Resistores Linear e Não-Linear
Por: Kedley Spatti • 22/6/2016 • Relatório de pesquisa • 1.433 Palavras (6 Páginas) • 2.631 Visualizações
Universidade Federal do ABC
Circuitos Elétricos e Fotônica
Experimento 1 :
Resistores Linear e Não-Linear
Grupo:
- Gabriela Klizas
- Guilherme Moreira Lizardo
Dezembro de 2010
Introdução
No início do século XIX, o físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854), verificou experimentalmente que a corrente elétrica em um condutor é diretamente proporcional a diferença de potencial aplicada. Essa constante de proporcionalidade é a resistência R do material. Ele realizou diversos experimentos com inúmeros tipos de condutores, aplicando sobre eles várias intensidades de voltagens diferentes, no qual pode verificar que nos metais, principalmente, a relação entre a corrente elétrica e a diferença de potencial, se mantinha sempre constante, mas que em geral esta relação não se aplica, como por exemplo, aos diodos e transistores. Com isto, a lei de Ohm não é uma lei fundamental e sim uma forma de classificar certos materiais.
Matematicamente diz-se que a voltagem aplicada nos terminais dos condutores é proporcional à corrente elétrica que o percorre:
V=R.I [1]
Onde:
V é a diferença de potencial, cuja unidade é o Volt (V);
i é a corrente elétrica, cuja unidade é o Ampere (A);
R é a resistência elétrica, cuja unidade é o Ohm (Ω).
Quando ela é obedecida, o resistor é dito resistor ôhmico ou linear. A expressão matemática descrita por Simon vale para todos os tipos de condutores, tanto para aqueles que obedecem quanto para os que não obedecem a lei de Ohm. Fica claro que o condutor que se submete a esta lei terá sempre o mesmo valor de resistência, não importando o valor da voltagem. E o condutor que não obedece, terá valores de resistência diferentes para cada valor de voltagem aplicada sobre ele, por exemplo, uma lâmpada.
Resistores Ôhmicos: Para estes resistores a corrente elétrica (i) que os percorrem é diretamente proporcional à voltagem ou ddp (V) aplicada. Consequentemente o gráfico V versus i é uma linha reta, cuja inclinação é igual o valor da resistência elétrica do material, como mostrado no gráfico abaixo:
Figura 1 – Resistência Linear
[pic 1]
Resistores não Ôhmicos: Observa-se que alterando a ddp (V) nas extremidades destes materiais altera-se a intensidade da corrente elétrica i, mas a duas grandezas não variam proporcionalmente, isto é, o gráfico de V versus i não é uma reta e, portanto eles não obedecem à lei de Ôhm, veja gráfico abaixo:
Figura 2 – Resistência não-linear
[pic 2]
Os resistores tem como função exclusiva converter energia elétrica em energia térmica, já em circuitos com lâmpadas (resistores não ôhmicos) a transferência de energia elétrica, por efeito Joule, é toda convertida em luz e calor.
Analisando este segundo tipo de transferência, a potência elétrica dissipada em cada lâmpada é dada por:
P =V.I [2]
P é a potencia elétrica dissipada, cuja unidade é o Watts (W);
Esta potência dissipada em uma lâmpada está relacionada com o brilho da lâmpada, ou seja, quanto maior a tensão aplicada, maior será a corrente e também a potência dissipada.
Procedimento experimental
Materiais:
- Dois multímetros Digitais – ET- 2510 da Minipa
-Cabos conectores
-Fonte de Alimentação Simétrica DC Digital Modelo: MPL-3303
-Um resistor de 47V e 5 W
-Uma lâmpada 12 V e 250 mA
Método
O circuito a seguir foi montado utilizando-se todos os itens com exceção do resistor.
Figura 3 – Modelo de Circuito para Lâmpada
[pic 3]
Variou-se a tensão de 0 V até 13 V, anotando assim os respectivos valores obtidos nos multímetros.
Logo após, a lâmpada foi trocada pelo resistor seguindo o circuito:
Figura 4 – Modelo de Circuito para Resistor Ohmico
[pic 4]
Novamente variou-se a tensão de 0 V até 13 V, registrando-se os valores obtidos nos multímetros.
A precisão dos equipamentos utilizados está representada a seguir
Multímetro medindo Corrente DC Erro: ± (0.8%+10D)
Multímetro medindo Tensão DC Erro: ± (0.5%+2D)
Fonte de tensão Erro: ± (1.0%+2D)
A Leitura de Tensão utilizada foi a do Multímetro e não a da Fonte de Tensão.
Resultados
Parte 1 – Análise da Lâmpada
Utilizando o método descrito acima, obtivemos os seguintes valores para a Lâmpada:
Tabela 1 – Medidas de Corrente e Tensão para Lâmpada
Corrente [A] | Tensão [V] | Erro Tensão | Erro Corrente |
0,001 | 0,014 | 0 | 0 |
0,065 | 1,090 | 0,00745 | 0,002646 |
0,091 | 2,000 | 0,012 | 0,002907 |
0,114 | 3,000 | 0,017 | 0,003143 |
0,136 | 4,050 | 0,02225 | 0,003362 |
0,155 | 5,030 | 0,02715 | 0,003546 |
0,171 | 6,010 | 0,03205 | 0,003714 |
0,188 | 7,030 | 0,03715 | 0,003878 |
0,205 | 8,180 | 0,0429 | 0,004052 |
0,217 | 9,010 | 0,04705 | 0,004168 |
0,231 | 10,050 | 0,05225 | 0,004309 |
0,244 | 11,050 | 0,05725 | 0,004438 |
0,255 | 12,010 | 0,06205 | 0,004554 |
0,269 | 13,100 | 0,0675 | 0,004685 |
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