Resiliencia

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS – UNIS

ENGENHARIA MECÂNICA

RAFAEL MENDES FRANCISCO

SEGURANÇA NO TRABALHO: uma visão cultural

Varginha

2012

RAFAEL MENDES FRANCISCO

SEGURANÇA NO TRABALHO: uma visão cultural

Projeto apresentado a GEP por Rafael Mendes Francisco como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.

Varginha

2012

1 INTRODUÇÃO

A cultura presente nos meios organizacionais é de suma importância para o desenvolvimento de uma gestão de segurança eficaz e crescente. Da mesma maneira com que suas questões podem elevar o aproveitamento de cada ferramenta implantada, chegando ao sucesso, elas podem também criar barreiras à recepção de novas idéias. Buscar o conhecimento da cultura individual de cada pessoa que compõe o órgão em questão, assim como estar ciente da maturidade cultural, em termos gerais da organização é o ponto inicial, e é crucial no processo de implantação da gestão de segurança (Andrade, 2011).

Um trabalhador chega a gastar metade das horas do dia em que passa acordado no seu emprego, aquilo que ele faz todos os dias tem uma grande influência em todas as áreas da sua vida. Não é viável enxergar o homem de duas formas diferentes, como quando ele está trabalhando e quando não está. Toda a noção e visão de comportamento que cada pessoa tem não muda de acordo com o ambiente em que se encontra, a não ser que seja feita uma conscientização da necessidade  de se estabelecer padrões comportamentais, não sem motivo, mas para um bem comum, que beneficiará a si mesmo e a todos conviventes.

Quando o indivíduo percebe o interesse de seu empregador em manter um alto padrão de qualidade no seu dia-a-dia dentro da empresa ele passa a colaborar com mais animo e disponibilidade às solicitações que lhe são referidas. Consequentemente, sua abertura ao crescimento cultural abre-se gradativamente (Souto, 2004).

A segurança do trabalho atinge o último estágio de evolução quando ela se torna um valor (Hopkins, 2005).

A evolução da cultura de segurança proveniente de um grande acidente que tenha ocorrido não é duradoura. A cultura de segurança não surge pronta dentro de uma organização, mas evolui gradualmente, com o esforço coletivo, a participação de todos é indispensável, tendo em vista que a dispersão de uma peça sequer pode acabar com todo o trabalho desenvolvido (Reason, 1997).

Estudos feitos sobre a cultura de segurança mostram que as empresas em que ocorrem menos acidentes apresentam uma cultura bem mais elevada. Os fatores que caracterizam essas culturas são o comprometimento da direção da empresa, o envolvimento dos empregados e a existência de uma boa comunicação sobre segurança (SILVA; LIMA, 2004).

2 AVALIAÇÃO DA CULTURA DE SEGURANÇA DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO

2.1 FLUXO DE INFORMAÇÕES

A informação é um dos mais importantes fatores para a segurança, pois a causa de muitos acidentes pode ser encontrada na falta da mesma. Em algumas organizações a informação flui normalmente, mas em outras elas ficam presas, devido a políticas ou burocracia. Três estágios de cultura demonstram como a informação pode ser tratada dentro das organizações, são elas: Cultura patológica, burocrática e construtiva. Na cultura patológica a informação não é usada como recurso de crescimento em benefício de todos, mas sim como uma forma de repreensão e de poder. Na cultura burocrática a informação flui através de sistemas formais, o que muitas vezes não é suficiente ao se atravessar crises momentâneas. Na cultura construtiva a informação flui livremente, de forma a gerar resultados satisfatórios a todas as partes envolvidas (Westrum, 1993).