A Atividade Invidiual Economia Empresarial
Por: amandalgalvao • 19/2/2022 • Exam • 2.050 Palavras (9 Páginas) • 195 Visualizações
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Atividade individual
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios |
Aluna: Amanda Barros Leal Galvão |
Disciplina: Economia Empresarial |
Turma: 1121-1_19 |
INTRODUÇÃO Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais. |
O setor a ser analisado é a Construção Civil, que faz parte do setor secundário da economia. A construção civil desempenha um papel fundamental por ser considerada uma atividade essencial para a economia, sendo um dos principais setores do país, e contribuindo diretamente com com a geração de empregos, aumento do PIB e consequentemente fortalecendo o desenvolvimento do país e sua economia. O presente trabalho tem com finalidade expor os impactos decorrentes do Covid-19 nesse setor, onde serão apresentadas as expectativas de crescimento do setor na era pré-pandemia e como seu desenvolvimento está ocorrendo em meio à crise sanitária. A análise será baseada nos principais números e índices relacionados ao setor, além da realização da análise macro e microeconômica. |
CONTEXTO DO SETOR Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização. |
O ano de 2020 era apontado como bastante promissor para a retomada da economia brasileira e do setor da construção civil, mas a realidade se mostrou justamente o oposto. A pandemia mundial da Covid-19 fez com que todos os segmentos sentissem o recesso econômico e vivenciassem uma inesperada queda em seus números. Dessa forma, as construtoras se viram diante de um cenário bastante desafiador, com seus canteiros de obras paralisados e inúmeras incertezas acerca da retomada de suas atividades. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), a construção perdeu 440 mil postos de trabalho se compararmos os primeiros trimestres de 2019 e 2020. A reduzida oferta de matéria-prima, por sua vez, vem provocando um aumento tanto dos preços dos insumos quanto dos serviços ofertados, impactando diretamente o poder de compra dos consumidores e causando um efeito em cadeia, pois o consumidor procura por materiais de construções com preços mais acessíveis no mercado e quando estes estão além do orçamento, termina optando por adiar ou até paralisar a sua obra. [pic 3] Figura 1. Evolução das variações (%) em 12 meses INCC Materiais e Equipamentos. Fonte: FGV, 2021. Alguns dos impactos da pandemia puderam ser notados principalmente na paralisação de atividades, alto índice de desemprego, capacidade de compra da população severamente afetada, economia debilitada, adoção do modelo de trabalho home-office, queda no faturamento de empresas, dificuldade na obtenção de crédito junto aos bancos, desaceleração de projetos e desaceleração do crescimento previsto em diversos setores. Entretanto, apesar de todas as adversidades enfrentadas, a construção civil se mostrou um setor bastante resiliente, influenciada principalmente pela crescente demanda do setor imobiliário, apresentando sinais de retomada e cada vez mais uma perspectiva otimista. Utilizando a Bahia como exemplo, no primeiro trimestre registrou um aumento de 52% nas vendas de imóveis na capital e 31% no Estado, totalizando 2.188 imóveis. Em lançamentos também houve crescimento expressivo tanto na capital – crescimento de 106% – quanto no Estado – 41% mais unidades lançadas do que no mesmo período de 2020, de acordo com Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (ADEMI). O mesmo movimento crescente é observado no Grande ABC Paulista, na Região Metropolitana de São Paulo. Enquanto houve uma alta de 73,9% nos lançamentos na região no primeiro trimestre, o volume do estoque caiu 44,9%. A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) informou que o financiamento imobiliário mais do que dobrou no primeiro trimestre, chegando à contratação de R$ 43,1 bilhões junto ao SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). |
ANÁLISE MACROECONÔMICA Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise. |
Nos anos antes da pandemia, entre 2018 e 2019, o setor da construção civil registrou um crescimento de 1,6% no seu PIB, superando o PIB do país, com projeções de crescimento de 3% para o ano de 2020, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Entretanto, todas essas perspectivas foram frustradas com a chegada da Covid-19. Visando amenizar os impactos decorrentes da crise sanitária, a Caixa Econômica Federal realizou um investimento de 43 bilhões de reais para estimular as atividades das empresas, possibibilitando o funcionamento dos negócios durante esse período. Recentemente, mesmo diante do cenário desfavorável, a construção civil se favoreceu com a flexibilização das regras de distanciamento social, ajudando a reaquecer suas atividades, que de acordo com o CBIC, apresentaram uma expansão, especialmente no setor predial. Enquanto a economia brasileira registrou relativa estabilidade no 2º trimestre de 2021, em relação aos três primeiros meses do ano, a Construção Civil mostrou resiliência e cresceu 2,7%, conforme resultados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados em setembro de 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde o 3º trimestre de 2020, o setor vem demonstrando uma recuperação consistente, exercendo papel fundamental na retomada da economia frente à crise atual. Além disso, as vendas do mercado imobiliário no terceiro trimestre de 2021 aumentaram 57,5% em relação ao segundo trimestre de 2020. Em comparação ao mesmo período de 2019, o crescimento foi de mais de 23%. O total de lançamentos também aumentou: 114,1% comparando com o segundo trimestre. Entretanto, há alguns pontos de atenção para a construção, como