uma relação entre comprimento e diâmetro da peça de forma considerável que se desenvolve rapidamente. Por último, a corrosão subtensão ocorre, principalmente, na armadura de estrutura de concreto protendido. Em ambientes ricos em cloretos e elevados níveis de tensão, a velocidade de ocorrência deste tipo de corrosão é maior e sua incidência passa a ser preocupante.
Após o estudo das classificações dos tipos de corrosão, o autor apresentou as técnicas de diagnósticos da patologia. Primeiramente, o autor salientou que a necessidade de identificar os sintomas e fatores que estão ocasionando a patologia. Geralmente uma pessoa com bastante experiência e conhecimento na área faz a avaliação através da inspeção visual, ou com auxílio de filmadoras ou máquinas fotográficas, essa etapa é de suma importância para todo o processo de restauração. O autor informa que o avaliador deve procurar fissuras e rachaduras paralelas as armaduras, fragmentação ou destacamento do cobrimento.
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