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O Desenvolvimento de um Triciclo Elétrico para Deficientes Visuais

Por:   •  16/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.279 Palavras (10 Páginas)  •  465 Visualizações

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Proposta de Desenvolvimento de um Triciclo Elétrico para Deficientes Visuais

Guilherme Guterres Duarte

Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação – Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) – Rua dos Andradas 1614- Santa Maria
97010-032 – Santa Maria – RS– Brasil

guilherme.duarte@unifra.edu.br

Abstract. This proposal relates the project of a tricycle-type manned vehicle, whose purpose is to promote the social inclusion of people with visual impairment, making it possible to move them. Through sensors adapted to a battery the vehicle facilitates access and interaction with the environment, it is through them that small and large objects can be read in the way. One of the goals this project is the comfort and safety to the crew member, the tricycle has a seat and sound system that indicatives objects by the way, generating a great autonomy with simple components.

Resumo. Esta proposta relata o projeto de um veículo tripulado do tipo triciclo, cuja finalidade é promover a inclusão social de pessoas com deficiência visual, tornando capaz a locomoção das mesmas. Por meio de sensores adaptados a uma bateria o veículo facilita o acesso e a interação com o ambiente, é através deles que poderá ser feita a leitura de objetos de pequena e grande escala no percurso. Visando conforto e segurança ao tripulante o triciclo conta com assento e sonorização indicativa de objetos, gerando uma grande autonomia com componentes simples.

1. Introdução

A melhor forma de incluir uma pessoa com deficiência na sociedade é lhe dando acessibilidade e maneiras de interagir com o meio em que se vive, conforme Borges (1996) "uma pessoa cega pode ter algumas limitações, as quais poderão trazer obstáculos ao seu aproveitamento produtivo na sociedade". Ele aponta que grande parte destas limitações pode ser eliminada através de duas ações: uma educação adaptada á realidade destes sujeitos e o uso da tecnologia para diminuir as barreiras. Os grandes avanços tecnológicos no ramo do acesso a informação beneficiou pessoas com baixo grau de desenvolvimento e conhecimento, a quem manipula softwares e hardwares é preciso cuidado e atenção na implantação de novas ferramentas, pois embora ajude o desenvolvimento de pessoas com deficiência, o auxílio e acompanhamento são primordiais uma vez que estas pessoas não conseguem ter a percepção visual do que acerca a sua volta, por este motivo a orientação e manipulação da descoberta podem ajudar o deficiente a se tornar um autônomo e atingir um grau avançado e extremo de desenvolvimento. A importância deste trabalho está em retratar de forma clara a inserção de uma nova tecnologia facilitando a acessibilidade a deficientes visuais, segundo Sá (2006) “a disposição desordenada e caótica do mobiliário urbano ganha realce e visibilidade através das pessoas cegas que deparam com barreiras tais como: cabines telefônicas ou orelhões”, deste modo a grande falta de acessibilidade abre espaço para novos esboços tecnológicos. Partindo deste contexto, o trabalho cita o desenvolvimento de um triciclo equipado com sensores de presença com o objetivo de facilitar a locomoção, pois ele detectará objetos ao seu redor estacionados ou em movimento. Sua principal fonte de alimentação para os sensores será um dínamo onde transformará a energia mecânica em energia elétrica através da rotação da roda e movimentação da mesma, captando e alimentando a bateria embarcada que por sua vez alimentará os sensores.

2. Objetivos

2.1. Objetivo Geral

Apresentar uma proposta do desenvolvimento de um triciclo elétrico para deficientes visuais com sensores de detecção de presença e objetos, gerando sua própria energia captada através de uma bateria. Sendo possível o deficiente visual ter seu veículo de locomoção totalmente adaptado a suas necessidades com segurança e confiabilidade, gerando a inclusão social e a prática de exercício físico.

2.2. Objetivo Específico

- Desenvolver uma tecnologia com baixo custo orçamentário

- Inclusão social e a prática de exercício físico

- Desenvolver um protótipo totalmente seguro

- Calibragem dos sensores

- Veículo totalmente autônomo sendo exclusivamente um novo meio de transporte

- Sustentabilidade através da captação de energia mecânica transformada em energia elétrica

3. Geração de energia elétrica através do dínamo

Os geradores de energia de usinas e os dínamos de bicicletas tem seu funcionamento parecido, pois seu método de captação de energia é semelhante. Em ambos, a forma de se obter energia é feita através de uma energia mecânica, onde a rotação de um eixo gera um campo magnético que concede a energia elétrica. “Nas hidrelétricas a energia potencial da água é aproveitada de maneira tal que ela gira um rotor, que por sua vez gera um campo magnético e por sua vez eletricidade” [Centro Paula Souza, 2012]. Segundo Vanks (2008), um dínamo é constituído por um imã fixo em um eixo móvel, ao redor deste eixo existe uma bobina (fio condutor enrolado, constituindo um conjunto de espiras). Não existe contato físico entre o imã e a bobina. Deste modo a rotação das rodas de uma bicicleta é capaz de gerar uma corrente elétrica durante o percurso traçado, quando o dínamo está em contato com a roda, o movimento de rotação estará diretamente indo para o eixo do dínamo pelo contato com o pneu.

[pic 1]

FONTE: Enem 2010 (http://www.if.usp.br)

Figura 1: A lâmpada acende conforme o movimento da roda

Porém, o dínamo exige uma velocidade mínima de rotação para que ele produza energia suficiente para alimentar os circuitos, o mais viável seria um regulador de tensão, [Centro Paula Souza, 2012] “entra em ação quando atinge o mínimo exigido”. O uso do dínamo tem desvantagem no sentido de tempo necessário para o fornecimento de energia para carga da bateria. O uso de diodos semicondutores e mesmo circuitos eletrônicos é possível obter um desempenho muito melhor, de forma que já encontramos em veículos modernos.

3.1. Sensor Ultrassônico

O sensor ultrassônico constitui-se de um emissor e um receptor de ondas sonoras, o sinal emitido ao colidir e encontrar um obstáculo reflete de volta em direção ao sensor, conforme Thayron Araújo estudante de engenharia da computação (PUC-RIO) “podemos compará-los a um alto-falante e um microfone trabalhando em conjunto. Entretanto, ambos trabalham com ondas de altíssima frequência, na faixa dos 40.000 Hz (ou 40KHz). Isto é muito, muito acima do que os nossos ouvidos são capazes de perceber. O ouvido humano consegue, normalmente, perceber ondas na entre 20 e 20.000 Hz e por isto o sinal emitido pelo sensor ultrassônico passa despercebido por nós”, deste modo o aparelho cronometra todo o processo. De modo que podemos decifrar o tempo que o sinal leva de sua origem até o seu retorno, Thayron (PUC-RIO) relata que como a velocidade do som no ar é conhecida, é possível, de posse do tempo que o sinal levou para ir até o obstáculo e voltar, calcular a distância entre o sensor e o obstáculo, para determinar a distância entre o sensor e o objeto, utilizando a equação Distância = (Tempo “echo” em nível alto * velocidade do som) /2.

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