o elevado preços dos insumos que estão sendo praticados atualmente decorrente da escassez de matéria-prima, provocando um aumento expressivo nos seus custos totais e consequentemente dificultanto uma retomada mais ágil do setor. O desempenho recente dos principais indicadores revela que a retomada do mercado de brasileiro se intensificou no último trimestre de 2021. Segundo dados da PNAD Contínua, apesar do contingente elevado de desempregados – 13,5 milhões –, a taxa de desocupação dessazonalizada no terceiro trimestre ficou em 12,6%, atingindo o menor nível desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2020. Esta queda do desemprego é resultado de uma expansão significativa da população ocupada, que avançou 11,4%, no terceiro trimestre, na comparação interanual. [pic 4] Figura 2. Taxa de Desocupação no Brasil e nas Grandes Regiões, 3º trimestre 2021. Fonte: IBGE, 2021. Já analisando a inflação, o índice que mede a mesma na construção civil fechou o mês de setembro de 2021 em 0,88% e, com isso, acumula uma alta nos últimos 12 meses de 22%, mesma porcentagem dos 12 meses anteriores, quando o Índice Nacional da Construção Civil, medido pelo IBGE, também registrou alta de 22%. Esse índice da construção civil mede tanto a variação dos preços dos materiais de construção, quanto o valor da mão da obra. De acordo com o estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º Trimestre de 2021, realizado pela CBIC, a projeção de crescimento do setor neste ano subiu de 2,5% para 4%. |
ANÁLISE MICROECONÔMICA Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional. |
Nos últimos anos, economia brasileira vem fortalecendo cada vez mais as relações comerciais com a China, sendo atualmente o país que detém a maior parte das nossas importações, com o setor da construção civil sendo um dos principais consumidores pela demanda por aço e ferro. A crise recente enfrentada pela Evergrande – segunda maior incorporadora imobiliária da China, traz uma possível crise econômico-financeira que venha a impactar as exportações brasileiras de ferro, provocando alto impacto nos mercados globais, principalmente se considerarmos a demanda de curto prazo de insumos para a construção civil. Já no cenário interno, a escassez da matéria-prima alinhada ao seu alto custo continuam sendo os principais problemas enfrentado pelos empresários da construção pelo quarto trimestre consecutivo. Desde o terceiro trimestre de 2020, o setor vem sentindo os efeitos do aumento expressivo nos custos dos seus insumos. A CBIC cita o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que apontou que, no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, teve alta de 17,36%. A elevada carga tributária foi apontada pelos empresários como o segundo principal problema enfrentado no segundo trimestre de 2021. Na comparação com o trimestre passado, esse foi o item com maior rescimento nas assinalações, passando de 24,7% para 31,5%. Apesar desses problemas, a construção civil superou as expectativas em 2021, com uma estimativa de crescimento em 4% no PIB do setor, o maior desde 2013, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Outro dado relevante é a geração de emprego, que acumulou em maio de 2021 mais de 2 milhões de trabalhadores com carteira assinada. A oferta de vagas também teve crescimento. Conforme relatório da CBIC, foram abertos cerca de 15% novos postos de trabalho em relação a janeiro de 2020. [pic 5] Figura 3. Evolução do número de trabalhadores na Construção Civil no Brasil – 2020 Fonte: Ministério da Economia, 2020. Por haver diversos players na construção civil no mercado, considera-se sua estrutura de mercado como concorrência perfeita. Grande parte do crescimento desse setor na pandemia é resultado do investimento em modernização e inovação, através do uso de novas tecnologias. Agora, o desafio é manter a construção civil impulsionada e em plena ascensão. Para isso, o uso da tecnologia e a adoção de uma agenda sustentável são elementos cruciais. |
CONCLUSÃO Apresente uma conclusão justificando a sua análise. |
É inegável os grandes desafios que a Construção Civil vem enfrentando desde o início da pandemia, principalmente pelas regras de distanciamento social, redução na oferta de matéria-prima e insumos para construção e consequentemente uma queda brusca nos faturamentos das empreiteiras em todo o Brasil. Apesar dos desafios que o mercado imobiliário e de construção civil ainda têm pela frente, especialistas afirmam que esses segmentos são um pilar essencial para a recuperação da economia brasileira nos próximos anos. Dessa forma, o mercado da construção civil brasileiro se apresenta em um momento muito específico. Enquanto as condições referentes à obtenção de financiamento são favoráveis, as empresas imobiliárias se encontram incapazes de prever o comportamento futuro dos preços dos materiais de construção. Como consequência, embora o volume de vendas venha se intensificando, os estoques de unidades têm diminuído devido ao adiamento de lançamentos por parte das incorporadoras. O risco é de o momento favorável à construção perder força sem que as empresas e as pessoas sejam capazes de aproveitar. Portanto, a economia como um todo sofre a redução de força do mercado imobiliário e como consequência da construção civil, uma vez que o primeiro representa aproximadamente 6% do nosso PIB, é o principal gerador de empregos e representa 10% de tudo o que a economia nacional produz. Seus efeitos extrapolam o próprio setor e, para cada emprego gerado na construção, são criados outro cinco indiretos e a cada R$ 1 investidos na indústria da construção geram R$ 1,88 na economia. |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT. |
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