TEORIAS MOTIVACIONAIS: ANÁLISE DE OBRA DE JEAN PIERRE MARRAS
Por: gelemark • 19/6/2016 • Resenha • 1.848 Palavras (8 Páginas) • 902 Visualizações
teorias motivacionais: análise de obra de jean pierre marras
Aline Marcarini Athayde1;Gelemark1 Penido Juliana Burzlaff1; Rhayra Louzada Rizzi2;
Acadêmicos do curso de Engenharia Civil da Faculdade Brasileira – Multivix.
- Acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Brasileira – Multivix.
Resumo
O estudo das teorias motivacionais tem adquirido relevância no decorrer dos anos e principalmente na atualidade, onde o modelo de gestão estratégico de recursos humanos tem sido cada vez mais difundido e adotado por empresas em todo o mundo. Analisar os principais modelos e seus autores auxilia na utilização desses conceitos no dia-a-dia pessoal e profissional, além de fomentar o exercício de reflexão do que se emprega atualmente nos ambientes de trabalho. Dessa forma, faz-se necessário refletir e buscar formas de adequar tais teorias no mundo globalizado e moderno de hoje. O objetivo desta resenha é refletir sobre as teorias apresentadas pelo autor indicado, bem como levantar uma discussão sobre o tema, utilizando para isso, a revisão bibliográfica. O resultado do trabalho foi uma análise comparativa do modelo de Maslow aplicado na época em que foi criado e no mundo atual. A conclusão atingida foi a de que a pirâmide motivacional de Maslow ainda é aplicável, mesmo se considerado o modelo capitalista do mundo atual.
Palavras-chave: Teorias motivacionais. Pirâmide de Maslow. Sociedade capitalista. Gestão estratégica.
Introdução
Esta resenha tem por objetivo promover uma análise que auxilie na somatória de conhecimentos e gere reflexão sobre o tema abordado, visando acima de tudo, disseminar o modelo estratégico de gestão de recursos humanos, que mostra-se um modelo mais atual e eficaz em relação ao modelo tradicional que ainda hoje é empregado em larga escala no país.
Jean Pierre Marras é doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC - SP); mestre em administração com ênfase em recursos humanos pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP); graduado em Administração de empresas pela Universidade de Negócios e Administração (UNA). Em sua obra Administração de recursos humanos - do operacional ao estratégico, tendo como foco dessa resenha os capítulos 4 (O processo motivacional) e 22 (Plataforma motivacional), o autor aborda as teorias motivacionais dos autores mais influentes e compara as mesmas através de uma análise dos efeitos da motivação no ambiente de trabalho.
Com o passar dos anos, observou-se uma queda na produtividade em ambientes de trabalho, e com isso, surgiu a necessidade de implementar teorias motivacionais que estimulassem a produção dos funcionários. Os processos motivacionais foram, ao longo das décadas, estudados por diversos autores que criaram teorias que servem, ainda hoje, de base para a criação das plataformas adotadas por diversas empresas.
Em seu livro, Marras busca estimular a reflexão do tema abordado e revitalizar as teorias motivacionais, buscando torná-las mais conhecidas para facilitar sua difusão nos locais adequados. Como método de pesquisa, o autor utiliza-se da revisão bibliográfica, como forma de fundamentar seu estudo, baseando-se também na prática exercida da profissão por 28 anos, ao dedicar-se ao trabalho executivo da administração estratégica de recursos humanos em multinacionais de grande porte.
Desenvolvimento
Proposição
No capítulo 4 - O processo motivacional, Marras inicia falando que, desde o início do séc. XX, a motivação humana é um tema que vem chamando a atenção de cientistas e estudiosos no mundo todo. O autor então cita o Estudo Hawthorne, uma experiência realizada na fábrica da General Electric Company, em Chicago, que provou que a produtividade era influenciada pelo suporte dado aos trabalhadores da fábrica. Desde então, por volta de 1950, seguiram-se diversos estudos e teorias a cerca do processo motivacional. Marras faz então, um resumo das teorias dos principais autores que se são apresentados a seguir.
Segundo Maslow, "a motivação dos indivíduos objetiva satisfazer certas necessidades que vão desde as primárias (fisiológicas) - as mais simples - até as mais complexas ou psicológicas (autorrealização)" (2011, p. 26). Sua teoria, chamada de Teoria da hierarquização das necessidades humanas, tem como premissa que a satisfação de uma necessidade superior só ocorrerá quando a de nível imediatamente inferior, estiver satisfeito plenamente. Para concluir a teoria de Maslow, torna-se imperativo ressaltar que a satisfação é movida pela motivação, tornando este um processo de constante busca por uma nova situação que gere nova motivação, caracterizando assim, um looping infindável. Outro ponto primordial, é o que se refere à autorrealização, sendo que algumas pessoas satisfazem-se não com retornos materiais ou financeiros, mas com necessidades intrínsecas.
McGregor completa as ideias de Maslow, criando a Teoria X e Y. Essa teoria pode ser interpretada no sentido de "ser" X ou Y (o trabalhador) ou de "ver" X ou Y (o gerente). O trabalhador X "não gosta de trabalhar e o faz somente quando é compelido. Não gosta de assumir responsabilidade, é um pouco ou nada ambicioso e busca acima de tudo segurança". Já o trabalhador Y, "sente-se bem no trabalho e busca atingir os objetivos que lhe são colocados, é alguém criativo e com potencialidades que podem e devem ser exploradas" (2011, p. 27). Esse ponto de vista abordado por McGregor, pode afetar as relações na empresa e muda a maneira de ver os indivíduos passando a percebê-los não apenas como membros de um grupo.
Herzberg afirmou que, para o homem, o maior fator motivacional encontra-se no interior de seu próprio trabalho. Cria então, a Teoria dos dois fatores, classificando-os em Fatores Motivadores (sua presença causa motivação) e Fatores Higiênicos (sua ausência costuma causar insatisfação).
Outro autor citado por Marras, é Skinner, que emitiu o conceito do reforço no comportamento, onde "um comportamento recompensado tende a ser repetido" (2011, p. 29). Dessa forma, esse modelo pode criar padrões, onde o gerente compensa aquilo que é desejado e não recompensa aquilo que não lhe interessa.
Por fim, Marras analisa a teoria de Vromm e Rotter, que traça uma reflexão sobre o comportamento humano resultando na teoria de que "as pessoas fazem coisas esperando sempre outras em troca" (2011, p. 30). Para tanto, existem duas variáveis: o valor da recompensa e o que se espera como recompensa.
Após a análise dos teóricos, o autor traça uma análise entre os interesses pessoais e organizacionais. O autor compara as diferenças de interesse à uma estrada de mão dupla: "é preciso determinar claramente as regras e os parâmetros de como circular, estabelecendo limites entre o dar e o receber, não criando expectativas desnecessárias e extremamente perigosas durante a relação entre as partes" (2011, p. 31).
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