Tecnologia e Processamento de Bebidas
Por: Michele Simões Munhoz • 19/3/2017 • Resenha • 1.530 Palavras (7 Páginas) • 383 Visualizações
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Relatório de Aula Prática: Análise Sensorial de Café
Nomes: Abdiel Lurian da Silva Rocha
Ana Cristina Lopes dos Santos
Michele Simões Munhoz
Professor: Oswaldo Kameyama
Disciplina: Tecnologia e Processamento de Bebidas
Turma: Engenharia de Alimentos, 8° período
INCONFIDENTES
2016
- Introdução
Não há relatos completos sobre a descoberta do café, acredita-se que pastor de cabra que viveu na antiga Absínia há mais de mil anos percebeu que quando suas cabras mastigavam os frutos de café ficavam mais energizadas. Então, o pastor observou que quando aquele fruto era ingerido pelas cabras era possível fazê-las caminharem grandes distâncias. Esse pastor comentou com um monge da época que resolveu conhecer melhor o tal fruto, utilizando-o através da infusão em água. Percebeu-se então, como era possível evitar o sono ao consumir a bebida à base de café (NEVES,1974).
No Brasil, o café chegou por volta de 1727 trazido da Guiana Francesa pelo Sargento- Mor Francisco de Mello Palheta a pedido do então governador do Maranhão. Naquela época o café já possui alto valor comercial. Como o Brasil apresentava as condições climáticas necessárias, o cultivo do café foi rapidamente aderido (NEVES, 1974). O café no Brasil já foi percursor de grande importância para o crescimento da economia nacional, tendo hoje, ainda, muita representatividade (COSTA; BESSA, 2013).
Hoje em dia há o aumento da tendência por cafés mais sofisticados e que possuam uma boa qualidade sensorial. Foi a partir daí que surgiu a profissão do barista. Por volta do ano 2000, o Brasil percebeu então que a produção de café sofisticado era viável e que havia a necessidade de não só produzir grandes volumes de café, mas também produzir cafés de qualidade (COSTA; BESSA, 2013).
Barista é a pessoa que possui alto conhecimento acerca do café, principalmente os cafés especais. É o profissional conhecedor das etapas de plantio, processamento, beneficiamento do grão e, principalmente sobre degustação do café (COSTA; BESSA, 2013).
A degustação/ análise sensorial de café é importante para verificar se haverá a aceitação ou rejeição do produto, para a criação de um novo blend, para o controle de qualidade em produção, para o controle de qualidade de produto acabado, para a análise da concorrência entre outros fatores (COSTA; BESSA, 2013).
Para que haja a degustação de café, são necessários alguns procedimentos:
- As xícaras de degustação: deve-se usa copos de vidro tipo Manhattan, de 150ml ou 240ml, ou xícaras de porcelana. Devem estar limpas, isentas de odores e na temperatura da sala. Possuir tampas que possam ser fechadas hermeticamente, podendo ser de qualquer material que não transmita odores (COFFETRAVLER, 2008).
- A torração: dever ser realizada no prazo de 24 horas antes da degustação. A torra deve ser de leve a leve-média intensidade. O tempo da torra deve ocorrer entre 8 e 12 minutos, respeitando-se as características da origem. A amostra deve ser imediatamente resfriada exclusivamente por ar (COFFETRAVLER, 2008).
- A concentração de café deve ser de 5,5% m/v ou 8,25 gramas de café moído em 150ml de água .Cup (COFFETRAVLER, 2008).
- Para a preparação para a degustação: A amostra deve ser moída imediatamente antes da degustação; Devem ser pesadas como grãos para se determinar a proporção da água;O tamanho da partícula moída deve ser semelhante à usada na extração por coador; Recomenda-se a utilização de no mínimo 5 (cinco) xícaras para cada amostra; Para cada nova amostra, o moedor deve passar por um processo de purificação; Cada uma das cinco parcelas da amostra deve ser moída individualmente e posta diretamente em sua respectiva xícara. Deve ser assegurado que a quantidade de café moído seja semelhante em cada xícara; Após a moagem, a xícara deve ser imediatamente fechada de forma hermética, por tampa ou qualquer outro sistema (COFFETRAVELER, 2008).
- Adição de água: A água usada para degustação deve ser limpa e sem odor; O teor ideal de Sólidos Dissolvidos Totais deve ficar compreendido na faixa entre 125-175 ppm; A água deve estar aquecida à aproximadamente 93ºC no momento em que ela é despejada sobre o café moído. O recipiente para o aquecimento da água deve ser de material que não transmita odores . Deve-se verter a água quente diretamente sobre o café moído, em movimento circular; Após a hidratação, as amostras devem permanecer sem perturbação (COFFETRAVELER, 2008).
- Metodologia
Para que fosse realizada uma degustação sem fatores que poderiam interferir na análise sensorial foram seguidos alguns parâmetros estipulados pela SCAA, esses padrões estão descritos na figura abaixo:
[pic 2]Figura 1- Parâmetros estipulados pela SCAA para avaliação sensorial de café. FONTE: SCAA CUPPING PROTOCOLS
- Metodologia Preparação da Amostra
Torração:
- A amostra foram torradas em um torrador da cidade de ouro fino dentro de um prazo de 24 horas antes da degustação,
- A torra foi de leve a leve-média intensidade
- Metodologia Preparação para degustação:
- As amostras foram moídas antes da degustação
- Usou-se 3 (três) xícaras para cada amostra, o que permite avaliar a sua uniformidade.
- Assegurou-se que a quantidade de café moído fosse semelhante em cada xícara.
Adição de Água:
- A água usada para degustação era de local confiável
- Aqueceu-se a à aproximadamente 93ºC no
- Despejou-se de forma circular pelas paredes da xicara sobre o café moído.
- Esperou-se a decantação do café para, então, se proceder a avaliação.
- Metodologia Avaliação da Amostra
Os Testes Sensoriais foram realizados para:
- Determinar diferentes características sensoriais entre diferentes amostras
- Descrever as notas de aroma e sabor das amostras
- Determinar uma preferência entre produtos
Todos esses dados foram baseados em informações presentes em um protocolo para análise sensorial de café Metodologia SCAA.
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