A Padronização de NaOH Determinação da Acidez Total do Vinagre
Por: Estêvan Casarin • 9/4/2017 • Trabalho acadêmico • 11.237 Palavras (45 Páginas) • 721 Visualizações
I. INTRODUÇÃO
Quando se quer determinar a concentração de uma espécie química em uma solução, a volumetria é uma das técnicas laboratoriais mais utilizadas. Para isso usufrui-se das características físico-químicas do analito (espécie química a qual se quer descobrir a concentração) para se fazer a determinação. A volumetria de neutralização utiliza a característica ácida ou básica do analito, que após ser titulado contra uma solução padrão, tem seus íons neutralizados, acarretando uma brusca mudança de pH que, através de um indicador estabelece o fim da reação. Assim, é possível descobrir sua concentração por meio de cálculos estequiométricos, baseados no volume de titulado (solução que contém o analito) e titulante (solução padrão) utilizado. (DIAS. Diogo Lopes, 2017)
Uma solução padrão reage rápida, completamente e seletivamente com o analito. Também possui uma concentração cujo valor é conhecido, e se tem uma alta confiabilidade de que o valor informado é real, com base nisso se classifica soluções padrão em padrão primário e secundário. (MATOS. Maria, 2011)
Padrões primários possuem uma série de características, entre elas a pureza de quase 100% e a alta confiabilidade da sua concentração, assim, pode-se utilizar um padrão primário na titulação diretamente após seu preparo. Ao contrário de padrões primários, os padrões secundários não trazem confiabilidade na concentração informada, por este motivo, devem-se padronizar estes antes de serem utilizados na titulação. (MATOS. Maria, 2011)
O hidróxido de sódio (NaOH), é uma substância de pH alcalino, muito utilizada para métodos de acidimetria, o qual determina a concentração de uma solução ácida utilizando uma solução padrão básica forte. Devido a sua higroscopia (capacidade de absorver e reter umidade), o NaOH é classificado como padrão secundário, para isso faz-se a padronização deste composto titulando-se contra um padrão primário, como o biftalato de potássio, por exemplo. (Desconhecido1, 2017; ANDRADE, João Carlos de; BACCAN, Nivaldo; BARONE, José Salvador; GODINHO, Oswaldo E. S.,2001)
Determinações como o teor de ácido acético no vinagre ou a concentração de uma solução de ácido fosfórico, podem ser feitas pelo método de acidimetria utilizando hidróxido de sódio como solução padrão. O ácido acético é o principal constituinte do vinagre, que é uma solução aquosa de 4 a 10% em massa de ácido acético. Foi obtido pela primeira vez através da oxidação do etanol presente no vinho, sabe-se da utilização do vinagre desde a época do império romano, e é utilizado até os dias atuais majoritariamente na culinária. (FOGAÇA. Jennifer, 2017)
Já o ácido fosfórico (H3PO4), é utilizado na fabricação de vidro, na tinturaria, em indústrias farmacêuticas e alimentícias, inclusive na produção de refrigerantes de cola, produto que contém um alto teor dessa substância. Devido à grande utilização destes dois ácidos, é interessante aplicar a volumetria de neutralização a fim de determinar as reais concentrações de suas soluções comerciais. (PETRIN. Natália, 2015)
II. OBJETIVOS
II.I – OBJETIVO DA PRÁTICA 1: Esta prática teve como objetivo, empregar a volumetria de neutralização para determinar a concentração exata de uma solução de NaOH aproximadamente 0,1 mol L-1, utilizando o biftalato de potássio como reagente padrão primário.
II.II – OBJETIVO DA PRÁTICA 2: Esta prática teve como objetivo empregar a volumetria de neutralização para determinar a acidez de uma amostra de vinagre comercial, utilizando uma solução padrão de hidróxido de sódio como titulante.
II.III – OBJETIVO DA PRÁTICA 3: Esta prática teve como objetivo empregar a volumetria de neutralização para determinar a pureza de uma amostra de ácido fosfórico comercial, utilizando uma solução padrão de hidróxido de sódio como titulante.
III. MATERIAIS E REAGENTES
III.I – MATERIAIS E REAGENTES DA PRÁTICA 1:
- Erlenmeyer’s de 250 mL
- Bureta de 25 mL
- Haste e garra para bureta
- Béquer de 100 e 250 mL
- 2 Provetas de 100 mL
- Pipeta graduada de 1 a 5 mL
- Pêras
- 2 Balões volumétricos de 1,0 L
- 2 Frascos de plástico etiquetados para o armazenamento da solução
- Bastões de vidro
- 2 Funis de haste longa
- Espátulas
- Balança analítica
- Pisseta
- Água destilada
- NaOH P.A
- Biftalato de Potássio (KHC8H4O4)
- Solução de fenolftaleína 1,0 mol L-1
III.II – MATERIAIS E REAGENTES DA PRÁTICA 2:
- Amostra de Vinagre comercial
- Solução de Fenolftaleína 1 mol L-1
- Solução padrão de NaOH 0,09719 mol L-1
- 2 balões volumétricos de 200 mL
- 2 funis de haste longa
- 2 pipetas volumétricas de 20 mL
- 2 provetas de 100 mL
- Bastão de vidro
- Béquer de 100 e 250 mL
- Buretas de 25 mL
- Erlenmeyers de 125 mL
- Suporte universal
- Garra para bureta
- Pêras
- Pisseta
- Pipetas de 1 e 5 mL
III.III – MATERIAIS E REAGENTES DA PRÁTICA 3:
- Amostra de ácido fosfórico comercial (xaporoso) 85%
- Solução de alaranjado de metila 0,2%
- Solução de timolftaleína
- Solução padrão de NaOH 0,09719 mol L-1
- 2 balões volumétricos de 200 mL
- 2 funis de haste longa
- 2 pipetas volumétricas de 15 mL
- Béquer de 100 e 250 mL
- Erlenmeyers de 125 mL
- Haste e garra para bureta
- Pêras
- Pisseta
IV. PROCEDIMENTO
IV.I – PROCEDIMENTOS DA PRÁTICA 1:
Primeiramente, ferveu-se cerca de 2 litros de água, para diminuir a acidez desta, e deixou-se esfriar até a temperatura ambiente. Feito isso, calculou-se a massa necessária de NaOH para preparar a solução, neste cálculo determinou-se que a massa de NaOH a ser aferida deveria ser aproximadamente 4g.
...