A CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA
Por: Hebert Gabriel da Silva Christani • 29/5/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 1.586 Palavras (7 Páginas) • 181 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ
CAMPUS MACAÉ PROFESSOR ALOÍSIO TEIXEIRA
BACHARELADO EM QUÍMICA
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE QUÍMICA
AULA 06: CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA
MACAÉ – RJ
OUTUBRO/2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 2
2 OBJETIVOS ................................................................................................... 4
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................. 4
3.1 MATERIAIS ................................................................................................. 4
3.2SOLUÇÕES E REAGENTES ....................................................................... 5
3.3 METODOLOGIA .......................................................................................... 5
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 5
5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 8
1 INTRODUÇÃO
Em laboratórios de química orgânica, é muito comum a realização de reações químicas. Entretanto, frequentemente as reações observadas são incompletas, ficando traços dos reagentes misturados aos produtos. Ou então, as reações podem produzir uma mistura contendo, além dos produtos desejados, impurezas. Para solucionar esse problema, são aplicadas técnicas de separação como extrações, recristalizações e, no caso dos líquidos, destilações. Todavia, nem sempre essas técnicas são eficazes, uma vez que as propriedades físicas de produtos e impurezas são semelhantes. Dessa forma, a cromatografia se apresenta como um dos métodos que podem ser usados para separação desses compostos. (GILBERT, MARTIN, 2011, p.179).
A cromatografia é fundamentalmente uma técnica que permite separar compostos para que haja a purificação e identificação, onde um fluido contendo um conjunto de substâncias dissolvidas, chamado de fase móvel, passa por um sólido ou um líquido adsorvido em um sólido, chamado de fase estacionária. A cromatografia pode ser classificada de diferentes formas como o tipo de interação entre as fases, quanto ao estado físico da fase móvel (líquida ou gasosa), entre outros (DIAS, COSTA, GUIMARÃES, 2004, p.107). A tabela 1 mostra as principais técnicas de cromatografia:
Tabela 1 – Principais técnicas cromatográficas
Tipos de cromatografia
Fase estacionária
Fase móvel
Cromatografia em camada fina (CCF)
Sólida – Sílica ou alumina
Líquido
Cromatografia em coluna
Sólida – Sílica ou alumina
Líquido
Cromatografia em papel
Sólida – Papel de celulose
Líquido
Cromatografia líquida de alta resolução (HPLC)
Sólida – Sílica ou sílica modificada
Líquido
Cromatografia gasosa
Sólida ou líquido – Poliglicol etilênico (PEG)
Gás
Cromatografia por exclusão de tamanho (GPC)
Sólida – Poliesireno (poliestirogel)
Líquido
Fonte: Guia prático de química orgânica, volume 1, 2004, p. 107
Os principais tipos de cromatografia realizados em um laboratório de química são a cromatografia em camada fina, também chamada de cromatografia em camada delgada (CCD) e a cromatografia em coluna.
A cromatografia em camada delgada é utilizada corriqueiramente em laboratórios por ser de baixo custo. Nesse tipo de cromatografia é possível detectar a presença de diferentes compostos no material de análise. Nesse tipo de cromatografia a amostra analisada é aplicada de forma pontual sob a superfície de um adsorvente, em geral sílica ou alumina, considerado a fase estacionária. Assim o adsorvente é colocado em contato com um solvente em um ambiente o mais saturado possível desse solvente. Esse solvente “elui” sobre a placa carregando os compostos por ação capilar.
O solvente escolhido como eluente depende da polaridade dos compostos, onde há a interação entre o eluente, a fase estacionária e o composto analisado. Na cromatografia as separações ocorrem com base nas diferenças de velocidade de migração entre os componentes da fase móvel. Dependendo das interações amostra-fase móvel e amostra-fase estacionária, a amostra tem maior ou menor distância percorrida durante a corrida cromatográfica. Caso as interações amostra-fase móvel sejam mais fortes que as interações amostra-fase estacionária o caminho cromatográfico chamado razão de fracionamento (ou apenas Rf) é maior, caso o contrário ocorra o Rf é menor (DIAS, COSTA, GUIMARÃES, 2004, p.111).
Após a corrida cromatográfica é necessário que a fase estacionária passe por uma revelação permitindo a visualização das manchas deixadas pelos componentes da amostra durante a corrida cromatográfica. Essas revelações podem ocorrer por meios químicos, como molhar em reagentes e levar a aquecimento e adicionar cristais de iodo, ou físicos, como visualizar as manchas por meio
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