A SEPARAÇÃO DE UMA MISTURA DE CORANTES POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
Por: Jéssica Cristine • 8/11/2017 • Relatório de pesquisa • 952 Palavras (4 Páginas) • 351 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
CQ019- Cromatografia
Prof. Dr. Luiz Pereira Ramos
SEPARAÇÃO DE UMA MISTURA DE CORANTES POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
Alunas: Jéssica Cristine
Priscila D. Fernandes
CURITIBA
2017
- INTRODUÇÃO
- REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO
A reação de esterificação é realizada a partir da substituição de uma hidroxila de um ácido por um radical alcoxila. A reação é feita com um álcool e um ácido carboxílico, obtendo-se como produtos éster e água. É uma reação lenta a temperatura ambiente, mas pode ser catalisada com ácido sulfúrico em aquecimento (BARCZA, 2012).
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Figura 1: Reação entre um ácido carboxílico e um álcool produzindo éster e água
Os processos de esterificação são importantes na produção de ésteres de interesse comercial em várias áreas como as de solventes, extractantes, diluentes e várias outras. Assim como intermediário químico para indústrias farmacêuticas e herbicidas (BARCZA, 2012).
O ácido palmítico é um ácido graxo, ou seja, molécula com cadeia de hidrocarbonetos e um grupamento carboxila. Ele é o produto da ácido graxo sintease e pode ser alongado a ácido esteárico. É um composto sintetizado pelos mamíferos e também pode ser obtido na dieta (NACHBAR, 2012).
- METODOLOGIA
A execução do experimento iniciou com a preparação das cromatoplacas, onde foi retirada o excesso da fase estacionária (sílica) das laterais, feita a marcação superior e uma marcação de 5 cm abaixo, onde foram feitos dois sulcos, um cada lateral da placa.
Havia uma amostra para aplicação, ao qual foi feita a reação na hora. Num béquer foi pego 1 mL de ácido palmítico em metanol 1% e em outro béquer, 1 mL de ácido sulfúrico em metanol 2%. Os conteúdos dos béqueres foram misturados e a reação cronometrada. Alíquotas foram retiradas em 0, 5, 10, 20, 40 e 60 minutos para a realização da corrida cromatográfica, realizada em éter dietílico 9:1 (v/v). As aplicações nas placas foram feitas a partir de um tubo capilar de diâmetro escolhido pela equipe, onde a primeira aplicação da amostra foi única e a segunda aplicação foi dupla, da esquerda para direita e de forma equidistante entre si e as paredes da placa.
Após os devidos tempos das corridas, foi feito um procedimento para visualização das manchas ao qual consistia em borrifar ácido sulfúrico nas cromatoplacas e submete-las em aquecimento por cerca de 5 minutos. Foram retiradas, deixadas em repouso para esfriamento e medidas as distâncias percorridas pela amostra presente.
- RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 1 – Medidas das distâncias percorridas
Cromatoplaca | Tempo de reação (min) | Tempo de corrida (min) | ds (cm) | da (cm) | Rf (x100) | ||
ácido | éster | ácido | éster | ||||
1 | 0 | 06:14 | 5 | ||||
2 | 5 | 06:17 | 5 | ||||
3 | 10 | 05:19 | 5 | ||||
4 | 20 | 06:27 | 5 | ||||
5 | 40 | 06:36 | 5 | ||||
6 | 60 | 06:03 | 5 | ||||
Média | 22,5 | 6:02 | 5 |
Legenda: ds = distância percorrida pelo solvente ou fase móvel, em mm
da = distância percorrida pela amostra, em cm
Observando a Tabela 1, podemos notar que as medidas do fator de retenção (Rf) do ácido palmítico foi exatamente igual para todas as corridas. As manchas obtidas para o ácido palmítico e seu éster metílico na cromatoplaca não foram sempre de mesma área e geometria, apesar do Rf se manter constante, as manchas obtidas variaram nos tamanhos devido à difusão molecular, que ocorreu de maneira radial e longitudinal.
No início da corrida as manchas se parecem com as manchas aplicadas, no entanto, com o passar do tempo, as manchas começam a se apresentar de forma mais “espalhada”, isso ocorre devido à difusão molecular, que pode ser explicada pela afinidade da amostra pela fase estacionária, como podemos ver na figura abaixo:
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Figura 2: Cromatoplaca tempo= 60 min
A diferença nos valores médios de Rf se deve ao ácido palmítico apresentar polaridade maior que o seu éster metílico, sendo assim, o ácido possui maior afinidade com a sílica do que o éster.
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