PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DO JOGO “QUEM SOU EU” COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DOS HIDROCABORNETOS

PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A UTILIZAÇÃO DO JOGO “QUEM SOU EU” COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DOS HIDROCABORNETOS

Wallison Fernando Bernardino da Silva1; Círio Samuel Cardoso da Silva2; Crizelides Machado da Silva3; Jaqueline dos Santos Fidelis4; Maria Betania Hermenegildo dos Santos5

1,2,3,4,5Universidade Federal da Paraíba – Centro de Ciências Agrárias

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RESUMO: A utilização de metodologias tradicionais vem deixando lacunas no processo de ensino aprendizagem, causando desinteresse e proporcionando dificuldades na compressão dos conteúdos abordados em sala de aula, ante o exposto para tornar as aulas mais atrativas e motivadoras pesquisadores sugerem metodologias que promovam o interesse e a curiosidade dos alunos. É neste contexto que a utilização de jogos didáticos se apresenta como um ótimo recurso no processo de ensino e aprendizagem. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a percepção dos alunos sobre a utilização do Jogo “Quem sou eu” como recurso didático auxiliar no ensino dos hidrocarbonetos. O presente trabalho foi desenvolvido em uma turma do 1º ano do ensino médio de uma escola estadual, localizada na Cidade de Areia – PB. Foram produzidos 76 cartões, onde 38 desses cartões continha a fórmula estrutural dos hidrocarbonetos: alcanos, alcenos e alcinos e os outros 38 cartões apresentavam as nomenclaturas. Antes do jogo didático ser realizado foi exposto aos alunos os objetivos e as regras do jogo. Como instrumento de coleta dos dados foi aplicado um questionário composto por seis questões, os resultados obtidos foram tabulados e elencados em forma de gráficos. Diante dos resultados obtidos, nota-se que o jogo “Quem sou eu” pode ser utilizado como recurso didático no processo de ensino e aprendizagem, visto que a maioria dos alunos classificou o jogo como ótimo e relataram que o mesmo propiciou maior interesse pelo conteúdo, contribuindo com a evolução do conhecimento de forma significativa e resultando em uma aula mais atrativa e dinâmica.  

Palavra-chave: Aprendizagem, Metodologia, Jogo lúdico.

1 Introdução

Enumeras críticas são feitas ao ensino tradicional, as mesmas se referem às metodologias que são abordadas pelos professores, onde as informações passadas por estes não são associadas, aos conhecimentos prévios dos discentes, resultando assim em uma aprendizagem não significativa, uma vez que segundo Guimarães (2009) está só ocorre

quando há ligação entre o que o aluno já sabe e aquilo que ele está aprendendo, a aprendizagem não é significativa.

De acordo com Cunha (2012) por um longo período, acreditava-se que a aprendizagem acontecia por meio da repetição e que os discentes que não aprendiam eram os únicos responsáveis pelo seu insucesso, hoje, o fracasso dos alunos também é apontado como consequência das metodologias utilizadas pelos professores, devido a este fato torna-se necessário que o professor busque métodos que desperte o interesse dos alunos e os auxiliem no processo de ensino e aprendizagem.

Figueiredo (2016) afirma que produzir técnicas que melhore a aprendizagem se torna imprescindível para que os estudantes possam produzir dentro de cada disciplina uma ligação mais firme com sua realidade não deixando que conhecimentos importantes do seu dia-a-dia sejam desperdiçados; Brasil (2012) acrescenta que neste processo devemos adotar princípios como respeito pela opinião do outro, pelo trabalho em grupo e responsabilidade, de forma a torna o ensino de química mais eficaz, colaborando para o desenvolvimento de valores humanos no processo educativo.

Assim, os professores devem buscar tornar a aprendizagem mais prazerosa e um ótimo recurso para ser utilizada nesse processo são os jogos didáticos, segundo Focetola, (2012) a utilização de jogos didáticos no ensino de química tem se tornado uma prática já estabelecida, na qual o objetivo é tornar o ensino dos conceitos químicos mais claros e acessíveis, promovendo um aumento na qualidade do ensino, e tornando a sala de aula mais agradável e atraente para os discentes, Brach, (2014) revela que os jogos didáticos apresentam dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo, além de integrarem as várias dimensões de aluno, como a afetividade, a atividade em grupo e das relações com regras pré-definidas.

Com base no que foi exposto o presente trabalho teve como objetivo avaliar a percepção dos alunos sobre a utilização do Jogo “Quem sou eu” como recurso didático auxiliar no ensino dos hidrocarbonetos.

2 Metodologia

O presente trabalho foi desenvolvido pelos bolsistas do PIBID Química CCA/ UFPB, sob a supervisão do professor da disciplina em uma turma do 1º ano do ensino médio de uma escola estadual, localizada na Cidade de Areia – PB.

2.1 Primeira etapa: Confecção do jogo

A produção do jogo didático Quem Sou Eu foi realizada por quatro bolsistas do programa institucional de bolsa de iniciação à docência (PIBID), do curso de licenciatura em Química do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba.

        Foram produzidos 76 cartões, onde 38 desses cartões continha a fórmula estrutural dos hidrocarbonetos: alcanos, alcenos e alcinos e os outros 38 cartões apresentavam as nomenclaturas (Figura 1). Os materiais utilizados na construção dos cartões foram: cartolina cartão, papel A4, cola de papel, tesoura, computador e impressora.

Figura 1: Construção do jogo

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2.2 Segunda etapa: Aplicação do jogo

        Antes do jogo didático ser realizado foi exposto aos alunos os objetivos e as regras do jogo. O desenvolvimento da intervenção ocorreu da seguinte maneira: os alunos sorteavam os cartões que estavam em uma caixa, e logo em seguida eram encaminhados ao quadro para solucionar a questão contida em seu cartão, se o cartão apresentasse a nomenclatura do hidrocarboneto o aluno deveria escrever no quadro a sua respectiva estrutura, já se no cartão estivesse a estrutura ele deveria escrever sua nomenclatura (Figura 2).