Estudo da Biodegradabilidade de Sacolas de Plástico pelo Método de Sturm Modificado.

IFSP – Campus Suzano	Projeto de Pesquisa - Resumo
Aluna: Keli Santos de Souza	Orientador: José Carlos B. Lima

Estudo da Biodegradabilidade de Sacolas de Plástico pelo Método de Sturm Modificado.

Os materiais plásticos entre todos os outros que envolvem a rotina de toda a humanidade,tornaram-se inseparáveis de todo ser humano na atualidade, nos últimos anos o consumo de plásticos pela sociedade cresceu consideravelmente por ser tão prático. É difícil pensar em um mundo sem a presença deste (JACOB, 2006; VANIN, 1994).

Uma característica importante é que todos os plásticos utilizados hoje são polímeros, embora nem todo polímero seja um plástico (VANIN, 1994). Os polímeros podem ser naturais ou sintéticos, e são constituídos por macromoléculas, que são formadas pela união de moléculas menores, os monômeros (MANRICH, 1997).

A durabilidade do plástico causa sérios impactos ambientais, quando descartados de forma incorreta, resultando em poluição ambiental, entupimento de vias pluviais e córregos, causando enchentes e intoxicação de animais. Isso ocorre porque as moléculas constituintes dos plásticos são de difícil cisão e seu descarte no ambiente acarreta inúmeros problemas, pois são considerados inertes ao ataque de microrganismos levando, em média, 100 anos para sua degradação (GABOARDI, 2010).

Para eliminar os resíduos plásticos são utilizadas, frequentemente, quatro tipos de métodos, são esses: a incineração, no qual diminui rapidamente o volume do descarte, porém, não é um método recomendável, devido ao alto custo dos fornos de aquecimento e da poluição, produzida pela liberação de produtos tóxicos (KARTSSON; ALBERTSOON, 1998). A reciclagem, um método viável de reaproveitamento de resíduos plásticos, por fusão e transformação destes resíduos em outros materiais utilizáveis comercialmente (VARMA, 1999). Os aterros sanitários, que são usados para a disposição de toneladas de plásticos em locais afastados da cidade e preparados para acondicionar o grande volume de matéria plástica, que ficará muito tempo exposta ou será utilizada para queima e geração de energia (reciclagem térmica) (AMASS, W.; AMASS, A.; TIGUE, 1998). E a biodegradação, um processo que consiste na modificação física ou química, causada pela ação de microrganismos, sob certas condições de calor, umidade, luz, oxigênio e nutrientes orgânicos e minerais adequados (AMASS, W.; AMASS, A.; TIGUE, 1998) que diminuem o tempo de vida de tais resíduos.

As sacolas plásticas são constituídas por PE, (polietileno, de baixa ou alta densidade), esse tipo de polímero e é um dos mais usados atualmente pela sua versatilidade. Entretanto, é imune ao ataque de microrganismos, impossibilitando assim sua assimilação e biodegradação em um espaço de tempo mais curto. Como forma de minimizar os impactos gerados pelo descarte dessas sacolas, iniciou-se a utilização de aditivos pró-oxidantes, que podem ser incorporados durante o processamento normal do polímero, sendo capazes de induzir o processo de oxidação, quebrando a cadeia do PE e facilitando o processo de degradação pelos microrganismos. Assim, quando esse material é processado com aditivos pró-oxidantes, recebe a denominação de oxibiodegradáveis (GABOARDI, 2010).

Tendo em vista os impactos ambientais causados pelo descarte de sacolas plásticas, o projeto visa desenvolver e realizar ensaios comparativos de biodegradabilidade entre as amostras disponíveis no mercado local. O ensaio será realizado em solo compostado, uma adaptação da técnica de biodegradação aeróbica conhecida como “Teste de Sturm”, que se baseia na avaliação quantitativa de CO2 produzido durante o ensaio (ROSA, et al, 2009), com objetivo de analisar a produção de dióxido de carbono durante o confinamento das amostras.

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