A Logística Reversa Estrutura Conduta Desempenho

Logística Reversa

Estrutura-Conduta-Desempenho

        O modelo de análise ECD é essencial para o estudo de mercados e setores, afim de descobrir as intenções, estratégias e desempenho. A Estrutura engloba a diversificação e diferenciação de produtos, relacionada a gama de produtos que a indústria ou setor oferece, além da forma delas introduzirem os produtos novos no mercado. A conduta se refere a execução de políticas por meio da autoridade, a fim de resultar em melhores desempenhos, determinando preço, produção, despesa, e gastos. Já o Desempenho é a performance que a empresa obtém de sua estratégia de mercado, englobando a eficiência e os aspectos de interesse social.

        

ESTRUTURA

        A logística reversa corresponde ao processo inverso da logística, “planejamento, implementação e controle eficiente do fluxo de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações correspondentes, do ponto de consumo para o local de origem, com a finalidade de recapturar valor” (ROGERS E TIBBEN-LEMBKE, 1999).

        Para Lacerda (2002) a vida do produto não se encerra no momento da entrega ao cliente. Os produtos quando se tornam obsoletos ou sem funcionalidade, devem ser recuperados e reaproveitados, tal processo ocorre pela logística reversa.

        A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) aborda uma série de objetivos, instrumentos, princípios e diretrizes sobre o correto gerenciamento ambientalmente dos resíduos sólidos em seu artigo 4°, e no 33 coloca a responsabilidade de implementar logística reversa em seus produtos nas fabricantes, importadoras, distribuidores e comerciantes.

        As principais destinações aos pneus são:

• Coprocessamento (cerca de 70%). Processo utilizado na fabricação de cimento, onde os pneus são trocados por matérias-primas como o petróleo.
• Laminação. Fabricação de sola de sapatos.
• Asfalto Borracha.
• Artefatos de Borracha.

A RECICLANIP é uma instituição sem fins lucrativos que realiza o processo da coleta de pneus pelo Brasil, criada em 2007 pelas indústria nacional de pneus, incluindo Bridgestone, Pirelli, Goodyear e Michelin, originada em 1999 pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, derivada de um projeto criado no mesmo ano.

CONDUTA        

        A RECICLANIP, junto com as prefeituras, estabelece pontos de coletas que apresentem determinadas características – ser coberto, ter laudo de vistoria – como borracheiros, onde os pneus serão armazenados até atingir um certo número para resgate. Quando a capacidade determinada é atingida, os pneus são retirados e a RECICLANIP é a responsável pelo transporte desses pneus até as empresas de trituração, conforme descreve a Figura 1.

FIGURA 1

[pic 1]

Ciclo do Pneu

Fonte: Reciclanip

        

        Tal processo é formalizado pelo fato das fabricantes e importadoras serem obrigadas a solucionarem uma forma de descarte e utilização desses pneus que chegam ao fim de vida útil. A responsabilidade de fazer o processo acontecer deriva de várias partes da sociedade: do consumidos, que deve levar o pneu até o ponto de descarte correto; as lojas de armazenagem, que devem recolher os pneus e comunicar a Reciclanip quando o estoque for suficientemente alto; A Reciclanip em transportar e destinar esses materiais às empresas corretas; as fábricas, que irão transformar os pneus em matéria-prima através do processo de coprocessamento, borracha, asfalta ou laminação; e principalmente as grandes empresas, em investir ainda mais em políticas de reciclagem, na RECICLANIP, e incentivo às práticas ambientais positivas.