Inibidores de Corrosão
Por: malacela • 4/4/2016 • Relatório de pesquisa • 722 Palavras (3 Páginas) • 1.345 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCurso de Engenharia Química – Campus Alegre ENG10936 – Corrosão |
RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE AULA PRÁTICA: Inibidores de Corrosão
1. INTRODUÇÃO
Um inibidor de corrosão tem como característica a redução ou eliminação da corrosão, quando presente em concentrações adequadas, podendo ser divididos, de acordo com sua composição, em orgânicos e inorgânicos. Ou ainda, tomando uma classificação de atuação, são divididos principalmente em inibidores anódicos, catódicos e de absorção [1].
- Inibidores anódicos: atuam reduzindo a intensidade de reações anódicas, dessa forma retardam e impedem a reação no anodo, reduzindo a densidade de corrente anódica. Seu princípio de funcionamento parte da reação deles com o produto de corrosão formado inicialmente, formando um filme aderente na superfície do metal que é altamente insolúvel, provocando a polarização anódica [1, 2].
- Inibidores catódicos: atuam reduzindo a intensidade da reação catódica, diminuindo o potencial de corrosão. Eles fornecem íons metálicos que produzem compostos insolúveis ao reagirem com a alcalinidade catódica. Esses compostos impedem a difusão do oxigênio e a condução de elétrons devido aos compostos insolúveis que envolvem a área catódica, inibindo, assim, o processo catódico e provocando uma forte polarização catódica [1,2].
- Inibidores de absorção: são substâncias orgânicas com caráter fortemente polar que funcionam como película protetora por absorção sobre as áreas catódicas de anódicas, impedindo a ação eletroquímica. Exemplos delas são os colóides, sabões de metais pesados e substâncias orgânicas com presença de oxigênio, nitrogênio ou enxofre. Exemplo deles é a toureia e seus derivados, que promovem a decapagem ácida, impedindo o desgaste do metal, e a possibilidade de consequente desprendimento de hidrogênio que fragilizaria o metal [1].
2. OBJETIVO
Verificar a eficiência de um inibidor e comparar amostras com e sem inibidores de corrosão.
3. MATERIAIS
- 4 béqueres de 100 ml;
- CH4N2S (Tiouréia);
- HCl (ácido clorídrico);
- Lã de aço e folha de papel alumínio;
4. PROCEDIMENTOS
Colocou-se em cada um dos béqueres de 100 mL, cerca de 50 mL de solução de ácido clorídrico 6M. Em dois desses béqueres adicionou-se 1 g de tiouréia. Em seguida adicionou-se lã de aço em dois béqueres, um com e outro sem tiouréia. Adicionou-se também um pedaço da folha de papel alumínio nos outros dois béqueres, um com e outro sem tiouréia. Feito isso se observou o que aconteceu nos béqueres com os mesmos materiais mas com adição ou não de tiouréia, a fim de comparar as amostras.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O ácido ataca o óxido mais solúvel FeO, e os outros óxidos Fe3O4 e Fe2O3 se desprendem.
FeO + 2HCl → FeCl2 + H2O
O ferro pode também ser atacado pelo ácido, o que não é desejável porque provoca um consumo do metal e do ácido, além de produzir hidrogênio que é um gás explosivo.
Fe + 2HCl → FeCl2 + H2
Para evitar estes inconvenientes, usam-se inibidores como tiouréia que se adsorve sobre o metal à medida que são removidas as camadas de óxidos.
Tanto para a palha de aço, quanto para o alumínio a utilização de tiouréia mostrou-se eficiente. Apesar de notar-se que nos quatro béqueres houve a produção de hidrogênio, a mesma foi mais acentuada nos dois béqueres que não continham tiouréia. Notou-se o escurecimento das soluções que não continham o inibidor, explicitando a ocorrência do processo de corrosão.
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